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Pressão alta: O que é a síndrome do avental branco?

Cuidados e Bem-estar

Por Dra. Bruna Baptistini

19 de outubro de 2023

Algumas pessoas não gostam de se consultar com médicos nem de permanecer em ambientes hospitalares. Estes pacientes podem sentir tanto medo que passam a evitar a qualquer custo estar diante de um médico. Nesses casos, é preciso que o profissional fique bem atento, especialmente ao aferir a pressão arterial, que pode apresentar valores mais altos, devido ao nervosismo dos pacientes.

Medo de ambientes médicos e hospitalares pode aumentar pressão arterial


É a chamada síndrome do avental ou do jaleco branco. “A hipertensão do avental branco caracteriza-se por valores anormais da pressão arterial no consultório, porém com valores normais registradas pelo monitoramento ambulatorial e residencial”, explica a cardiologista Bruna Baptistini. As variações podem ultrapassar 20 mmHg de diferença para a pressão sistólica e 10 mmHg para a diastólica, ou seja, um paciente com índices normais de pressão pode ser incorretamente diagnosticado como hipertenso.

Para a profissional, identificar que um paciente sofre com a síndrome do avental branco é ainda hoje um desafio para os médicos, já que não há um indicador clínico confiável: “Os mecanismos para explicar a hipertensão do avental branco não são bem estabelecidos, mas incluem ansiedade e respostas de alerta, que geram o aumento da pressão naquele momento. No entanto, os pacientes, muitas vezes, não se apresentam ansiosos ou taquicárdicos no consultório”.

Boa relação entre médico e paciente pode impedir a síndrome


Uma das maneiras de estabelecer o diagnóstico da síndrome do avental branco é uma conversa no consultório. O paciente deve explicar que já teve a pressão medida em casa ou em uma farmácia e que os valores não correspondem aos verificados pelo médico. Caso o paciente esteja nervoso, ansioso ou passando por algum problema, deve explicar a situação ao profissional.

De acordo com Bruna, a melhor maneira de amenizar a ansiedade é aprender a enfrentar o medo de ambientes médicos e hospitalares. “Caso o paciente não se sinta confortável com o atendimento, ele pode procurar outro profissional que provoque uma reação positiva, essencial para uma boa relação entre médico e paciente”, afirma a cardiologista. Outras atitudes que podem ajudar são sempre ir ao médico acompanhado e tirar dúvidas sobre os procedimentos.

 

Foto: Shutterstock

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