O diagnóstico de acúmulo de gordura no fígado pode vir de exames de rotina, exames realizados por outro motivo ou exames feitos por quem tem fatores de risco. Ou seja, quem tem obesidade, diabetes, dislipidemia, consome bebidas alcoólicas frequentemente, e procura um médico para avaliar o fígado, pode acabar descobrindo a esteatose hepática em uma consulta.
Diagnosticando o acúmulo de gordura no fígado
“Exames laboratoriais podem mostrar se há sinais de inflamação, como está a função do fígado e se há outras doenças como a hepatite C ou hemocromatose. Mas o diagnóstico do excesso de gordura em si vem pelos exames de imagem, principalmente a ultrassonografia. Exames mais ‘avançados’, como a tomografia ou a ressonância, geralmente não acrescentam mais nada ao diagnóstico de esteatose e não são realizados como rotina”, informa o gastroenterologista Stéfano Gonçalves Jorge.
Ainda segundo o especialista, a biópsia do fígado hoje raramente é feita, mas está indicada, principalmente quando há mais de uma doença no fígado e é necessário esclarecer qual delas está causando inflamação para que, assim, possa ser definido o tratamento adequado. “Por tudo isso, toda pessoa com diagnóstico de esteatose precisa procurar atendimento especializado e deve fazer acompanhamento médico”, afirma o médico.
Como não há um tratamento específico para a doença, cada caso tem que ser avaliado individualmente e as causas do problema devem ser controladas. “No caso do álcool, por exemplo, a abstinência é necessária. No caso de medicamentos, deve-se tentar trocar ou reduzir as doses. Nas doenças crônicas do fígado, como hepatite C, glicogenoses, doença de Wilson e deficiência de alfa-1-antitripsina, há tratamentos específicos”, explica Stéfano.
Esteatose hepática exige adoção de estilo de vida saudável
É importante destacar que a esteatose é uma doença benigna na maioria das vezes, mas pode evoluir silenciosamente para cirrose e até câncer do fígado, em alguns casos. Sendo assim, deve ser acompanhada e tratada quando necessário. “Além disso, a presença de excesso de gordura no fígado é um sinal de risco para doenças cardiovasculares, servindo como um alerta para a necessidade de mudanças no estilo de vida. Isto inclui dieta balanceada, atividade física regular e consumo moderado de álcool”, conclui o profissional.
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