A euforia comum ao transtorno bipolar está associada à mania, que é um dos extremos que compõem o quadro (o outro é a depressão). Esta euforia contrasta com os momentos de depressão, enquanto os dois se alternam, o que faz com que o comportamento do paciente seja confuso e impactante, devido às mudanças abruptas de humor).
“A mania (euforia) é caracterizada por: período de humor anormal, persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento da atividade ou da energia”, afirma a psiquiatra Erika Mendonça. Ou seja, não se trata de uma euforia normal, que qualquer pessoa pode ter, mas sim de um estado exacerbado de empolgação.
Prejuízos provocados pela euforia do transtorno bipolar
Durante este período de alteração do humor, pelo menos três dos seguintes critérios devem estar presentes: grandiosidade, redução da necessidade de sono, fala aumentada, pensamentos acelerados, distratibilidade, agitação psicomotora, envolvimento excessivo em atividades com potencial de causar consequências prejudiciais, como compras excessivas ou comportamento promíscuo.
Um episódio de mania (euforia) do transtorno bipolar compromete de maneira importante o paciente, mesmo que ele geralmente se sinta bem. “Porém, estas alterações podem causar diversos prejuízos funcionais, em graus variados, como problemas no relacionamento interpessoal, incapacidade de trabalhar, prejuízo das rotinas diárias e comportamento de risco”.
Remédios são essenciais no tratamento do transtorno bipolar
Para tratar a euforia, depressão e todos os sinais do transtorno bipolar, o paciente deve procurar um profissional que avalie adequadamente sua situação e indique medidas eficazes para controlar seu quadro específico. A abordagem farmacêutica é quase sempre necessária no transtorno bipolar, pois apenas com isso os sintomas podem ser adequadamente amenizados.
Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933
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