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Bebê com ronco de catarro: o que fazer? Pediatra dá 3 dicas de cuidados

Quem tem um bebê em casa sabe que qualquer ruído durante a respiração pode ser indicativo de algo suspeito. Um dos sintomas mais preocupantes neste caso é o ronco de catarro, que alerta os pais sobre possíveis problemas respiratórios – inclusive pulmonares. Alguns pais e cuidadores chegam a ficar perdidos, sem saber como agir. Afinal de contas, o que deve ser feito ao perceber o bebê com ronco ao respirar? Para te ajudar nessa missão, o pneumologista pediátrico Jaime Gerecht contou para a equipe do Cuidados Pela Vida algumas dicas para cuidar de um bebê com ronco de catarro, o que fazer e como aliviar o sintoma para trazer mais conforto para os pequenos durante o sono. Veja só! Bebê com ronco ao respirar é normal?  Segundo Jaime Gerecht, apesar de soar alarmante, o ronco do bebê é, na maioria das vezes, algo inofensivo. “Muitas vezes, o bebê tem esse aumento na  produção de secreção e, como as suas vias aéreas são menores, qualquer secreção pode fazer algum barulho diferente durante a respiração. É uma coisa relativamente comum”, afirma o médico.  No entanto, é crucial que os cuidadores estejam atentos a outros sinais que possam indicar uma preocupação maior. “Os pais podem identificar se o ronco está relacionado a algum problema de saúde se houver outro sintoma associado ou a piora do quadro como: cansaço, esforço para respirar, mudança na forma da respiração do bebê e febre”. O que pode causar o ronco de catarro em bebê? Segundo o pneumologista pediátrico, as causas são diversas: “Geralmente, o ronco está relacionado a um acúmulo de secreção ou a uma produção de secreção em excesso. Muitas vezes, pode estar ligado a questões respiratórias, como quadros virais, mas também a poeira e ao ácaro que fazem o bebê produzir algum tipo de secreção”, afirma Jaime. Gripes e resfriados, que são comuns na infância, especialmente nas épocas mais frias do ano, costumam causar esse ronco de catarro, assim como problemas de garganta – infecções ou amigdalites. Alergias, como a rinite, também podem deixar os bebês mais secretivos e, consequentemente, com o ronco característico. Outro problema que acaba gerando esse sintoma é a sinusite, isso porque a infecção costuma causar um alto volume de secreção, promovendo o ruído de catarro. Não é só catarro! Conheça outros motivos para o ronco do bebê Além das alergias e doenças infecciosas, outras questões de saúde podem causar esse problema. Nos bebês, algo muito comum é o refluxo gastroesofágico, que ocorre pela imaturidade do aparelho digestivo que ainda está em formação e pode causar outros sintomas respiratórios. O desvio de septo também pode ser um fator determinante para o surgimento desse problema e precisa ser avaliado pelo pediatra. É importante ficar atento à possibilidade de laringomalácia, que é uma doença congênita e pouco conhecida localizada na laringe que compromete as vias aéreas superiores. Entre os sintomas respiratórios, é comum que o bebê respire pela boca, causando o ronco. Bebê com nariz entupido e roncando: o que fazer?  Quando o bebê está roncando, o primeiro passo é descobrir a motivação do problema. Só assim é possível tratar a real causa e não apenas o sintoma. Entretanto, é possível aliviar o desconforto do bebê com algumas medidas muito simples. O Dr. Jaime indica 3 cuidados que devem ser seguidos no dia a dia:  Atenção aos pets Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês também costumam ser muito sensíveis aos pelos de animais. Se você tem um bichinho de estimação em casa, a criança pode sim ter contato com ele, mas o ideal é mantê-lo longe do seu quarto para evitar o acúmulo de pelos no local. Outra dica importante é limpar todos os ambientes da casa com aspirador de pó diariamente, dessa forma, você consegue manter o lar sempre limpo e um pouco mais seguro para o pequeno. Cuidado com pelúcias Brinquedos de pelúcia, muito comuns na infância, podem ser um potencial risco para o desenvolvimento de alergias respiratórias. Isso porque eles acumulam muitos agentes alérgenos, como poeira e ácaros, com bastante facilidade. Por isso, o ideal é evitar as pelúcias nos locais em que a criança fica por longos períodos – como no berço ou no cercadinho, por exemplo. Higiene nasal Quando já há uma boa quantidade de secreção, o ronco pode causar incômodo e dificuldade para respirar. Por isso, fazer a lavagem nasal com soro é essencial para proporcionar conforto ao bebê. Inclusive, ela também funciona como uma forma de tratamento, como explica Dr. Jaime. “É recomendada a higiene nasal de forma regular. Com isso, você faz uma limpeza das vias aéreas e evita o acúmulo de secreção e, muitas vezes, o ronco do bebê não aparece mais”, reforça o médico.  Quando os pais e cuidadores devem procurar ajuda médica? O ideal, conforme o pneumologista recomenda, é observar o bebê além do ronco. “O médico deve ser procurado em casos de sinais de gravidade, como, por exemplo, um desconforto respiratório ou algum quadro associado a febre”. Se o bebê apresentar cansaço, respiração pesada – dilatação das narinas ou afundamento das costelas -, prostração e falta de apetite, o pediatra deve ser consultado o quanto antes!

Sintomas de otite: saiba como identificar esse problema em bebês e crianças

Bebês e crianças sempre são alvo de preocupação quando falamos de doenças infecciosas. Com o sistema imunológico ainda em formação, é natural que os pais se preocupem com as diversas “ites” que surgem com frequência na infância. Um desses problemas é a otite, que, segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), é um dos quadros clínicos mais comuns – principalmente em épocas pré-escolares.  É importante para os pais e cuidadores saberem identificar os sintomas de otite em bebê ou na criança pequena, já que esse é um problema de saúde que pode ser muito incômodo e, em alguns casos, até grave. Para te ajudar nisso, a nossa equipe conversou com o otorrinolaringologista Mohamad Saada que esclareceu pontos importantes sobre o que é otite e como lidar com ela. Confira!  O que causa otite? Saiba mais sobre essa doença  Mohamad explica o que é a otite: “É a inflamação ou infecção que pode atingir a orelha externa (canal do ouvido onde fica a cera e o pavilhão auricular) ou orelha média (cavidade que fica atrás do tímpano)”. Além disso, segundo o médico, a otite média aguda (OMA), quadro mais comum da doença, é causada por vírus e bactérias após quadros gripais ou de rinite e sinusite.  Sintomas de otite em bebês e crianças: quando suspeitar da infecção? Na maioria das vezes, os principais sintomas de otite em bebês e crianças, podem ser facilmente percebidos pelos pais. “Incômodo levando a mão na orelha, choro, falta de apetite e desconforto ao retirar uma camiseta, por exemplo, pois mexe na orelha e causa dor, são alguns dos sintomas mais comuns”, explica o otorrino. Outros sinais de alerta destacados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo são febre alta acompanhada de vômito ou diarreia, pois representam indícios de um quadro mais severo. Mohamad Saada esclarece que o diagnóstico é feito pelo médico no próprio consultório, mediante exame físico. “O otorrino ou pediatra examina com o otoscópio e consegue avaliar como está o canal do ouvido e os tímpanos, fazendo assim o diagnóstico de otite média ou externa”, completa o especialista. Como tratar otite em bebê e criança?  A terapêutica clínica da otite é feita pelo médico a partir da análise do caso no consultório. “As otites externas são tratadas com gotas locais de antibiótico e anti-inflamatório, e as otites médias necessitam, algumas vezes, do uso de antibiótico e anti-inflamatório oral”, explica Mohamad. Embora utilizar um remédio para otite seja importante, o otorrinolaringologista afirma que os pais ou cuidadores podem auxiliar no tratamento da dor. “Crianças com dor de ouvido sofrem muito, portanto, medidas inicias como compressa morna e o uso de analgésico já ajudam a aliviar o incômodo”. É importante, no entanto, atentar-se para que a temperatura da compressa não queime a pele da criança – que geralmente é mais sensível – e não introduzir nada na orelha. É possível evitar um quadro de otite nas crianças? A otite é uma doença infecciosa, mas algumas atitudes podem dificultar ou até mesmo impedir o seu surgimento. Como as otites médias podem ser causadas por quadros respiratórios, Mohamad destaca alguns cuidados: “adotar medidas para melhorar a imunidade e tratar a rinite e a sinusite são excelentes formas de prevenção. A lavagem nasal também é uma grande aliada nesses casos”, explica.  A lavagem nasal, inclusive, vem sendo alvo de polêmica e dividindo opiniões entre pais e cuidadores, já que, supostamente, seria uma causadora da otite. Mas não é bem assim que acontece: feita corretamente, a lavagem não só proporciona alívio e desobstrui as vias respiratórias, como também é capaz de prevenir o acúmulo de secreção nas vias auriculares – maior  causador da otite média aguda.  Como saber se a otite está melhorando? Se após passar pelo consultório a criança estiver fazendo uso de remédio para otite (antibiótico ou anti-inflamatório), a melhora deve acontecer cerca de 72h a partir do início do tratamento. É possível perceber essa recuperação apenas observando o estado da criança que fica sem febre por muitas horas, não reclama mais de dor e desconforto no ouvido e se torna mais ativa, com disposição para brincar. Entretanto, crianças com otite quase sempre precisam passar por reavaliação com o otorrino ou pediatra que, com auxílio de um otoscópio, consegue ver se ainda há secreção ou se a otite foi realmente curada.  Otite não tratada: os prejuízos para crianças e bebês  Apesar de ser uma infecção simples de tratar, a otite nos pequeninos não pode ser ignorada jamais: o tratamento deve ser seguido à risca mesmo após a melhora do estado geral da criança, seguindo o ciclo do medicamento prescrito até o fim. A otite mal curada é um risco para a chamada otite de repetição, quando a criança apresenta vários casos do problema em um curto período.  Crianças que se expõe bastante à água em atividade como natação, por exemplo, além de idas frequentes à piscina ou à praia, também podem apresentar esse problema de saúde diversas vezes. Os responsáveis devem ficar atentos a cuidados preventivos básicos, como secar bem as orelhas e, se possível, usar protetores auriculares durante o megulho. “Otites recorrentes podem causar danos ao aparelho auditivo, levando a inflamação crônica, inchaço da mucosa dentro da orelha média e até mesmo enrijecimento dos ossículos que conduzem o som até a orelha interna”, explica Mohamad. Se o seu pequeno estiver apresentando dois ou mais casos de otite por ano, é importante consultar um especialista para entender o quadro e melhorar a qualidade de vida da criança.

Brotoeja em bebê: como lidar com as bolinhas no pescoço, rosto e corpo dos pequenos

Brotoeja em bebês é um assunto bastante comum durante o verão e que preocupa muitos os responsáveis. Com o aumento das temperaturas e o suor excessivo, é comum que os pequenos desenvolvam essas irritantes bolinhas no pescoço, rosto e corpo. Mas não se preocupe! Neste artigo, a equipe do Cuidados Pela Vida juntamente com a pediatra do grupo Prontobaby Fernanda Fragoso, vai compartilhar dicas e informações essenciais sobre como lidar com a brotoeja no corpo das crianças pequenas e dos recém-nascidos. Continue lendo para descobrir como aliviar o desconforto e ajudar seu bebê a aproveitar o verão da melhor maneira possível. O que é brotoeja? Por que ela é comum em bebês? A brotoeja é uma condição bastante comum em bebês, caracterizada pelo surgimento de pequenas bolinhas vermelhas na pele, especialmente no pescoço, rosto e corpo. Embora possa parecer preocupante para os pais, a brotoeja é geralmente inofensiva e desaparece por si só ao longo do tempo. Mas por que essas erupções são mais frequentes na infância? Isso tem a ver com características específicas da pele das crianças pequenas e dos recém-nascidos.  Os poros da pele dos bebês são imaturos e têm uma tendência a ficarem obstruídos mais facilmente, especialmente quando estão expostos ao calor. O sistema de regulação da temperatura do bebê também está em desenvolvimento, levando a uma produção excessiva de suor. Quando o suor fica retido nos ductos sudoríparos bloqueados, pode ocorrer a brotoeja. Além disso, os bebês têm uma pele mais fina e delicada, o que facilita a obstrução dos poros. Quais são os sintomas mais comuns da brotoeja em bebês? Os principais sintomas da brotoeja em bebês são o surgimento de pequenas bolinhas vermelhas na pele, que podem causar coceira e desconforto. “A erupção cutânea é caracterizada por áreas vermelhas, com pequenas bolhas no centro. Ela pode aparecer no rosto, pescoço, ombro, barriga ou peito, gerando irritação na pele”, detalhou a pediatra.  Entenda as causas da brotoeja em bebês Essas bolinhas no pescoço, rosto e em todo o corpo dos bebês surgem devido ao bloqueio dos ductos das glândulas sudoríparas, que são responsáveis pela produção de suor. Quando esses ductos ficam obstruídos, o suor não consegue ser liberado corretamente e acaba se acumulando abaixo da pele, formando as bolinhas características da brotoeja. “A brotoeja é comum após a queimadura de sol, em um dia quente e úmido, febre, ou como resultado de calor excessivo proveniente do excesso de roupas ou de um ambiente superaquecido”, ressaltou a Dra. Fernanda Fragoso. Como prevenir o surgimento da brotoeja em bebês? Para prevenir o surgimento da brotoeja em bebês, é importante controlar a temperatura e a umidade do ambiente em que eles se encontram. A médica também ressalta a necessidade de evitar o excesso de roupas e cobertores, manter o bebê em locais frescos e arejados, além de evitar banhos muito quentes, são algumas medidas que podem ajudar a prevenir o surgimento das brotoejas.  Veja outras dicas que a pediatra recomenda para manter os pequenos mais fresquinhos nesse verão: “Manter o ambiente fresco e arejado no verão, com a ajuda de aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores, também é muito importante. Sempre que possível, usar roupas de algodão ou fibra natural, pois as feitas em tecido sintético costumam reter o calor e o suor”. Fatores que tornam alguns bebês mais propensos a desenvolver brotoejas Existem alguns fatores que tornam os bebês mais propensos a desenvolver brotoejas. Como foi falado mais acima, bebês recém-nascidos, por exemplo, têm glândulas sudoríparas ainda imaturas, o que aumenta a chance de obstrução dos ductos. Aqueles que usam roupas apertadas também estão mais propensos a desenvolver a condição, assim como os pequenos que ficam expostos a ambientes quentes e úmidos por longos períodos. A Dra. Fernanda cita outros fatores que aumentam as chances de brotoejas: Climas tropicais: pessoas que vivem nos trópicos são mais propensas a ter erupção de calor do que as pessoas em climas temperados Atividade física: qualquer coisa que faça suar muito, especialmente se não estiver usando roupas que permitem que o suor evapore, pode provocar erupção de brotoeja Febre: a elevação da temperatura corporal favorece o aparecimento dessas lesões Excesso de roupas: o uso dessas vestimentas pode fazer com que a pessoa acabe suando mais do que o necessário e aumenta as chances de desenvolver brotoejas. Dicas para tratar e aliviar os sintomas da brotoeja em bebês A pediatra afirma que: “Na maioria das vezes, o problema desaparece sozinho, quando o calor e a umidade do ambiente diminuem, e o paciente permanece em ambientes frescos, ventilados ou com ar-condicionado”. Mas, como toda ajuda é bem-vinda, para aliviar os sintomas da brotoeja em bebês, é importante manter a pele limpa e seca. Evitar o uso de produtos irritantes, como sabonetes e loções perfumadas, pode ajudar a diminuir a irritação da pele. Além disso, é fundamental vestir o bebê com roupas de algodão, leves e folgadas, que permitem que a pele respire e evitam o acúmulo de suor. O tratamento levará em conta as características das lesões, a parte do corpo na qual se instalaram e a idade do paciente. Entretanto, a especialista pede atenção ao seguinte ponto: “Deve-se tomar cuidado com o uso excessivo de sabonetes que, ao ressecarem a pele, poderão causar obstrução dos poros”. Em casos mais graves de brotoeja, pode-se recomendar o uso de pomadas ou loções tópicas para aliviar a coceira e a irritação.  Mas não use nada por conta própria! É importante sempre buscar orientação médica antes de utilizar qualquer produto na pele do bebê.

Quais hábitos podem prejudicar a imunidade infantil?

A imunidade é fundamental para a saúde das crianças, pois ela é quem garante a defesa contra doenças infecciosas oportunistas. Em muitos casos, porém, a imunidade infantil pode ser prejudicada por hábitos do cotidiano que passam despercebidos por pais e responsáveis. Para clarear um pouco mais esse assunto, conversamos com a pediatra Aline Fregni, que indicou os principais fatores que prejudicam a defesa do organismo e explicou como aumentar a imunidade infantil. Confira!  Vacinação atrasada e sedentarismo afetam a imunidade dos pequenos Para começar, é importante entender que principalmente nas crianças pequenas, é normal ficar doente com uma frequência maior. “O sistema imunológico das crianças com menos de 2 anos ainda não se desenvolveu completamente, sendo considerado imaturo. Ao nascer, as células de defesa dos bebês dependem da alimentação da mãe durante a gestação e das vacinas que ela recebeu”, explica Dra. Aline. Após os 2 anos, a frequência de infecções deve regredir naturalmente. Se isso não ocorrer, porém, pode ser um sinal de que a defesa do organismo não está trabalhando da forma esperada e a rotina dos pequenos pode ter tudo a ver com isso. “Ao longo da vida da criança, alguns hábitos podem prejudicar a sua imunidade. São eles: consumo de alimentos industrializados, sedentarismo, sono de má qualidade, vacinas atrasadas, poluição, higiene pessoal inadequada, pouco contato com a natureza, exposição ao tabaco e confinamento em locais fechados”, comenta a especialista.  Zelosos, alguns pais acabam cercando as crianças pequenas de proteção contra qualquer germe e bactéria, mas é bom lembrar que a higienização em demasia também pode ser prejudicial na criação de anticorpos contra doenças infecciosas. Por isso, o ideal é criar os pequenos em ambientes higienizados, mas que possibilite a eles ter contato com o mundo para que o organismo crie seu próprio sistema de defesa.  Como melhorar a imunidade infantil? Pediatra dá dicas Quando se trata da primeira infância, o que é bom para imunidade baixa infantil é a amamentação, que tem papel fundamental nesse processo, pois é ela quem vai fornecer os primeiros recursos de autodefesa do corpo. “Com o tempo, por meio do leite materno, o bebê recebe anticorpos e nutrientes que contribuem para prevenir alergias e infecções”, comenta a pediatra. Por isso, recomenda-se que a lactante tenha uma dieta rica em legumes, verduras e frutas, vitaminas e minerais, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e produtos industrializados. Antes de recorrer a uma vitamina infantil para aumentar a imunidade, rever os hábitos e cuidados diários da criança é uma boa maneira de começar. “Dessa forma, para fortalecer a imunidade das crianças, os pais devem promover hábitos de vida saudáveis, como o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementar até os 2 anos; alimentação natural, diversificada e equilibrada; higienização dos alimentos; atividades físicas regulares; contato com a natureza e exposição ao sol; sono de qualidade; higiene pessoal; vacinas em dia e consultas regulares no pediatra”, recomenda Dra. Aline. É importante lembrar que o uso de remédio para aumentar a imunidade infantil só pode ser feito com prescrição médica. 

Quais são os principais alimentos vilões para o crescimento saudável de uma criança?

Diversos alimentos podem ser considerados vilões para o crescimento saudável das crianças. Doces, refrigerantes, frituras, enlatados (pois contém conservantes, aromatizantes, acidulantes, entre outras substâncias) e todo tipo de comida pronta, semi-pronta e processada estão entre os principais. “Muito cuidado também com os famosos lanches de fast-food, que são verdadeiras bombas calóricas”, aconselha o pediatra César de Carvalho Tonello. O médico explica que a alimentação muito processada leva à baixa ingestão de fibras, o que gera constipação intestinal e gases, contribuindo também para o aumento dos níveis de gorduras no sangue, da incidência de doença diverticular, dentre outras complicações. “Há processados que não deveriam nem mesmo ser chamados de alimentos. Caso específico de algumas gomas e corantes, certos ‘embutidos’ tão apreciados, mas de origem muito desaconselhável”, afirma.   Sucos também podem ser perigosos na alimentação dos pequenos   Até mesmo os sucos, considerados opções saudáveis por muita gente, devem ser consumidos com bastante moderação. Segundo o pediatra, eles fogem ao conceito de “alimento in natura” pois, após preparados, perdem as fibras e, mesmo os naturais, sem adição de açúcar ou adoçantes, têm uma absorção de glicose muito rápida na corrente sanguínea. “Trata-se de algo quase comparável a uma injeção venosa de glicose”, avalia o pediatra. “Isso obriga o pâncreas a trabalhar muito, jogar grande volume de insulina na corrente sanguínea e, obviamente, traz consequências futuras desagradáveis, além da flutuação abrupta da taxa sanguínea de glicose. O mesmo não ocorre quando alimentamos as crianças com frutas in natura, cujo teor de fibras leva a uma absorção lenta dos açúcares, sem mudanças drásticas da glicose e insulina no sangue”.   Dicas para a dieta ideal de crianças saudáveis   Já os alimentos essenciais para o crescimento saudável das crianças são aqueles ricos em proteínas, vitaminas, carboidratos e, em moderação, gorduras. “Devemos procurar as ‘gorduras do bem’, as insaturadas, pouco capazes de criar depósitos nas artérias e provocar derrames e infartos no futuro. Zero de gordura trans. Azeite e abacate são exemplos dessa classe”, recomenda. Por isso, é importante incentivar esse tipo de alimentação balanceada desde cedo. É ideal também manter uma dieta balanceada, com várias porções de verduras, legumes e frutas. Quanto mais colorido, melhor. “Também são recomendadas, por dia, três porções de laticínio, carne magra ou substituto protéico similar, até seis porções de carboidratos, além de pouco​ sal e óleo. Sugerimos o esquema amplamente divulgado da pirâmide alimentar, onde na base estão os alimentos mais consumidos e no ápice os que devem ser mais limitados”, completa Tonello. Foto: Shutterstock

A partir de que idade o zinco deve fazer parte da dieta na infância?

O zinco é um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento, tanto que sua deficiência na infância compromete diretamente este processo. Portanto, é fundamental que a oferta de zinco para as crianças seja feita o mais cedo possível, com uma alimentação rica no nutriente e até mesmo com suplementação, caso o nível ideal do mesmo não seja obtido somente por meio da dieta.   “O crescimento ocorre por meio da divisão celular e requer a participação de DNA, RNA e síntese proteica. O zinco participa de uma variedade de processos celulares como co-fator para inúmeras enzimas, tem funções catalíticas, estruturais e reguladoras, influenciando a expressão dos genes por meio de fatores de transcrição. E várias enzimas associadas à síntese de DNA e RNA são dependentes de zinco”, explica o pediatra Bruno Amaral. Principais fontes alimentares do zinco De acordo com o médico, o zinco é encontrado em altas concentrações na matriz óssea. Acredita-se que ele seja necessário para a atividade osteoblástica (das células que produzem a matriz óssea) adequada, ou seja, para a formação dos ossos e calcificação. “É essencial para o crescimento e na adolescência sua retenção pelo organismo aumenta muito durante o estirão puberal”. Dr. Bruno destaca dentre as fontes alimentares de zinco as seguintes opções: carne bovina, peixe, aves, leite, queijos, frutos do mar, cereais de grão integrais, germe de trigo, feijões, nozes, amêndoa, castanha de caju e semente de abóbora. “Sua absorção, que acontece principalmente no intestino delgado, pode ser prejudicada pela presença de fitato, oxalato, tanino e polifenóis. Estes são encontrados nas dieta rica em cereais refinados e pão não-fermentado”. Consequências da deficiência e do retardo da implementação do zinco na dieta Os sintomas observados na deficiência de zinco incluem lesões de pele, queda de pelos, diarreia, anorexia, retardo do crescimento, hipogonadismo e alteração na função imune. “Os ossos em animais com deficiência de zinco são mais finos e fracos, com diminuição de todos os componentes celulares, resultando em diminuição da formação e aumento da reabsorção óssea”. O retardo na introdução do nutriente na alimentação complementar também pode predispor à carência do mineral, já que seus níveis no leite materno caem progressivamente. “A carência de zinco no período gestacional está relacionada com aborto espontâneo, redução do crescimento intrauterino, nascimento pré-termo, pré-eclampsia, prejuízo na função dos linfócitos T, anormalidades congênitas, como atraso no desenvolvimento do sistema nervoso e prejuízo imunológico fetal”.   Foto: Shutterstock

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