A infecção urinária é mais comum nas mulheres por uma particularidade anatômica: a uretra feminina é bem mais curta que a masculina. Isso significa que o caminho que as bactérias precisam percorrer até chegar à bexiga é menor. Vale ressaltar que esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra.
“O fato da uretra feminina se localizar na vagina também contribui para que o problema ocorra mais em mulheres, já que se trata de um ambiente mais úmido e, portanto, naturalmente mais predisponente às infecções”, comenta o urologista Bruno Cezarino. Após a menopausa, as infecções podem acontecer com ainda mais frequência devido à baixa quantidade de estrogênio, fenômeno que causa mudanças no trato urinário, deixando-o mais vulnerável à ação de bactérias.
Causas da infecção urinária em mulheres e homens
Existem diversas causas para a infecção urinária nas mulheres e as principais, segundo o médico, são: não urinar com a frequência devida, intestino preso, corrimentos vaginais e prática de duchas internas. “Não existe uma só resposta para as infecções urinárias femininas. O ideal é analisar bem cada caso para determinar precisamente as causas”. O especialista afirma ainda que a fertilidade feminina não é diretamente afetada pela infecção urinária.
Nos homens, a infecção urinária é mais comum nos indivíduos mais velhos. Ela está relacionada, principalmente, à obstrução prostática progressiva, que se dá pelo aumento benigno da próstata. “Nesse caso, uma avaliação urológica é fundamental para descartar que quantidades variáveis de urina permanecam na bexiga após a micção”, explica Cezarino.
Tipos de infecção urinária
De acordo com o urologista, a infecção urinária pode ser muito perigosa à saúde da mulher quando se trata de uma pielonefrite (infecção tanto da bexiga quanto do rim). Por outro lado, a cistite (infecção que atinge apenas a bexiga) não causa grandes riscos. “A pielonefrite muitas vezes exige internação hospitalar e traz até mesmo risco de morte, se não for tratada adequadamente”, alerta o médico.
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