A hipertensão é uma das doenças mais comuns atualmente. No Brasil, de acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados em 2013, cerca de 24% dos brasileiros têm valores da pressão arterial superiores aos considerados saudáveis para o corpo. O problema pode surgir devido à presença de uma doença anterior, mas 90% dos casos não têm causa definida.
Doença cardíaca multifatorial
A hipertensão pode se desenvolver por causa da atuação de diversos fatores. Alguns deles são evitáveis, mas outros não. “Os fatores não modificáveis associados a um maior risco do surgimento da hipertensão arterial sistêmica essencial são a idade, a etnia e o histórico familiar da doença”, afirma o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho.
De acordo com o médico, a prevalência da hipertensão é maior entre os negros. “Isso ficou muito claro nos estudos populacionais americanos afrodescendentes, mas não existe um entendimento fechado sobre essa questão”, explica. Ele acredita que algumas características genéticas podem ajudar a solucionar o debate e afirma que pesquisas apontam para uma maior sensibilidade ao sódio e uma resposta diferente à medicação.
É possível se prevenir?
Para os fatores de risco não modificáveis, não há muito o que fazer para evitar a hipertensão. Sabendo da existência deles, o paciente deve focar as atenções para a prevenção dos aspectos evitáveis, já que a soma dos fatores aumenta bastante o risco de desenvolvimento da hipertensão.
“Entre os fatores modificáveis estão o sobrepeso e obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, o excesso de sódio na dieta, o excesso de álcool e de estresse”, diz Francisco Flávio. Segundo o profissional, esses elementos estão fortemente presentes na sociedade moderna e tendem a tornar a hipertensão uma doença ainda mais comum no Brasil, o que reforça a importância da adoção de hábitos saudáveis no dia a dia.