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Doença de Alzheimer: 5 fatores de risco e como prevenir o declínio cognitivo

Alzheimer
Sintomas

10 de março de 2025

A perda de memória é um dos sintomas mais marcantes do Alzheimer, mas a doença — também conhecida como Mal de Alzheimer — é muito mais complexa. Ela provoca o declínio das funções cognitivas, afetando áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e comportamento. 

Sinais de Alzheimer

O Alzheimer é caracterizado por uma série de sintomas, que variam conforme o estágio da doença. Além da perda de memória, os pacientes podem apresentar dificuldade para realizar atividades cotidianas, confusão, alterações de humor, desorientação e dificuldades em reconhecer pessoas

Desta forma, o diagnóstico é realizado por um neurologista ou geriatra, que avalia o histórico do paciente, realiza exames cognitivos e, em alguns casos, solicita exames de imagem para detectar mudanças no cérebro.

Fases do Alzheimer

O Alzheimer se divide em três fases principais, cada uma com características específicas:

Inicial: neste estágio, os sinais são mais sutis e podem ser confundidos até mesmo com o avanço da idade. A perda de memória, principalmente em relação a eventos recentes, pode passar despercebida até se tornar mais frequente. 

Portanto, a pessoa ainda consegue manter grande parte da sua independência.

Intermediária: com o avanço da doença, os sintomas se tornam mais evidentes. O paciente pode ter dificuldades em se comunicar, reconhecer pessoas e realizar atividades diárias, necessitando de mais apoio de familiares e cuidadores. É nesta fase que os diagnósticos são mais comuns. 

Avançada: no estágio final, o Alzheimer compromete gravemente as funções cognitivas e físicas. A pessoa pode perder a capacidade de falar e de se movimentar, necessitando de cuidados intensivos e acompanhamento médico constante. 

O tratamento medicamentoso pode ser utilizado para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

5 fatores de risco do Alzheimer

De acordo com o Ministério da Saúde, alguns fatores aumentam o risco de desenvolver a doença. Eles são:

  1. Idade Avançada

    O principal fator de risco para o Alzheimer é a idade. Embora casos mais raros possam ocorrer antes dos 65 anos, a maioria dos pacientes é diagnosticada após essa faixa etária, que se estende até os 85 anos.
    Quando a doença afeta pessoas mais jovens, ela é classificada como Alzheimer precoce, frequentemente relacionado a alterações genéticas hereditárias.

  2. Histórico Familiar

    Ter um parente de primeiro grau com Alzheimer aumenta as chances de desenvolvimento da doença. Estima-se que entre 5% e 10% dos casos sejam atribuídos a causas genéticas, mas isso não significa que a doença seja necessariamente hereditária.
    O histórico familiar pode influenciar a probabilidade, mas não garante que outros membros da família também desenvolverão a doença.

  3. Doenças Cardiovasculares

    Problemas na saúde cardiovascular, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, estão associados a um maior risco de Alzheimer.
    Isso ocorre porque a dificuldade do coração em bombear sangue pode afetar o fornecimento de oxigênio ao cérebro, comprometendo as funções cognitivas.

  4. Traumatismo Craniano

    Lesões na cabeça, como pancadas e traumas graves, podem aumentar a probabilidade de desenvolver Alzheimer mais tarde. Isso ocorre porque o impacto no cérebro pode causar danos que contribuem para o aparecimento de demências, incluindo o Alzheimer.

  5. Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)
    Pessoas que apresentam sinais de comprometimento cognitivo leve — uma condição em que há uma diminuição das funções cognitivas, mas sem um diagnóstico formal de demência — têm maior risco de desenvolver Alzheimer. 

Alzheimer: como prevenir o declínio cognitivo

Embora não haja cura definitiva para o Alzheimer, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença. As principais atividades de prevenção incluem:

  • Manter-se fisicamente ativo

Exercícios regulares melhoram a saúde cardiovascular e contribuem para o bom funcionamento do cérebro. Portanto, escolher uma atividade física prazerosa pode ajudar a controlar o peso e reduzir a pressão arterial.

  • Controlar doenças 

A atenção especial ao controle de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol elevado é essencial para manter o cérebro saudável e prevenir o Alzheimer.

  • Exercitar o cérebro

Atividades cognitivas, como leitura, quebra-cabeças e aprendizagem de novas habilidades, mantêm o cérebro em constante atividade, o que pode retardar o surgimento de demências.

  • Manter uma alimentação saudável

Uma dieta equilibrada, rica em antioxidantes, como frutas, vegetais e alimentos com ácidos graxos ômega-3 (presentes em peixes, por exemplo), pode contribuir para a saúde do cérebro e auxiliar na prevenção de doenças neurodegenerativas.

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