A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, que cursa com poucos sintomas notáveis que indicam o problema. Porém, com o diagnóstico se torna simples identificar o problema, pela análise dos níveis pressóricos. Os casos de hipertensão mascarada, por outro lado, são mais complicados, pois os níveis de pressão mencionados não aparecem com alteração em um primeiro momento.
“A hipertensão mascarada é aquela que apresenta níveis pressóricos normais nas consultas ambulatoriais, mas persistentemente elevados quando observados na monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). É uma condição de difícil diagnóstico, já que poucas vezes se pede MAPA para pacientes com pressão arterial normal no consultório”, informa a cardiologista Bruna Baptistini.
Fatores de risco da hipertensão mascarada
Segundo a especialista, a gravidade da hipertensão mascarada é comparável à da hipertensão arterial não controlada. Como muitas vezes não se faz o diagnóstico desse quadro específico de hipertensão, a gravidade pode ser ainda maior do que a de uma situação comum de pressão alta previamente sabida.
“Assim como na hipertensão arterial comum, fatores como idade, índice de massa corpórea (IMC), estresse, tabagismo e ingestão de álcool estão frequentemente relacionados à presença da hipertensão mascarada. Além disso, os pacientes com essa doença específica também apresentam risco aumentado de eventos cardiovasculares”, explica a médica.
Principais medidas de tratamento
O tratamento da hipertensão mascarada não se difere da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e, portanto, o paciente deverá mudar alguns hábitos de vida e se adequar ao uso de medicamento específico indicado pelo seu médico. “As principais mudanças de rotina indicadas são: alimentação mais saudável, especialmente com redução de sal na dieta; praticar atividade física regular; perda de peso; cessar tabagismo; e, por vezes, usar medicações anti-hipertensivas”, conclui a profissional.
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