Existem diversos casos em que o paciente, além do tratamento da hipertensão, também está tratando outras doenças. Como exemplos, podem ser citados o diabetes e a obesidade. Quando isso acontece, o hipertenso precisa de cuidados diferentes e específicos para controlar a pressão alta, que variam de acordo com a doença e sua gravidade.
Doenças renais podem alterar o tratamento da hipertensão
De acordo com a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto, o tratamento da hipertensão pode mudar porque algumas medicações acabam interferindo, por exemplo, no desempenho dos rins e nos níveis de colesterol. “Uma pessoa que tem hipertensão e apenas 30% da capacidade de funcionamento dos rins deve ajustar os medicamentos para evitar a piora do quadro renal”, explica a médica. Este ajuste pode envolver tanto a troca dos remédios quanto alterações na dose.
“Alguns medicamentos para hipertensão podem ajudar a melhorar as complicações do diabetes, enquanto outros podem agravar o quadro”, continua a especialista. Por isso, é importante o cardiologista conhecer bem as condições de saúde do paciente e analisar os exames de sangue para escolher a melhor medicação para cada caso.
Uso incorreto de medicações pode atrapalhar doenças graves
“Há mais de 500 tipos de anti-hipertensivos entre as fórmulas simples e combinações. Um medicamento é mais indicado para quem tem cirrose porque diminui o risco de sangramento por varizes no esôfago, mas este mesmo medicamento piora o controle do diabetes, por exemplo”, alerta Dra. Ana Catarina.
Segundo a cardiologista, pessoas com infecções graves ou grande perda de peso, como pacientes de câncer ou que fizeram cirurgia bariátrica, podem ter uma diminuição nos níveis da pressão arterial, precisando de menos medicamentos para o tratamento da hipertensão. Essa quantidade deve ser reavaliada pelo médico nas consultas realizadas ao longo do ano.