Considerada como o “mal do século”, a depressão é uma doença psiquiátrica que chama a atenção pelo aumento do número de casos diagnosticados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 264 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.
A doença não é restrita a uma faixa etária. Ao contrário, ela acomete crianças, adultos e idosos, mas há uma cujos dados impressionam. “A prevalência da depressão em jovens de 18 a 29 anos é três vezes maior do que a prevalência em indivíduos com 60 anos ou mais”, afirma o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt.
Depressão em crianças
Além dos jovens, as crianças depressivas também precisam de atenção por causa dos prejuízos sociais e escolares. “Crianças e adolescentes podem não apresentar humor deprimido, mas irritabilidade. Eles deixam de brincar como costumavam, parecendo não se divertir da mesma forma e demonstram estarem mais cansados “, explica Reinhardt.
A depressão em crianças e adolescentes pode não apresentar perda de peso, mas eles podem acabar não ganhando massa na proporção que deveriam. Além disso, muitas vezes, não conseguem se concentrar e podem apresentar mais sintomas, como alterações no sono.
O tratamento requer uma abordagem um pouco diferente nessa faixa etária, com participação dos pais e também da escola. Em alguns casos, é preciso que a criança se afaste do ambiente do colégio e não seja sobrecarregada com tarefas. A psicoterapia e o uso de medicamentos antidepressivos adequados à faixa etária são aplicados.
Fatores de risco nos mais jovens
Na infância e na juventude, a depressão pode surgir por fatores de risco ligados à família. Histórico de suicídio, depressão de um dos pais e estressores familiares, como mudanças, perda do emprego, conflitos e divórcio, são alguns exemplos. O uso de álcool e drogas, abusos sexuais e bullying também são elementos que podem implicar no desenvolvimento da doença.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/depression
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