A perda de memória é um dos sintomas mais marcantes do Alzheimer, mas a doença — também conhecida como Mal de Alzheimer — é muito mais complexa. Ela provoca o declínio das funções cognitivas, afetando áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e comportamento.
Sinais de Alzheimer
O Alzheimer é caracterizado por uma série de sintomas, que variam conforme o estágio da doença. Além da perda de memória, os pacientes podem apresentar dificuldade para realizar atividades cotidianas, confusão, alterações de humor, desorientação e dificuldades em reconhecer pessoas.
Desta forma, o diagnóstico é realizado por um neurologista ou geriatra, que avalia o histórico do paciente, realiza exames cognitivos e, em alguns casos, solicita exames de imagem para detectar mudanças no cérebro.
Fases do Alzheimer
O Alzheimer se divide em três fases principais, cada uma com características específicas:
Inicial: neste estágio, os sinais são mais sutis e podem ser confundidos até mesmo com o avanço da idade. A perda de memória, principalmente em relação a eventos recentes, pode passar despercebida até se tornar mais frequente.
Portanto, a pessoa ainda consegue manter grande parte da sua independência.
Intermediária: com o avanço da doença, os sintomas se tornam mais evidentes. O paciente pode ter dificuldades em se comunicar, reconhecer pessoas e realizar atividades diárias, necessitando de mais apoio de familiares e cuidadores. É nesta fase que os diagnósticos são mais comuns.
Avançada: no estágio final, o Alzheimer compromete gravemente as funções cognitivas e físicas. A pessoa pode perder a capacidade de falar e de se movimentar, necessitando de cuidados intensivos e acompanhamento médico constante.
O tratamento medicamentoso pode ser utilizado para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
5 fatores de risco do Alzheimer
De acordo com o Ministério da Saúde, alguns fatores aumentam o risco de desenvolver a doença. Eles são:
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Idade Avançada
 O principal fator de risco para o Alzheimer é a idade. Embora casos mais raros possam ocorrer antes dos 65 anos, a maioria dos pacientes é diagnosticada após essa faixa etária, que se estende até os 85 anos. 
 Quando a doença afeta pessoas mais jovens, ela é classificada como Alzheimer precoce, frequentemente relacionado a alterações genéticas hereditárias.
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Histórico Familiar
 Ter um parente de primeiro grau com Alzheimer aumenta as chances de desenvolvimento da doença. Estima-se que entre 5% e 10% dos casos sejam atribuídos a causas genéticas, mas isso não significa que a doença seja necessariamente hereditária. 
 O histórico familiar pode influenciar a probabilidade, mas não garante que outros membros da família também desenvolverão a doença.
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Doenças Cardiovasculares
 Problemas na saúde cardiovascular, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, estão associados a um maior risco de Alzheimer. 
 Isso ocorre porque a dificuldade do coração em bombear sangue pode afetar o fornecimento de oxigênio ao cérebro, comprometendo as funções cognitivas.
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Traumatismo Craniano
 Lesões na cabeça, como pancadas e traumas graves, podem aumentar a probabilidade de desenvolver Alzheimer mais tarde. Isso ocorre porque o impacto no cérebro pode causar danos que contribuem para o aparecimento de demências, incluindo o Alzheimer. 
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Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)
 Pessoas que apresentam sinais de comprometimento cognitivo leve — uma condição em que há uma diminuição das funções cognitivas, mas sem um diagnóstico formal de demência — têm maior risco de desenvolver Alzheimer.
Alzheimer: como prevenir o declínio cognitivo
Embora não haja cura definitiva para o Alzheimer, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença. As principais atividades de prevenção incluem:
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Manter-se fisicamente ativo
Exercícios regulares melhoram a saúde cardiovascular e contribuem para o bom funcionamento do cérebro. Portanto, escolher uma atividade física prazerosa pode ajudar a controlar o peso e reduzir a pressão arterial.
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Controlar doenças
A atenção especial ao controle de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol elevado é essencial para manter o cérebro saudável e prevenir o Alzheimer.
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Exercitar o cérebro
Atividades cognitivas, como leitura, quebra-cabeças e aprendizagem de novas habilidades, mantêm o cérebro em constante atividade, o que pode retardar o surgimento de demências.
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Manter uma alimentação saudável
Uma dieta equilibrada, rica em antioxidantes, como frutas, vegetais e alimentos com ácidos graxos ômega-3 (presentes em peixes, por exemplo), pode contribuir para a saúde do cérebro e auxiliar na prevenção de doenças neurodegenerativas.



