Uma questão levantada muitas vezes no universo de pessoas que sofrem com complicações respiratórias é se a asma pode ser considerada uma doença hereditária, já que vários pacientes são filhos de quem teve ou ainda possui esse problema. Não pode ser apenas coincidência, né? Vamos tentar entender isso.
Antes de tudo, a asma é apontada pelos médicos como uma doença multifatorial e que precisa ser tratada para não causar problemas mais graves. “Existe uma suscetibilidade genética, contudo, outros fatores também vão contribuir para o desenvolvimento da asma”, afirma a alergista Érica Azevedo.
Apesar dos casos comuns de pais e filhos sofrerem com a mesma doença, não existe um cálculo para sabermos a probabilidade da doença continuar pela família. Ainda segundo a Dra Érica, o que se observa é que se os pais que possuem histórico de atopia, ou seja, uma tendência hereditária a desenvolver manifestações alérgicas, a chance do filho vir a ter asma, rinite ou qualquer outra complicação é maior.
Mais fatores de risco da asma
Além da ligação familiar, existem mais fatores de risco para a asma, como a exposição ao tabagismo, já que a fumaça do cigarro é nociva para a saúde, obesidade e até mesmo o uso de alguns medicamentos podem contribuir para o aparecimento ou exacerbação da asma.
Por outro lado, há também fatores que colaboram para a proteção dos indivíduos contra a doença. O aleitamento materno exclusivo e um estilo de vida ativo e ao ar livre “parecem proteger contra o desenvolvimento de alergias”, conta Érica Azevedo.
Como identificar a asma em crianças?
Saber se seu filho tem asma não é das tarefas mais fáceis, o problema pode ser bem difícil de ser identificado em crianças muito novas. Crianças pequenas podem apresentar crises de broncoespasmo, sem que isso signifique que ela desenvolverá asma no futuro. Tais crises podem ser provocadas por estímulos externos, como vírus, e ser transitórias.
Por causa disso, o recomendado é que um médico seja procurado para uma avaliação correta: “O ideal é que a criança seja avaliada por um especialista para um diagnóstico e tratamento adequado caso ela apresente dispneia (cansaço), chiado no peito ou tosse seca frequente”, orienta a alergista.