Não existe ainda uma forma de prevenção totalmente eficaz da endometriose, até porque não dá para prever se uma mulher sofrerá ou não com a doença. Sendo assim, a melhor forma de lidar com o problema é identificá-lo cedo, buscar rapidamente um médico para obter o diagnóstico e iniciar o quanto antes o tratamento adequado. As chances de recuperação aumentam muito quando os cuidados devidos são tomados precocemente.
Principais cuidados para controlar cedo a endometriose
“A endometriose é uma doença crônica, inflamatória, cuja etiologia ainda é muito discutida. Não existem meios de realizar a prevenção primária da doença na adolescência, mas existe a possibilidade de preveni-la secundariamente. Ou seja, uma vez que o diagnóstico da doença é feito, medidas podem ser tomadas para controlar sintomas, evitar a progressão do quadro e melhorar a qualidade de vida da paciente”, explica a ginecologista Fernanda Freire.
Ainda segundo a especialista, o diagnóstico de endometriose na adolescência é considerado um desafio, pois muitas vezes os sintomas são subestimados. “Devemos ficar atentos e suspeitar da doença caso a adolescente apresente cólicas menstruais intensas, incapacitantes e que não melhoram com o uso de antiinflamatórios e/ou anticoncepcionais”, orienta a médica.
Hábitos saudáveis de vida ajudam no tratamento da doença
Uma das principais formas de fazer o diagnóstico e prevenir a progressão da doença é apostar em consultas de rotina desde a puberdade com o/a ginecologista. Dessa forma, fica muito mais fácil identificar sinais da doença ainda em seu estágio inicial. Além disso, hábitos saudáveis de vida são importantes para a diminuição dos sintomas e manutenção do bem-estar.
“Alimentar-se de maneira equilibrada, sem excesso de açúcar e gordura animal; manter bons hábitos de sono; praticar alguma atividade física regularmente; e adotar estratégias para controle do estresse são exemplos importantes nesse contexto. O tratamento medicamentoso também auxilia bastante na melhora dos sintomas e prevenção da progressão da endometriose”, conclui a ginecologista.
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