A demência é uma doença mental caracterizada pelo prejuízo cognitivo, o que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, perda da capacidade de julgamento e da linguagem, além de dificuldade para raciocinar, aprender, se concentrar e realizar tarefas complexas.
Complicações da hipertensão podem provocar demência
De acordo com a cardiologista Bruna Baptistini, existe uma relação entre as complicações da hipertensão e o surgimento da demência na terceira idade. “A hipertensão arterial aumenta o risco de de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), promove o acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos e aumenta sua rigidez”, explica a médica.
Todas essas alterações atrapalham a capacidade do cérebro de autorregular seu fluxo sanguíneo, podendo levar ao desenvolvimento da demência. “Um estudo recentemente publicado evidenciou que tanto a hipertensão na meia-idade quanto um rápido declínio na pressão arterial na terceira idade estão fortemente associados ao risco de demência”, conta a especialista.
Manter a hipertensão controlada ajuda a evitar a demência
Para impedir que a demência se torne uma realidade na vida de um idoso, é importante procurar um médico e iniciar rapidamente o controle da pressão arterial. Segundo Bruna, a hipertensão é o principal fator de risco modificável para a ocorrência de AVCs e seu tratamento reduz a incidência de eventos cerebrais capazes de provocar a demência.
Mas, a demência não é o único problema que a hipertensão pode provocar em um idoso. A doença agride e deteriora silenciosamente os vasos sanguíneos, até que eles se fechem ou se rompem. “A hipertensão arterial, quando não tratada adequadamente pode causar danos em órgãos-alvos, como coração, cérebro e rins, levando a insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca, por exemplo”, complementa a profissional.
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