Uma das reclamações mais comuns nos consultórios ginecológicos é o incômodo causado pela cólica menstrual, também chamada de dismenorreia. O sintoma está associado ao ciclo menstrual, ou seja, se manifesta a cada mês e pode ser tão intenso a ponto de a paciente não conseguir trabalhar e estudar, nem realizar outras atividades do dia a dia.
Cólica secundária é causada por doenças, como endometriose
De acordo com a ginecologista e obstetra Adriana Martins, a cólica menstrual pode ser dividida em dois tipos. “A cólica primária não tem doença orgânica associada, iniciando de dois a três anos após a primeira menstruação e melhorando com o tempo”, afirma a médica. Já a cólica secundária é um sintoma relacionado à presença de uma doença orgânica, como endometriose, adenomiose e doença inflamatória pélvica crônica.
Com o passar dos anos, a mulher se desenvolve e o útero cresce de tamanho, reduzindo consideravelmente a cólica primária, que também tende a amenizar com o parto. Por outro lado, a cólica menstrual secundária costuma surgir tardiamente, por volta dos 25 anos de idade, e pode piorar se sua causa não for tratada adequadamente.
Analgésicos aliviam dor da cólica menstrual primária
Com o auxílio de um profissional, a mulher pode utilizar medicações para reduzir a intensidade da cólica primária. “Existem medicamentos de vários tipos, como os analgésicos e os anti-inflamatórios. Normalmente, inicia-se o tratamento com os mais leves e com menos efeitos adversos. Se a resposta não for satisfatória e a dor continuar forte, muda-se o medicamento”, explica a especialista.
Já para a cólica menstrual secundária, a abordagem é um pouco diferente. No primeiro momento, o médico deverá descobrir qual doença está causando as dores. De acordo com Adriana, não basta simplesmente tratar o sintoma, já que ele irá persistir e pode até mesmo piorar se o problema inicial não for tratado também.
Foto: Shutterstock