Quando o assunto é o diabetes, o pâncreas deve ser sempre mencionado. Ele é o órgão responsável pela fabricação de insulina, um hormônio que garante o controle dos níveis de açúcar no sangue. A falta de insulina ou a dificuldade que esse hormônio tem para exercer sua função no organismo é o que caracteriza o diabetes, uma doença metabólica muito conhecida.
O pâncreas é responsável pela produção de enzimas digestivas
De acordo com a endocrinologista Daniele Zaninelli, o pâncreas tem duas funções principais. A função exócrina é a responsável por produzir enzimas digestivas, que atuam no processo de digestão dos alimentos. Já a função endócrina está intimamente ligada ao diabetes porque está relacionada à produção dos hormônios insulina e glucagon.
A função endócrina influencia o controle do diabetes. A insulina facilita a entrada de glicose nas células, onde a substância será utilizada como fonte de energia ou armazenada para uso posterior. “Quando o pâncreas deixa de produzir insulina ou produz em quantidades insuficientes, os níveis de açúcar no sangue sobem”, explica a especialista.
O glucagon em excesso favorece o desenvolvimento do diabetes
Já o glucagon tem função oposta à insulina. “É um dos hormônios responsáveis por aumentar as taxas de açúcar na corrente sanguínea quando ficamos muito tempo sem nos alimentar, evitando a hipoglicemia”, afirma Daniele. Segundo a profissional, o excesso de glucagon no organismo está relacionado ao aparecimento do diabetes.
No diabetes tipo 1, a insulina deixa de ser produzida pelo pâncreas e o paciente precisa receber insulina injetável desde o momento do diagnóstico. No diabetes tipo 2, o órgão mantém sua capacidade de produção, mas com a evolução da doença, a insulina pode deixar de ser produzida em quantidades adequadas. A partir daí, o paciente tipo 2 também precisará da aplicação do hormônio.
Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876
Foto: Shutterstock