O uso obrigatório de máscara de proteção, em função da pandemia do novo coronavírus, vem se mostrando um desafio para os portadores de doenças respiratórias, especialmente. Isso porque quadros como asma, bronquite e DPOC têm como principal sintoma a falta de ar, o que é piorado pela máscara ao tampar nariz e boca.
Falta de ar pelo uso de máscara incomoda diversos tipos de pacientes
“Atualmente, estou atendendo no consultório, com máscara e todos os demais cuidados, e percebo que mesmo os pacientes que não têm problema respiratório se sentem desconfortáveis em utilizar a máscara. Demonstram estar sufocados, muitas vezes. Isso deixa claro que o paciente que já tem o componente da falta de ar, ao lidar com doenças como a asma, por exemplo, se sentirá ainda mais prejudicado ao utilizar máscara no rosto”, explica o pneumologista José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, tal cenário se assemelha aos casos dos pacientes que tratam a síndrome da apneia do sono, quadro que também exige uso de máscara específica. Esses pacientes demonstram, da mesma forma, inquietação, desconforto e sensação de piora da falta de ar quando utilizam a máscara. “Não são todos que conseguem se adaptar ao item”, afirma o médico.
Como lidar com o uso da máscara no momento atual?
Por mais que os pacientes asmáticos, de fato, se sintam prejudicados com o uso da máscara pela falta de ar, no momento não há muito o que fazer, já que se trata de uma medida necessária de proteção contra o novo coronavírus. “Devemos lembrar que o paciente pulmonar crônico ou com asma corre mais risco de infecção pela COVID-19, então ele precisa se proteger mais que o normal”, orienta o profissional.
Uma alternativa para os pacientes asmáticos é apostar em máscaras de material diferente do comum (pano), que permitam uma respiração com menos dificuldade. “Já vi pacientes usando no consultório máscaras feitas de uma espécie de plástico transparente, que parecem cumprir bem sua função de proteção – pois ficam bem fixas no rosto – e que facilitam a respiração, pois dão uma folga maior entre boca e nariz, proporcionando maior ventilação local”, conclui Martinelli.
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