A osteoporose é uma doença ligada ao envelhecimento do corpo. O problema surge a partir dos 40 ou 50 anos e é mais comum em mulheres. Causa o enfraquecimento dos ossos devido à redução acentuada da absorção de minerais pelo esqueleto, sendo o cálcio o mais importante. Sedentarismo, alimentação pobre em cálcio, histórico familiar e doenças, como artrite reumatoide e diabetes são importantes fatores de risco.
Casos mais indicados para cirurgias
A maior fragilidade dos ossos em pacientes com osteoporose aumenta o risco de fraturas. “Quando elas acometem os membros inferiores e impossibilitam a locomoção, a melhor opção para evitar complicações mais graves é o tratamento cirúrgico”, afirma o ortopedista e traumatologista Mauricio de Paiva Raffaelli. Segundo o médico, na maioria das vezes, as fraturas atingem pacientes com idade avançada.
Dois métodos cirúrgicos bastante utilizados são a vertebroplastia e a cifoplastia, especialmente nas fraturas de coluna. A primeira consiste na introdução de cimento ortopédico no osso e a segunda utiliza um balão de ar para abrir um espaço no osso e, depois, inserir o cimento ortopédico, a fim de consertar a fratura e a deformidade por ela causada.
O período pós-cirúrgico
Ao realizar o tratamento, o ortopedista não recomenda que o indivíduo fique totalmente imóvel: “Durante o tratamento das fraturas provenientes de osteoporose, os pacientes devem permanecer em repouso para a consolidação da fratura, mas não acamados, porque o imobilismo causa outros problemas.” Por outro lado, aqueles sem fraturas devem realizar atividades físicas, como a musculação, como parte do combate à doença.
Não é possível estimar um tempo para a recuperação da cirurgia, já que há inúmeros fatores que influenciam no processo. “A recuperação das fraturas depende do local da fratura, grau de desvio, idade do paciente e nível da osteoporose. Sabemos que pacientes com osteoporose tendem a ter retardo da consolidação das fraturas”, ressalta Raffaelli.