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Como identificar os sinais de depressão na infância?

Cuidados e Bem-estar

Por Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo

19 de outubro de 2023

A depressão não é um quadro exclusivo de adolescentes e adultos. Pode ocorrer também com crianças. Nos pequenos, os sintomas são bem semelhantes, apesar de haver algumas especificidades. É fundamental que os pais estejam atentos constantemente ao comportamento de seus filhos para procurarem um especialista o quanto antes, caso identifiquem alguma tendência depressiva.

“Assim como em adultos e adolescentes, um episódio depressivo na infância é diagnosticado quando a criança apresenta por um período de duas semanas irritação ou humor deprimido, associado a perda de interesse ou prazer”, afirma a psiquiatra Ana Cláudia Ducati. “Tais sintomas podem levar ao prejuízo social ou acadêmico”, complementa.

Sintomas de depressão na infância


Segundo a médica, crianças também podem apresentar outros sintomas, como incapacidade de ganhar peso esperado, insônia ou hipersonia diária, agitação psicomotora ou retardo, fadiga ou perda de energia diárias, sentimentos de inutilidade ou culpa inadequada, capacidade reduzida de pensar ou de se concentrar e pensamentos recorrentes de morte.

Alguns sintomas são típicos durante a infância. Conforme aponta a especialista, o quadro depressivo em crianças pode se manifestar através de queixas somáticas, agitação psicomotora e falta de prazer frequente. Por outro lado, desesperança, retardo psicomotor e ilusões são mais comuns em adolescentes e adultos. “As crianças também vão apresentar menos problemas de sono e apetite. Embora consigam expressar bem suas emoções, elas podem manifestar sentimentos depressivos na forma de raiva ao invés de tristeza”.

Depressão na infância tem tratamento


O tratamento de depressão em crianças e adolescentes inclui psicoeducação e intervenções de apoio nas formas mais leves. Quando o quadro depressivo é moderado ou grave e a criança apresenta perdas mais significativas, associadas a pensamentos ou comportamentos suicidas, o tratamento farmacológico se faz necessário. “A psicoterapia também pode ser efetiva quando o tratamento é continuado por seis meses ou mais”.

Dra Ana Claudia Ducati Dabronzo é psiquiatra geral e da infância e adolescência, formada pela Universidade de São Paulo (USP). CRM: 150.562

Foto: Shutterstock

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