O herpes é uma infecção causada pelo vírus herpes simples e provoca o surgimento de feridas e vesículas, principalmente na região da boca e órgãos genitais. Na primeira crise, os sintomas costumam ser mais fortes e o paciente pode até mesmo ter febre. Mesmo com tratamento, o vírus pode ser reativado no portador, seja por cansaço, alterações imunológicas ou exposição exagerada ao sol.
Mais da metade da população mundial tem o vírus do herpes
Um fato curioso sobre o herpes é que, segundo a dermatologista Gabriella Albuquerque, é possível ser portador do vírus, mesmo sem nunca ter manifestado qualquer sintoma da doença. Casos assim são mais frequentes do que a maioria das pessoas imagina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 67% da população mundial com menos de 50 anos é portadora do vírus.
Mesmo quem está no começo da primeira crise pode não saber que tem o vírus no próprio organismo e transmiti-lo. “Normalmente, o vírus do herpes é precedido por uma sensação de coceira e de formigamento na região em que as vesículas irão aparecer. Sendo assim, o indivíduo pode transmitir este vírus durante este período sem saber que é um portador”, explica a médica.
É possível impedir a transmissão do herpes?
Estas particularidades dos casos de herpes destacam a importância dos cuidados preventivos, que devem ser adotados por todos para impedir a transmissão da doença. Pessoas que estão sentindo os primeiros sintomas da infecção devem evitar compartilhar objetos pessoais (especialmente talheres, batom e outros itens que entram em contato com a boca) com outros. Os cuidados também são necessários nos casos do herpes genital, nos quais o uso de preservativos é importante para impedir a transmissão da doença. Nos períodos de crise, no entanto, a recomendação é evitar o contato sexual, já que a doença pode ser transmitida pelo contato em áreas não protegidas pelo preservativo.
Gabriella faz ainda outras recomendações, válidas para todos: “Nunca use batons de outra pessoa porque, apesar de as lesões não estarem aparentes, a pessoa pode estar numa fase pré-clínica e transmitir o vírus. Evite compartilhar copos e evite beijar na boca de outra pessoa quando ela apresentar alguma ferida em seus lábios”, completa a dermatologista.
Dra. Gabriella Albuquerque é dermatologista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 71503-4 – Site oficial
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