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    Diarreia: quais as principais causas e tratamentos?

    Saúde Gastrointestinal
    Sintomas

    Por Adriana Ávila, Dr. Fabio Luiz Maximiano, Dr. Leonardo Iezzi, Dra. Amanda Buchmann e Dra. Flávia Bello

    17 de agosto de 2017

    A diarreia é caracterizada pela consistência aquosa das fezes e pelo aumento do número de evacuações, podendo ser causada por doenças ou disfunção do trato gastrointestinal. Ela pode ser dividida em: Aguda – menos de 15 dias; Persistente: mais de 15 dias; Crônica: mais de 4 semanas. Durante esse quadro, o corpo tende a perder muita água, potássio, sódio e bicarbonato, além de outros eletrólitos”, afirma o gastroenterologista Fábio Luiz Maximiano.

    Principais causas da diarreia:

    A causa mais comum da diarreia é a infecção por vírus, bactérias ou outros parasitas que invadem o organismo, comprometendo os órgãos do sistema gastrointestinal. Bem como carência de zinco.  “O zinco é um mineral importante que atua como cofator em diversos metabolismos das proteínas, carboidratos e lipídeos. Dessa forma, ele interfere no funcionamento das células, nos processos cicatriciais e imunológicos”, diz o médico. “Sua deficiência torna frágil todos esses mecanismos, podendo interferir na absorção dos alimentos e de água, levando ao aumento do trânsito intestinal, da produção de muco e, consequentemente, à diarreia”. Contudo, a diarreia também pode ser causada por:

    • Ingestão de alimentos mal higienizados;
    • Ingestão de água contaminada;
    • Estresse e ansiedade;
    • Intoxicação alimentar;
    • Ação de medicamentos;
    • Falta de zinco.

    A doença pode ser classificada como diarreia aguda ou diarreia crônica, sendo a primeira mais breve, ou seja, se manifesta durante poucos dias, e a segunda, mais longa. “A diarreia aguda, com tempo inferior a 15 dias, tem, em sua grande maioria, causa infecciosa viral ou relacionada a alguma intolerância alimentar aguda”, explica o coloproctologista Leonardo Iezzi.

    “Já a diarreia crônica, com tempo superior a 15 dias, pode ter causa infecciosa também, mas deve-se investigar ainda doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa ou doença de Crohn), fatores alimentares (intolerâncias à lactose, glúten), fatores nutricionais (deficiências proteicas, de minerais) ou doenças crônicas (cirrose hepática, insuficiência pancreática)”, conclui.

    Prevenção da diarreia

    Mão suja é porta de entrada para micro-organismos que causam diarreia. “A principal forma de contágio é através da saliva, seja pelas mãos ou por objetos contaminados pelo germe que causa a diarreia”, afirma a pediatra Flávia Bello. Logo, levar a mão suja à boca significa transportar esses micro-organismos diretamente para dentro do organismo, causando o problema.

    Em crianças, o cuidado deve ser redobrado! Além de deixar as mãos sempre limpas, há outros cuidados importantes para evitar diarreia nas crianças. “Manter uma limpeza adequada dos brinquedos, cuidar de higiene pessoal e da casa, usar álcool gel quando não for possível lavar as mãos, ensinar as crianças a não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, talheres e escova de dentes, e evitar colocar objetos na boca”, aconselha a profissional.

    Tratamento da diarreia

    Os tratamentos das diarreias de duração breve e prolongada são individualizados, devido às particularidades de cada uma. 

    Diarreia de curta duração: “deve ser tratada apenas com medidas de suporte (hidratação, dieta e sintomáticos)

    Diarreias prolongadas: “necessitam de exames complementares em busca da etiologia específica e do  tratamento direcionado”. A suplementação de zinco também pode ser indicada, para ajudar a repor esse mineral importante no organismo.

    Diarreia crônica: pode indicar males como a síndrome do intestino irritado ou outros mais graves, tais quais a doença de Crohn e colites ulcerosas. Tanto ela quanto a aguda podem ser amenizadas com a adoção de práticas saudáveis.

    Alimentação quando se tem diarreia

    A alimentação é um elemento importante do tratamento da diarreia. De modo geral, recomenda-se evitar alimentos gordurosos, como frituras, e alimentos ou bebidas ricas em açúcar. Também não são recomendados alimentos naturalmente laxativos, como mamão, feijão e lentilha. A recomendação é ingerir alimentos como:

    • Banana;
    • Maçã;
    • Cenoura;
    • Batatas
    • Alimentos ricos em zinco e minerais;
    • Muito líquido para reidratação.

    Suplementação para evitar diarreia

    Cuidados com a dieta e suplementação com zinco. “O zinco atua no nosso sistema imunológico e poderá auxiliar na defesa da mucosa do intestino frente aos agentes patogênicos presentes nos alimentos contaminados”, afirma a nutricionista Adriana Ávila. No entanto, a especialista acredita que a eficácia da resposta do nutriente dependerá da quantidade desses agentes invasores no sistema gastrointestinal.

    O mineral acelera a regeneração das células intestinais, os enterócitos, que conseguirão absorver mais água e sais minerais”, explica a profissional. Com isso, a infecção acaba mais rápido, evitando desidratação e emagrecimento, que são as complicações mais comuns em pacientes com diarreia. O nutriente também dificulta a entrada de organismos invasores

    Repouso quando se tem diarreia

    Além disso, de acordo com a gastroenterologista Amanda Buchmann, o repouso é uma das medidas de recuperação para o quadro de diarreia.

    “Quando a diarreia faz parte de um quadro viral, ela pode vir acompanhada de febre ou prostração, impossibilitando que o paciente realize suas atividades normais e, consequentemente, fazendo com que necessite de repouso”.

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