Alguns fatores podem contribuir para que o fígado acumule gordura, problema também chamado de esteatose hepática. De acordo com a gastroenterologista Amanda Pereira Medeiros, o acúmulo de gordura no fígado pode se dar em função de duas coisas: uma resposta do próprio órgão a uma agressão ao seu funcionamento ou pela influência de doenças do metabolismo, as quais predispõem ao aumento de gordura.
Principais fatores de risco do acúmulo de gordura no fígado
“Os fatores agressores podem ser o uso abusivo de álcool, infecção pelo vírus da hepatite B ou C, doenças hepáticas autoimunes, doença de depósito de ferro ou cobre e uso de medicamentos tóxicos ao fígado. As doenças do metabolismo que causam gordura no fígado são a obesidade, síndrome metabólica, diabetes, dislipidemia e hipertensão”, informa a especialista.
Ainda segundo a médica, se o problema não for devidamente tratado, há risco de ocorrer inflamação e fibrose do fígado, a qual pode evoluir para cirrose e até mesmo para câncer de fígado. O tratamento depende da causa da esteatose hepática (termo médico para o acúmulo de gordura no fígado). Se for por alguma doença específica do fígado, esta deverá ser tratada adequadamente.
Tratamento e principais cuidados
“Se o problema estiver sendo provocado por abuso de álcool, o tratamento consiste em parar de beber. Por outro lado, caso a pessoa apresente esteatose secundária à síndrome metabólica, o tratamento é voltado para a correção dos níveis de colesterol, hipertensão, glicose e gordura abdominal”, complementa a gastroenterologista.
Independente da causa, é muito importante que o paciente com acúmulo de gordura no fígado adote um estilo de vida saudável, com novos hábitos. Isso inclui não apenas a alimentação, mas também a prática regular de atividade física. “O paciente necessariamente tem que realizar uma dieta, atividade física regular, e ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar”, conclui Medeiros.
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