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    Hipertensão: Por que é fundamental tomar medicação na ausência de sintomas?

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    O consumo regular de medicamentos prescritos por um especialista é fundamental para garantir que a pressão arterial de um paciente com hipertensão seja mantida sob controle. E, além disso, os remédios devem continuar sendo parte da rotina mesmo daqueles que não apresentam sintomas ou que estão com a pressão em níveis controlados há bastante tempo.

    Tratamento da hipertensão é para a vida toda


    Existem motivos para essa preocupação constante. “A doença é silenciosa. Mesmo sem trazer sintomas perceptíveis, os vasos sanguíneos, as artérias do cérebro, o coração e os rins estão sendo danificados. É um processo cumulativo”, explica o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho. O benefício será muito menor se o tratamento for iniciado apenas quando surgirem danos nesses órgãos.

    Os casos de hipertensão controlada podem ter alterações nos valores da pressão arterial e não apresentar nenhum sintoma, o que reforça a necessidade da medicação. “Nosso corpo vai sofrendo alterações com o passar dos anos. No início do tratamento, uma medicação só pode ser o suficiente para deixar a pressão sob controle, mas isso pode mudar”, afirma o profissional. Por isso, é importante sempre visitar um médico para possíveis mudanças no tratamento.

    Poucos casos de hipertensão não precisam de medicamentos


    De acordo com Francisco Flavio, em apenas duas situações é possível dispensar o uso da medicação. A primeira é o diagnóstico errado da hipertensão, sendo necessárias reavaliações para eliminar qualquer dúvida. E o outro cenário é a hipertensão provocada por outra doença, como estenose da artéria renal e coarctação de aorta, que correspondem a menos de 10% dos pacientes com pressão alta e que podem ser tratados com a resolução do problema inicial.

    Mas a grande maioria das pessoas hipertensas deve realizar o tratamento continuamente, ao longo de toda a vida. Os riscos de uma interrupção ou falta de medidas contra a doença são vários. Infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, AVC, insuficiência renal, cegueira e demência são alguns deles. Mulheres grávidas podem apresentar eclâmpsia, morte fetal e materna.
    Foto: Shutterstock

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