O verão até pode ser associado, em certo sentido, a uma maior formação de gases, mas essa relação não se estabelece de forma direta, já que as altas temperaturas da estação não propiciam flatulência. O que elas podem fazer é estimular comportamentos que resultem em uma maior produção de gases intestinais.
Aumento da ingestão de líquidos no verão pode resultar em gases
“Não há relação direta entre o clima quente do verão e a maior formação de gases digestivos. O que se pode dizer é que alguns hábitos da estação podem colaborar para a formação de gases, tais como ingestão de bebidas gasosas (cervejas, refrigerantes, espumantes) e de algumas verduras e/ou legumes”, informa o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos.
Com o calor, surge a necessidade de se hidratar e refrescar com mais frequência, o que tende a aumentar o consumo de líquidos. A opção por bebidas gasosas é muito comum no verão, provocando mais gases, mas mesmo as bebidas não gasosas podem gerar esse efeito, caso sejam ingeridas durante as refeições. Quem possui esse hábito e está consumindo mais líquidos no verão, pode acabar produzindo mais gases que o normal.
Cuidado com a alimentação é importante para evitar o excesso de gases
A necessidade de se refrescar para fugir da sensação incômoda do calor no verão também leva muitas pessoas a optarem por uma alimentação mais leve, apostando em verduras, legumes e frutas. Alguns desses são compostos por substâncias que estimulam mais o organismo à produção de gases. “Brócolis, repolho, couve-flor, cebola, alho e batata são alguns exemplos”, afirma Sousa.
No verão e em todas as demais estações do ano, o excesso de gases pode ser evitado por meio de práticas simples. Além de deixar de lado bebidas gasosas, alimentos que contribuem para a flatulência e abandonar o hábito de beber e comer ao mesmo tempo, a prática de exercícios físicos e diminuição do consumo de gordura (especialmente frituras) ajudam bastante.
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