O autismo é um transtorno que normalmente é diagnosticado na infância, pois o quadro em si sempre se inicia nesta fase da vida. Porém, nem sempre os sinais são evidentes desde cedo (existem diferentes níveis de autismo), então é possível que o diagnóstico seja feito tanto precocemente quanto tardiamente.
“Não há uma idade fixa a partir da qual o autismo pode ser diagnosticado. Em casos de atrasos graves de desenvolvimento, algumas alterações podem ser vistas antes dos 12 meses de idade. Se os sintomas forem mais sutis, é mais comum serem observados a partir dos 24 meses”, explica a psiquiatra Erika Mendonça.
Importância do diagnóstico precoce do autismo
Naturalmente, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor, pois com isso inicia-se logo o tratamento e o paciente adianta seu processo de adaptação. É importante frisar que o autismo não tem cura, mas com o tratamento adequado, o indivíduo consegue controlar os sintomas e levar uma vida mais independente e com maior qualidade, dependendo da intensidade do quadro.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, mais cedo começam as intervenções que visam reduzir os prejuízos funcionais trazidos pelo transtorno, isto é, o diagnóstico precoce está relacionado ao melhor prognóstico”, afirma a psiquiatra. A partir daí o médico especialista escolherá a melhor abordagem de tratamento de acordo com os sintomas apresentados pela criança.
Tratamento do autismo muitas vezes deve ser multidisciplinar
Em muitos casos, o tratamento do autismo é feito com profissionais diferentes (psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo, fisioterapeuta), no intuito de potencializar a melhora do paciente. O uso de medicamentos merece destaque, pois, apesar de não controlarem o quadro em si, agem diretamente no controle dos sintomas e, assim, amenizam o sofrimento e as dificuldades do paciente.
Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933
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