Os primeiros anos de vida são considerados os mais críticos em termos de imunidade, pois o sistema imunológico ainda é frágil e imaturo. Não por acaso as crianças pequenas costumam sofrer com infecções de repetição. O desenvolvimento das defesas do organismo vai acontecendo de forma gradual, conforme a criança vai crescendo, evoluindo, se vacinando, tendo contato com agentes infecciosos e, com isso, produzindo anticorpos.
Desenvolvimento do sistema imunológico
“O sistema imunológico tem vários componentes. Aqueles de resposta imediata a uma infecção desenvolvem-se muito cedo. Uma parte encontra-se bem desenvolvida já no nascimento. Entretanto, a resposta de anticorpos amadurece mais lentamente, atingindo uma boa resposta na idade escolar”, informa a alergista e imunologista Anete Grumach.
Ou seja, a infância é o momento da vida em que ocorre praticamente todo o desenvolvimento imunológico do indivíduo. Sendo assim, é fundamental que pais e mães tomem todos os cuidados necessários desde o nascimento de seus filhos para que eles fortaleçam suas defesas da melhor forma possível. A adoção de hábitos de vida saudáveis é crucial nesse contexto, bem como a vacinação sempre em dia.
Dentre os principais hábitos de vida saudáveis indicados às crianças, pode-se destacar os seguintes: alimentação balanceada, rica em nutrientes diversos; prática regular de atividades físicas ao ar livre que sejam lúdicas e envolvam contato com a natureza e com outras crianças; sono de qualidade (restaurador e com duração adequada); amamentação durante os seis primeiros meses de vida, no mínimo.
Tratamento contra deficiência imunológica
Caso uma criança mais velha apresente deficiência imunológica, mesmo levando uma vida saudável, é importante buscar um médico especialista para iniciar uma investigação. “Devemos sempre ter em mente que é preciso fazer o diagnóstico de deficiência imunológica de forma adequada. Por enquanto, temos aproximadamente 440 doenças imunológicas, cada uma com um tratamento diferente. Nem todo tratamento que existe será válido, mas há alguns bastante eficientes”, conclui a médica.
Foto: Shutterstock
