AchèAchè
search
Avatar Dra. Bruna Baptistini

Dra. Bruna Baptistini

Cardiologia

Biografia

Dra. Bruna Baptistini é médica formada pela Universidade Nove de Julho (2010). Realizou especialização em Clínica Médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, de 2011 a 2013, e de Cardiologia Clínica no Instituto do Coração (Incor), de 2013 a 2015, com posterior subespecialização em Reabilitação Cardiovascular e Ergometria no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de 2015 a 2016.

Artigos

Crise hipertensiva: o que fazer durante um episódio da doença?

As crises hipertensivas atingem pessoas que já possuem o diagnóstico de hipertensão ou aquelas que têm, mas não sabem e, portanto, não fazem uso de qualquer medicamento para controlar a pressão. As crises são classificadas em dois tipos: Urgência hipertensiva, que se caracteriza pela elevação pressórica sem dano agudo de órgãos-alvo, ou seja, sem risco imediato de vida e com a possibilidade de controle da pressão de forma gradual, em geral nas 24 horas iniciais; e a emergência hipertensiva, onde há sinais de lesão de órgãos-alvo (encefalopatia, infarto ou angina, AVC, etc) e há necessidade de controle imediato de pressão arterial. Entenda a crise hipertensiva Essas situações ocorrem devido ao descontrole da pressão arterial, que aumenta rapidamente por causa da elevação do número de substâncias que contraem os vasos sanguíneos. “O mecanismo gera lesão na camada da artéria com consequente perda no mecanismo de autorregulação da pressão do organismo e, assim, acometimento dos órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e olhos”, afirma a cardiologista Bruna Baptistini. A médica diz que a maior parte dos sintomas está ligada às consequências das crises hipertensivas em órgãos do corpo, devido à rápida instalação de uma pressão arterial muito elevada. Podem ser citados tontura, convulsões, falta de ar, escurecimento da vista e dor forte no peito, na nuca e na cabeça. Reação deve ser imediata e automedicação não é indicada Se você ou algum conhecido sentir alguns dos sintomas de uma crise hipertensiva, é preciso procurar imediatamente atendimento médico próximo. Se os sintomas forem muito fortes, deve-se ligar para a emergência a fim de que a pessoa seja encaminhada a um hospital ou pronto-socorro. Segundo a cardiologista, o uso indiscriminado de remédios não é recomendado nessas situações. “Pacientes que passaram por crises hipertensivas estão expostos a um maior risco futuro de eventos cardiovasculares se comparados com hipertensos que não as apresentam”, conta Bruna. Ela alerta para a necessidade de um rigoroso controle da pressão arterial com mudanças comportamentais, como a prática de atividades físicas e manutenção do peso adequado, e também com medicações prescritas por um profissional.

Angina no peito: saiba as causas, sintomas e tratamento!

A angina de peito se caracteriza pela sensação de dor ou aperto na região e é causada, geralmente, por uma isquemia cardíaca. Este processo gera a diminuição do fluxo de sangue que segue pelas artérias coronárias, levando oxigênio até o coração, fazendo com que esses sintomas apareçam. A isquemia se deve, muitas vezes, ao acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias. Em cada tipo de angina os sintomas se apresentam de formas distintas “A angina causa a sensação de aperto, pressão, peso ou dor no peito. Pode ser súbita ou voltar a ocorrer ao longo do tempo. Podem ocorrer também dores no braço, maxilar ou pescoço, sensação de indigestão e azia, associados ainda à sudorese e mal estar”, informa a cardiologista Bruna Baptistini. A angina é classificada em dois tipos e em ambos há praticamente os mesmos sintomas, mas com algumas diferenças importantes. No caso da angina denominada estável, a sensação de dor, aperto e queimação na região do peito costuma durar de 5 a 10 minutos e tende a melhorar com descanso ou remédios. Já na angina instável, esses mesmos sinais costumam durar mais de 20 minutos, o que exige que o paciente seja levado imediatamente ao pronto-socorro. Causa, prevenção e tratamento da angina A médica explica que o surgimento da angina é decorrente do desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio no sangue, quando há placas de gordura nas paredes dos vasos do coração. Essas placas são formadas ao longo da vida, especialmente de quem tem problemas cardiovasculares, como pressão alta ou colesterol elevado. Segundo a especialista, a prevenção da angina deve ser feita com base no controle dos fatores de risco (tabagismo, obesidade, pressão alta) e no uso regular de medicações, quando prescritas. “O tratamento varia conforme o grau de comprometimento das artérias, função do coração e fatores de risco associados. De maneira geral, tem-se 3 formas de abordagem: tratamento farmacológico, cirúrgico ou endovascular (colocação de stent)”. Foto: Shutterstock

A pressão arterial medida pode mostrar valores diferentes em cada braço?

Você sabia que a pressão arterial não é necessariamente igual nos dois braços? Os valores podem se mostrar discrepantes em uma mesma aferição. Segundo a cardiologista Bruna Baptistini, essa situação ocorre por causa de uma divergência fisiológica da pressão arterial em cada um dos membros e, até certo ponto, não provoca riscos à saúde.   Pressão diferente pode indicar doença O problema é quando a diferença entre os valores medidos em cada braço ultrapassam 15mmHg (milímetros de mercúrio). “A partir do momento em que essa diferença é maior do que o considerado normal, existe uma patologia associada”, afirma a especialista. Entre as possíveis causas estão o estreitamento da artéria aorta e a dissecção da aorta, que fazem ainda com que a pressão nos membros superiores não seja a mesma dos membros inferiores. Um estudo realizado na Universidade de Exeter, na Inglaterra, verificou que existe um risco maior de doenças em pacientes nessas condições. Os pesquisadores descobriram que há uma chance 70% maior de óbito como consequência de problemas cardiovasculares e de 60% como resultado de outras doenças e complicações. Para reduzir os riscos, o estudo indica que os médicos devem medir a pressão arterial nos dois braços dos pacientes. Como medir a pressão arterial corretamente? O momento de medir a pressão arterial inspira alguns cuidados para que os valores sejam verificados corretamente. Um deslize pode mascarar um problema cardiovascular e colocar a saúde do paciente em risco. Bruna defende que não é necessário repetir a aferição, desde o médico siga alguns passos técnicos para garantir que os dados sejam precisos. “Para evitar erros, deve-se deixar o paciente em repouso de três a cinco minutos em ambiente calmo, não conversar durante o procedimento, se certificar de que ele não está com a bexiga cheia e nem fumou nos últimos 30 minutos”, destaca a cardiologista. Ela ainda considera importante posicionar o paciente de maneira correta: sentado com pernas descruzadas e pés apoiados no chão, braço apoiado na altura do coração e com a palma da mão para cima. Foto: Shutterstock

Pressão alta: O que é a síndrome do avental branco?

Algumas pessoas não gostam de se consultar com médicos nem de permanecer em ambientes hospitalares. Estes pacientes podem sentir tanto medo que passam a evitar a qualquer custo estar diante de um médico. Nesses casos, é preciso que o profissional fique bem atento, especialmente ao aferir a pressão arterial, que pode apresentar valores mais altos, devido ao nervosismo dos pacientes. Medo de ambientes médicos e hospitalares pode aumentar pressão arterial É a chamada síndrome do avental ou do jaleco branco. “A hipertensão do avental branco caracteriza-se por valores anormais da pressão arterial no consultório, porém com valores normais registradas pelo monitoramento ambulatorial e residencial”, explica a cardiologista Bruna Baptistini. As variações podem ultrapassar 20 mmHg de diferença para a pressão sistólica e 10 mmHg para a diastólica, ou seja, um paciente com índices normais de pressão pode ser incorretamente diagnosticado como hipertenso. Para a profissional, identificar que um paciente sofre com a síndrome do avental branco é ainda hoje um desafio para os médicos, já que não há um indicador clínico confiável: “Os mecanismos para explicar a hipertensão do avental branco não são bem estabelecidos, mas incluem ansiedade e respostas de alerta, que geram o aumento da pressão naquele momento. No entanto, os pacientes, muitas vezes, não se apresentam ansiosos ou taquicárdicos no consultório”. Boa relação entre médico e paciente pode impedir a síndrome Uma das maneiras de estabelecer o diagnóstico da síndrome do avental branco é uma conversa no consultório. O paciente deve explicar que já teve a pressão medida em casa ou em uma farmácia e que os valores não correspondem aos verificados pelo médico. Caso o paciente esteja nervoso, ansioso ou passando por algum problema, deve explicar a situação ao profissional. De acordo com Bruna, a melhor maneira de amenizar a ansiedade é aprender a enfrentar o medo de ambientes médicos e hospitalares. “Caso o paciente não se sinta confortável com o atendimento, ele pode procurar outro profissional que provoque uma reação positiva, essencial para uma boa relação entre médico e paciente”, afirma a cardiologista. Outras atitudes que podem ajudar são sempre ir ao médico acompanhado e tirar dúvidas sobre os procedimentos.   Foto: Shutterstock

Hipertensão: Existem sintomas que devem servir de alerta para um AVC?

Pouco antes de um indivíduo ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral), alguns sintomas se fazem presentes, indicando a iminência desse episódio. Contudo, há um indício importante para o AVC que costuma surgir bem antes, ainda que silenciosamente: é o quadro de hipertensão, que frequentemente está associado ao derrame. “O principal fator de risco para o AVC é a hipertensão arterial. Quando esta é devidamente controlada, reduz-se significativamente as taxas de incidência de um derrame”, afirma a cardiologista Bruna Cristina Baptistini. O controle da hipertensão arterial para, consequentemente, evitar o AVC, se baseia em mudanças no estilo de vida, com a adoção de hábitos mais saudáveis. O uso de medicamento específico para o problema também é fundamental para o controle da doença, que é crônica.   Sintomas que sinalizam para a ocorrência de um AVC Os sintomas que indicam a ocorrência de um AVC aparecem subitamente e podem incluir: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão; alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. De acordo com a especialista, o cérebro é, em geral, o órgão que mais precocemente e mais intensamente sofre as conseqüências da hipertensão arterial sistêmica. O comprometimento é precoce e progressivo “Quanto maior o tempo de exposição à hipertensão, maior o risco. Também quanto maiores os índices da pressão arterial, igualmente maiores serão as complicações”, explica Bruna. Medidas para diminuir os riscos de AVC As mudanças de estilo de vida recomendadas para controlar a hipertensão e diminuir os riscos de AVC são: alimentação saudável (cortando, principalmente, o sal); prática de atividade física regular, capaz de beneficiar a circulação e evitar a obesidade; além de cortar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. “A prevenção do AVC consiste em controlar os fatores de risco modificáveis, o que inclui, além da hipertensão, fibrilação atrial, diabetes mellitus, dislipidemia, obesidade e o tabagismo”, completa a cardiologista. Foto: Shutterstock

Saiba se a asma piora no frio e como amenizar os sintomas

A hipertensão arterial é uma das mais comuns no Brasil: segundo dados do Ministério da Saúde, a doença atinge cerca de 38 milhões de pessoas em todo o país. Com a chegada do inverno, os cuidados com a pressão alta devem ser redobrados, já que as temperaturas baixas alteram mecanismos da circulação sanguínea. A cardiologista Bruna Baptistini conversou com a equipe do Cuidados Pela Vida sobre como controlar a pressão alta durante o frio. Confira!  Hipertensão pode piorar com as baixas temperaturas O tempo frio pode interferir na vida de quem é hipertenso, como explica a especialista: “Nessa época do ano, há um aumento da incidência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). O principal mecanismo é a vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos) causada pelo frio, o que aumenta a resistência desses vasos e, consequentemente, a pressão arterial”.  Dra. Bruna também lembra que, no inverno, os hábitos de quem sofre com a hipertensão arterial mudam, impactando diretamente nos níveis sistólicos e diastólicos. “O consumo de água é menor com baixas temperaturas, fazendo com que haja desidratação. Isso faz com que o sangue se torne mais denso e viscoso, coagulando com mais facilidade e colaborando para o aumento da pressão sanguínea e de complicações cardíacas e cerebrovasculares”, diz a cardiologista. Como controlar a pressão alta no inverno? Os cuidados com a pressão alta precisam ser apurados e o consultório médico deve ser visitado com frequência, especialmente porque a hipertensão não costuma provocar sintomas. “A hipertensão arterial, na maioria das vezes, não gera sintomas, exceto quando está em níveis muito elevados. Portanto, mesmo nas temperaturas mais amenas, o paciente pode evoluir com picos hipertensivos e se manter assintomático. No inverno, é ainda mais importante manter o acompanhamento regular da pressão arterial para evitar as consequências de uma pressão arterial não controlada”, comenta Dra. Bruna.  Além disso, rever hábitos básicos do cotidiano pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida do hipertenso no inverno. “A recomendação é de que, mesmo nesta estação, sejam mantidos a prática de exercícios físicos, a alimentação balanceada e o consumo de água. É essencial se manter agasalhado, inclusive dentro de casa. Assim, o corpo consegue manter o calor”, finaliza a cardiologista.  Dados do Ministério da Saúde: https://aps.saude.gov.br/noticia/12076

Converse com um dos nossos atendentes