O transtorno obsessivo compulsivo é muito conhecido pela sigla TOC. Sua principal característica é a manifestação de obsessões e compulsões. São pensamentos, rituais e comportamentos relacionados à limpeza, organização e checagem feitos de maneira involuntária e incontrolável.
O TOC pode afetar a rotina de toda a família
O TOC é uma doença psiquiátrica bastante complexa e que nem todo mundo compreende. Mas, é preciso que a família procure entendê-la para ajudar o paciente, especialmente porque um familiar com o problema pode colocar a vida de outros em risco, mesmo que indiretamente e sem qualquer intenção.
“Quando uma pessoa adoece emocionalmente e não está em tratamento psicoterapêutico e medicamentoso adequado e eficaz, ela tem comportamentos que afetam pessoas que convivem com ela, produzindo conflitos e estresse”, explica a psicóloga Lilian Boarati. O resultado, frequentemente, é a exaustão emocional e problemas físicos em membros da família.
Pacientes podem pedir que familiares participem de ritos do TOC
Portadores do TOC costumam depender muito do auxílio de seus familiares. Há uma necessidade grande de cuidados e de atenção por causa dos sintomas. “Muitos familiares modificam suas rotinas pessoais e da casa para atender as demandas do paciente, que tende a solicitar a companhia e até mesmo a participação dos familiares nos rituais”, conta a especialista.
Outro aspecto que deve chamar atenção é o afastamento do paciente com TOC dos outros parentes em razão dos rituais e dos pensamentos provocados pela doença. “A realização do rituais obriga o portador a repetir determinadas atitudes por diversas vezes ou várias horas. É comum os pacientes se esquivarem de atividades sociais e profissionais”, revela Lilian, que destaca que isso não significa que pessoas com TOC sejam preguiçosas.
Dra. Lilian Regina Boarati de Andrade é psicóloga especializada em tratamento psicoterapêutico do TOC e atende em São Paulo. CRP-SP: 64435 http://www.lilianboarati.com.br/

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