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    Diabetes: quais são os tipos? Saiba tudo sobre os sintomas, riscos e o tratamento dessa doença metabólica

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    O diabetes é uma doença metabólica que atinge pessoas de todas as idades e se divide em dois tipos. No tipo 1, a insulina, um hormônio fundamental para a metabolização do açúcar, não é produzida pelo pâncreas. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas mantém sua capacidade de produzir a insulina por um certo período de tempo, mas a evolução da doença impede que a produção ocorra em quantidades adequadas. Além disso, no tipo 2, as células se mostram resistentes à ação do hormônio.

    Em seus primeiros estágios, o diabetes não costuma provocar sintomas. Com o tempo, entretanto, os índices glicêmicos podem ficar descompensados. O paciente corre alguns riscos quando o nível de glicose no sangue sobe ou cai muito. O nível muito alto recebe o nome de hiperglicemia, enquanto o nível baixo é chamado de hipoglicemia.

     

    Quais são os principais sintomas do diabetes?

     

    Surgem, então, os sinais típicos: sede excessiva e aumento do apetite, nos casos de hiperglicemia, e perda de peso, fraqueza, formigamento, visão turva e tremedeiras, nos pacientes com hipoglicemia. No entanto, quando a falta de controle é crônica, o paciente tem maior chance de desenvolver algumas das complicações do diabetes.
    Uma das complicações é a retinopatia diabética. O problema é caracterizado por lesões na retina e provoca a perda repentina da visão, podendo levar à cegueira. Pode ocorrer também a neuropatia diabética, que impede os nervos de enviar e receber mensagens do cérebro, desencadeando dor crônica, enfraquecimento muscular e desequilíbrio. O chamado “pé diabético” também é uma das possíveis consequências do diabetes fora de controle. “Níveis cronicamente elevados de glicemia favorecem o aparecimento de alterações neurológicas e vasculares capazes de atingir os membros inferiores”, explica a endocrinologista Daniele Zaninelli. “Pessoas com pé diabético podem apresentar complicações, como ulcerações e infecções, o que pode culminar na amputação do membro afetado”.

    Outra complicação é a disfunção erétil. “Em longo prazo, principalmente quando não compensado, o diabetes leva a lesões de microvasos sanguíneos que irão causar uma série de alterações na saúde do paciente, como a neuropatia autonômica, que contribui para impotência, infarto sem dor e alteração do funcionamento da bexiga”, alerta a endocrinologista Mariana Guerra.

     

    O paciente diabético pode consumir açúcar?

     

    Quando o assunto é diabetes, o açúcar é logo colocado como vilão, mas a realidade não é tão simples assim. O ingrediente deve ser evitado, mas até pode ser consumido, desde que sem exageros. “O que ocorre é que o consumo excessivo de açúcar está associado ao ganho de peso e a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e desequilíbrio da doença”, afirma Daniele.

    Os cuidados com a alimentação são essenciais para controlar a doença e prevenir qualquer risco. De acordo com Daniele, a dieta recomendada para o paciente diabético não é diferente da recomendada para a população em geral: “Os pacientes devem ser estimulados a substituir carboidratos refinados e alimentos com adição de açúcar por grãos integrais, legumes, vegetais e frutas”, recomenda. Tudo com moderação e com acompanhamento médico.

     

    Controle do diabetes requer hábitos mais saudáveis

     

    O tratamento, no entanto, não para por aí. Ele é baseado em mudanças no estilo de vida, como praticar atividades físicas, não consumir bebidas alcoólicas e cigarros, cuidar da saúde bucal e tratar outras doenças, como a hipertensão e a obesidade. A aplicação de insulina também é indicada para todos os pacientes do diabetes tipo 1 e ao longo da evolução de casos do tipo 2.

    Além disso, o tratamento com medicamentos pode ser indicado para auxiliar no controle da doença. “Os efeitos da medicação incluem a redução da produção de glicose pelo fígado, a melhora da resistência à insulina, influência na produção de hormônios envolvidos no controle dos níveis glicêmicos e, ainda, aumento da perda de glicose na urina”, explica Daniele. A escolha da medicação depende da fase da doença e da avaliação de cada caso, que deve ser feita por um profissional qualificado e de confiança.

     

    Dra. Mariana Guerra é endocrinologista, formada pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória e atua em Vitória (ES). CRM-ES: 7019

     

    Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista formada pela Universidade Federal do Paraná e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876

     

    Foto: Shutterstock

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