Você já ouviu falar nos ? De nome, talvez, essa classificação te pareça estranha, mas você vê muitos deles diariamente na mesa, na geladeira ou nas prateleiras do supermercado. Para as crianças, a ingestão de superalimentos é muito importante para a manutenção dos sistemas de defesa do organismo e, consequentemente, da saúde. Para comentar um pouco sobre esse assunto, convidamos a nutricionista Suely Iglesias, que deu dicas sobre a importância de uma alimentação super saudável na vida dos pequenos.
O que são superalimentos?
Muitos são os alimentos que fazem bem para a nossa saúde. Porém, para serem considerados superalimentos, é necessário ser polivalente. “Para considerarmos um alimento como superalimento, devemos atentar para sua composição nutricional. Consideramos a concentração de proteínas, vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes e outros compostos de grande valia, disponíveis em larga escala. Alimentos que contêm nutrientes e compostos bioativos capazes de oferecer um elevado número de efeitos positivos para o nosso organismo irão se encaixar nessa categoria”, explica Suely.
Além de serem ricos em nutrientes e bons para a imunidade, os superalimentos ainda têm outras vantagens. “Todos têm em comum diversas vitaminas, minerais e compostos bioativos em quantidades suficientes para proporcionar benefícios extras: têm nutrientes de excelência para os cabelos e pele, outros são ótimos para promover a saúde da mente, reduzir a glicose no sangue, para regulação do sistema endócrino ou regular o colesterol”, cita a especialista.
O que os alimentos mais poderosos do mundo fazem pela imunidade?
Mas afinal, quais são esses superalimentos e o que eles podem fazer pela imunidade dos pequenos? Suely dá a dica de alguns protagonistas dessa seleta categoria:
“Salmão, atum e sardinha: Boas fontes de ômega-3, antioxidantes e atuam na saúde cardiovascular.
Azeite de oliva extravirgem: tem gorduras monoinsaturadas, ômega-9, vitaminas A, E e K, ferro, cálcio, magnésio, potássio e aminoácidos, além de propriedades antioxidantes.
Ovos (galinha, codorna e pato): são boas fontes de colina, que atua na manutenção das membranas celulares e na manutenção da boa visão.
Lentilha: rica em fibras alimentares, ferro, vitaminas e proteína vegetal.
Abacate: é fonte de gordura monoinsaturada, benéfica para o organismo. Pode ser um forte aliado na perda de peso e redução das triglicérides. Em sua composição, temos também ácido fólico e vitaminas B6, E e K.
Açaí: ajuda a combater os índices de LDL – o colesterol prejudicial – na corrente sanguínea.
Kiwi: anti-inflamatório, antioxidante, laxativo e anticancerígeno, fonte de vitamina C, E, B6, de potássio, magnésio, cobre, fosfato e fibras alimentares. Auxilia os sistemas imune e cardiovascular.
Alho: rico em vitaminas do tipo A e C, essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico.
Iogurte Natural: é fonte de probióticos, microrganismos que ajudam a saúde intestinal, o que é fundamental para a imunidade, uma vez que 80% das células do sistema imunológico ficam no intestino.”
Entretanto, a nutricionista destaca que somente os superalimentos não bastam para garantir a saúde e o bom funcionamento da imunidade das crianças: “É preciso evitar os alimentos minimamente processados, embutidos, enlatados e industrializados de maneira geral. Fazer uma alimentação mais natural, priorizar o consumo de frutas, verduras, legumes, alimentos in natura, carne, peixes e ovos”.
Outros hábitos diários, inclusive alimentares, também são destacados pela especialista para que os superalimentos funcionem: “Também é importante rodiziar os alimentos para ter uma oferta significativa de todos os nutrientes, evitar a monotonia alimentar e lembrar que um alimento sozinho não faz mágica: há todo um estilo de vida, que inclui sono, alimentação, atividade física, para manter o organismo em equilíbrio”.