Saúde Infantil
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Calendário de Vacinação do Bebê
O calendário de vacinação do bebê é um guia fundamental para assegurar a saúde e o bem-estar das crianças. As vacinas são crucialmente importantes para a prevenção de doenças graves que podem ter consequências severas ou até mesmo fatais. A atualização regular sobre o calendário e o seguimento das curvas recomendadas de imunização garantem a proteção das crianças contra uma variedade de infecções desde o nascimento até a adolescência. Importância da Vacinação nos Primeiros Meses Os primeiros meses de vida de um bebê são críticos para a construção de um sistema imunológico forte e eficaz. Durante esse período, a vacinação cumpre o papel de proteger os recém-nascidos e crianças de várias doenças infecciosas que podem ser bastante graves. O calendário de vacinação geralmente começa logo após o nascimento e continua em intervalos específicos para garantir que a imunização seja eficaz e duradoura. Calendário de Vacinação Brasileiro O calendário de vacinação no Brasil é definido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferece uma gama de vacinas voltadas para bebês e crianças. Abaixo, estão listadas algumas das vacinas recomendadas e as doenças que elas previnem: Ao nascer: BCG contra formas graves de tuberculose e a Hepatite B. 2 meses: Pentavalente, Poliomielite, Pneumocócica 10V e Rotavírus. 3 meses: Meningocócica C. 4 meses: Segunda dose de Pentavalente, Poliomielite e Pneumocócica 10V, e Rotavírus. 5 meses: Segunda dose de Meningocócica C. 6-7 meses: Doses de Influenza e COVID-19. 9 meses: Febre Amarela. 12-15 meses: Vacinas como Tríplice Viral e Hepatite A. Específicos da Vacina de 5 Meses A vacinação aos 5 meses marca a segunda dose das vacinas Meningocócica ACWY e a Meningocócica B. Essas vacinas são fundamentais na prevenção da meningite meningocócica, uma infecção que pode ser devastadora. A proteção que elas oferecem é crucial durante esse período da vida da criança, quando o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo. Reações Comuns e Cuidados Pós-Vacinação Após a vacinação, alguns bebês podem apresentar reações adversas leves como vermelhidão, inchaço no local da aplicação, ou febre leve. Esses sintomas geralmente desaparecem em até 72 horas. Recomenda-se medidas como aplicação de compressas frias para aliviar o desconforto no local da injeção e o uso de medicamentos antitérmicos sob orientação médica para combater febres leves. Impactos de Atrasar as Vacinações Manter o calendário vacinal em dia é essencial para a saúde do bebê. Atrasos podem comprometer a eficácia das vacinas e expor o bebê ao risco aumentado de contrair doenças. Cada vacina dentro do calendário é programada estrategicamente para garantir imunização no momento adequado, otimizando a proteção contra infecções que podem ser severas.
Quando levar o bebê ao dentista: orientações e cuidados com a saúde bucal
A chegada de um bebê é um momento de alegria e aprendizado para os pais e responsáveis, especialmente quando o assunto é a saúde bucal dos pequenos. As dúvidas sobre quando iniciar as visitas ao dentista, como proceder com a higiene bucal, bem como os hábitos a serem adotados para garantir o desenvolvimento saudável da dentição da criança, são comuns. Este texto aborda esses aspectos de forma detalhada, oferecendo um guia sobre quando e por que levar o bebê ao dentista e como cuidar dos seus dentes desde cedo. Quando levar o bebê ao dentista? Levar o bebê ao dentista antes do primeiro aniversário é uma prática recomendada. Apesar de parecer precoce, as visitas iniciais ao dentista têm como principal objetivo a prevenção e a educação dos pais sobre os cuidados essenciais com a saúde bucal da criança, mesmo que ela ainda não tenha dentes visíveis. A consulta com um odontopediatra pode fornecer orientações valiosas sobre como prevenir doenças bucais, identificar problemas potenciais precocemente e discutir hábitos de higiene adequados. Iniciando os cuidados na gestação Os cuidados com a saúde bucal do bebê podem começar ainda na gestação. Um dentista pode orientar a futura mãe sobre práticas seguras que ajudam a minimizar o risco de transmissão de bactérias bucais, como as responsáveis pelas cáries. Durante o segundo trimestre da gravidez, uma consulta ao dentista é aconselhável para aprender sobre a higiene oral do bebê e outras orientações que ajudem na saúde bucal desde os primeiros dias de vida. Problemas bucais comuns em bebês Apesar dos cuidados, alguns problemas bucais podem surgir nos primeiros anos de vida. A cárie de mamadeira é um exemplo de condição comum, geralmente afetando crianças abaixo de dois anos de idade. Este tipo de cárie pode ocorrer tanto em crianças que usam mamadeira quanto nas que são amamentadas, devido ao açúcar presente no leite materno. Além disso, hábitos como o uso de chupetas e a sucção de dedos podem influenciar na formação correta da mordida. Outros problemas incluem a candidíase oral (sapinho) e a gengivite, que podem interferir na alimentação, sono e conforto do bebê. Desenvolvimento da dentição Normalmente, os primeiros dentes do bebê surgem entre os 6 e 8 meses de idade, porém, cada criança possui seu próprio ritmo de desenvolvimento. Até os três anos, espera-se que todos os 20 dentes de leite tenham aparecido. Estes dentes desempenham papéis importantes, como auxiliar na mastigação, fala e desenvolvimento dos ossos faciais, além de prepararem espaço para os futuros dentes permanentes. Sinais de que é hora de consultar o dentista Existem certos sinais de desconforto bucal em bebês que indicam a necessidade de uma consulta com o dentista: Choro ao comer ou durante a higiene bucal. Salivação excessiva. Dificuldade de sucção durante a amamentação. Esfregar as bochechas ou puxar as orelhas frequentemente. Sangramento na gengiva. Dentes escurecidos ou de coloração alterada. Eventuais acidentes, como quedas, que possam ter danificado os dentes do bebê também requerem avaliação profissional. Higienizando os dentes do bebê A higiene bucal deve ser iniciada antes mesmo do surgimento dos primeiros dentes. Isso pode ser feito com um pano limpo ou gaze umedecida em água filtrada, esfregando suavemente as gengivas do bebê. Após o aparecimento do primeiro dente, deve-se utilizar uma escova de dentes infantil com cerdas macias e o tamanho adequado para a boca do bebê. Até os dois anos de idade, o uso de creme dental sem flúor é indicado. Além disso, escovação deve ser realizada com movimentos circulares suaves ao menos duas vezes ao dia, com especial atenção antes do horário de dormir. Superando o medo do dentista Visitar o dentista pode ser fonte de ansiedade para muitas crianças, mas existem formas de tornar essa experiência positiva. Os pais podem promover um ambiente lúdico e acolhedor, explicando que o dentista é um amigo que usa ferramentas mágicas para manter os dentes fortes e saudáveis. Evitar mencionar experiências negativas anteriores ou associar a consulta a dor é essencial para que a criança não desenvolva medos infundados. A escolha de um profissional especializado em odontopediatria, que trate a criança com empatia e gentileza, é fundamental para um atendimento bem-sucedido. Estimulando bons hábitos de higiene bucal Inculcar bons hábitos de higiene bucal desde cedo é vital para a saúde a longo prazo. Transformar o momento da escovação em uma atividade divertida, com o uso de escovas temáticas, pode auxiliar na aceitação por parte da criança. Os pais devem servir de exemplo através do cuidado com a própria saúde bucal, podendo envolver os pequenos em suas próprias rotinas de escovação como forma de reforçar esses hábitos de maneira natural e saudável.
Ronco em Bebês: É Normal?
O ronco em bebês é um tema que desperta preocupação entre pais e cuidadores. Muitas vezes, pode ser difícil discernir entre algo inofensivo e um possível sinal de alerta para problemas de saúde. Compreender as causas, identificar sinais preocupantes e conhecer as abordagens adequadas são passos essenciais para garantir o bem-estar dos pequenos. Vamos explorar em profundidade as nuances do ronco em bebês, abordando causas comuns, implicações e o caminho para o tratamento apropriado. Sinais de Alerta e Quando Buscar Ajuda Embora o ronco possa parecer comum, é vital que os pais estejam atentos a sinais que sugerem a necessidade de uma avaliação médica. O ronco frequente e acompanhado de sintomas como febre, dificuldade para respirar ou alimentar-se, demanda atenção imediata. Deve-se procurar um pediatra se: O ronco é persistente e forte. Há outros sinais, como dificuldades respiratórias, febre ou evidente desconforto durante a alimentação. O bebê apresenta respiração pesada com dilatação das narinas ou afundamento das costelas. A intervenção precoce é crucial para identificar e tratar condições subjacentes, prevenindo complicações mais sérias. Principais Causas do Ronco em Bebês Roncar pode ser causado por diversas condições em bebês. Alguns fatores anatômicos e de saúde podem contribuir para o problema, dentre os quais: Gripes e Resfriados: Podem inflamar a garganta e congestionar o nariz, dificultando a respiração. Adenoides e Amígdalas Ampliadas: Podem obstruir as vias aéreas superiores. Rinite Alérgica: A exposição a alérgenos resulta em produção excessiva de muco. Refluxo Gastroesofágico: A imaturidade gastrointestinal pode causar sintomas respiratórios, como ronco. Laringomalácia: Uma condição congênita afetando a laringe, obstruindo as vias aéreas. Desvio de Septo: Uma deformidade que compromete a passagem de ar nasal. Apneia do Sono: Pausas na respiração durante o sono, reduzindo o oxigênio no sangue e cérebro. Possíveis Complicações O ronco pode ter um impacto significativo na saúde do bebê. A respiração dificultada leva a múltiplas complicações, incluindo: Dificuldades na alimentação devido ao gasto energético elevado. Perda ou dificuldade de ganho de peso. Comprometimento no desenvolvimento nervoso e motor. Aumento da susceptibilidade a infecções respiratórias. Possíveis alterações de estrutura nasal e oral devido à constante respiração bucal. O Que Fazer em Caso de Ronco Constante Se o ronco persistir, mesmo sem sinais de infecção como resfriados, é essencial buscar orientação pediátrica. Exames adequados podem identificar causas subjacentes e indicar o tratamento correto. Medidas paliativas podem incluir: Manter o ambiente livre de alérgenos, como poeira e ácaros. Realizar higiene nasal com soro fisiológico. Manter a posição adequada do bebê ao dormir para facilitar a respiração. Considerações Finais Apesar de roncar nem sempre indicar um problema grave, é crucial para os cuidadores permanecerem atentos a outros sintomas associados. A observação cuidadosa e a consulta regular com um pediatra são passos fundamentais para garantir que o bebê tenha uma respiração saudável durante o sono e um desenvolvimento adequado. Portanto, em caso de dúvida ou sintomas persistentes, não hesite em procurar ajuda profissional. O bem-estar do bebê é sempre a prioridade máxima.
Bebê com bronquiolite: entenda quais são os sintomas de alerta
É muito provável que responsáveis por crianças pequenas, em algum momento, descubram ou desconfiem que o bebê está com bronquiolite, já que esse tipo de infecção atinge com frequência bebês de até 2 anos, principalmente os menores de 6 meses. Mesmo sendo comum, essa doença não é tão conhecida, portanto pais e responsáveis, especialmente os de primeira viagem, podem ter uma série de dúvidas. Quais são os sintomas de alerta? Essa doença é perigosa? Como aliviar o desconforto nos bebês? Para esclarecer esses e outros questionamentos, conversamos com a pediatra Denise Moreira. Confira a seguir. O que é bronquiolite e por que essa doença é comum em bebês Em primeiro lugar, é importante entender o que é bronquiolite. Em resumo, esse quadro clínico consiste na inflamação dos bronquíolos, as vias respiratórias que transportam o ar até os alvéolos pulmonares. Na maioria das vezes, a doença é causada pelo vírus respiratório sincicial (RSV), conforme indica um artigo publicado na National Library of Medicine. No entanto, também é possível que os vírus influenza, parainfluenza e metapneumovírus sejam responsáveis pela inflamação dos bronquíolos. É importante destacar que os bronquíolos são vias aéreas minúsculas, especialmente em bebês. Segundo a pediatra Denise, esse é um dos principais motivos pelos quais é tão comum ver casos bronquiolite nos ambulatórios pediátricos: “As crianças menores de 2 anos têm vias aéreas muito pequenas, que tendem a ficar ainda mais fechadas do que as de crianças com mais idade”, explica. Além disso, segundo a pediatra, o sistema imunológico imaturo dos bebês faz com que o organismo não consiga combater devidamente os agentes virais e/ou bacterianos. Inclusive, é só na infância tardia (entre os 6 e 12 anos) que o sistema imune se desenvolve por completo. Como saber se o bebê está com bronquiolite: entenda os sintomas Como estamos falando de uma doença que afeta diretamente o fluxo do ar entre o trato respiratório superior e os pulmões, os sintomas podem incluir coriza, tosse seca, chiado no peito e dificuldade para respirar. A respiração de bebê com bronquiolite pode ficar ofegante e encurtada porque os pulmões ficam mais sensíveis e reagem exageradamente a certos estímulos. Conforme a pediatra, em casos mais críticos, “isso pode levar a um quadro de insuficiência respiratória grave, podendo ser fatal. Os vírus também podem causar pneumonias virais e possibilitar infecção bacteriana, levando a um quadro de pneumonia bacteriana secundário.˜ Além dos sintomas relacionados ao sistema respiratório, febre, perda de apetite, mal-estar, apatia, irritabilidade e desidratação também estão associados à bronquiolite em crianças pequenas. Em casos muito extremos, pode haver coloração azulada nos lábios e na pele por conta da baixa circulação de oxigênio no sangue. Por isso, é extremamente importante que os responsáveis procurem atendimento médico imediato se o bebê aparentar dificuldade para respirar. Alguns bebês estão mais suscetíveis às complicações da bronquiolite Os casos de bronquiolite mais críticos, com complicações e possíveis sequelas para o pulmão, geralmente afetam bebês imunossuprimidos, ou seja, aqueles com o sistema imunológico enfraquecido. A pediatra afirma que o grupo de risco, ou seja, o mais suscetível às complicações, inclui bebês recém-nascidos, com cardiopatia grave, com doença pulmonar crônica e os que nasceram de parto prematuro. Em casos leves, o tratamento dos sintomas pode ser feito em casa O tratamento da bronquiolite em bebês é focado no alívio dos sintomas e, quando não há desconforto respiratório, pode ser feito em casa com hidratação e alimentação adequada. No entanto, quando os sintomas de alerta estão presentes, o que os cuidadores devem fazer é levar o bebê para a emergência imediatamente. Nesses casos, o soro intravenoso e o suporte respiratório com nebulizadores, por exemplo, costuma ser necessário. Como prevenir a bronquiolite? Em termos de prevenção, a informação sobre a doença, seus riscos e sintomas, é um primeiro passo fundamental. “De uma maneira geral, os responsáveis precisam ter conhecimento sobre a faixa etária mais atingida e os fatores de risco. Além disso, evitar ambientes fechados e contato próximo com pessoas com quadro gripais”. Ainda que seja extremamente recomendado que bebês não tenham contato com pessoas com sintomas de gripe ou resfriado, nem sempre isso é possível, seja devido ao contato com familiares ou com outros bebês na creche. A fim de reduzir os riscos de contaminação para o bebê, os cuidadores devem fazer a higienização das mãos com frequência e manter superfícies e objetos higienizados. Também é importante reforçar os cuidados durante as estações do ano mais frias e secas, já que a transmissão de infecções respiratórias aumenta. Essas medidas vão ajudar a reduzir a circulação viral e, portanto, as chances dos bebês terem inflamações nos bronquíolos.
Bebê com ronco de catarro: o que fazer? Pediatra dá 3 dicas de cuidados
Quem tem um bebê em casa sabe que qualquer ruído durante a respiração pode ser indicativo de algo suspeito. Um dos sintomas mais preocupantes neste caso é o ronco de catarro, que alerta os pais sobre possíveis problemas respiratórios – inclusive pulmonares. Alguns pais e cuidadores chegam a ficar perdidos, sem saber como agir. Afinal de contas, o que deve ser feito ao perceber o bebê com ronco ao respirar? Para te ajudar nessa missão, o pneumologista pediátrico Jaime Gerecht contou para a equipe do Cuidados Pela Vida algumas dicas para cuidar de um bebê com ronco de catarro, o que fazer e como aliviar o sintoma para trazer mais conforto para os pequenos durante o sono. Veja só! Bebê com ronco ao respirar é normal? Segundo Jaime Gerecht, apesar de soar alarmante, o ronco do bebê é, na maioria das vezes, algo inofensivo. “Muitas vezes, o bebê tem esse aumento na produção de secreção e, como as suas vias aéreas são menores, qualquer secreção pode fazer algum barulho diferente durante a respiração. É uma coisa relativamente comum”, afirma o médico. No entanto, é crucial que os cuidadores estejam atentos a outros sinais que possam indicar uma preocupação maior. “Os pais podem identificar se o ronco está relacionado a algum problema de saúde se houver outro sintoma associado ou a piora do quadro como: cansaço, esforço para respirar, mudança na forma da respiração do bebê e febre”. O que pode causar o ronco de catarro em bebê? Segundo o pneumologista pediátrico, as causas são diversas: “Geralmente, o ronco está relacionado a um acúmulo de secreção ou a uma produção de secreção em excesso. Muitas vezes, pode estar ligado a questões respiratórias, como quadros virais, mas também a poeira e ao ácaro que fazem o bebê produzir algum tipo de secreção”, afirma Jaime. Gripes e resfriados, que são comuns na infância, especialmente nas épocas mais frias do ano, costumam causar esse ronco de catarro, assim como problemas de garganta – infecções ou amigdalites. Alergias, como a rinite, também podem deixar os bebês mais secretivos e, consequentemente, com o ronco característico. Outro problema que acaba gerando esse sintoma é a sinusite, isso porque a infecção costuma causar um alto volume de secreção, promovendo o ruído de catarro. Não é só catarro! Conheça outros motivos para o ronco do bebê Além das alergias e doenças infecciosas, outras questões de saúde podem causar esse problema. Nos bebês, algo muito comum é o refluxo gastroesofágico, que ocorre pela imaturidade do aparelho digestivo que ainda está em formação e pode causar outros sintomas respiratórios. O desvio de septo também pode ser um fator determinante para o surgimento desse problema e precisa ser avaliado pelo pediatra. É importante ficar atento à possibilidade de laringomalácia, que é uma doença congênita e pouco conhecida localizada na laringe que compromete as vias aéreas superiores. Entre os sintomas respiratórios, é comum que o bebê respire pela boca, causando o ronco. Bebê com nariz entupido e roncando: o que fazer? Quando o bebê está roncando, o primeiro passo é descobrir a motivação do problema. Só assim é possível tratar a real causa e não apenas o sintoma. Entretanto, é possível aliviar o desconforto do bebê com algumas medidas muito simples. O Dr. Jaime indica 3 cuidados que devem ser seguidos no dia a dia: Atenção aos pets Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês também costumam ser muito sensíveis aos pelos de animais. Se você tem um bichinho de estimação em casa, a criança pode sim ter contato com ele, mas o ideal é mantê-lo longe do seu quarto para evitar o acúmulo de pelos no local. Outra dica importante é limpar todos os ambientes da casa com aspirador de pó diariamente, dessa forma, você consegue manter o lar sempre limpo e um pouco mais seguro para o pequeno. Cuidado com pelúcias Brinquedos de pelúcia, muito comuns na infância, podem ser um potencial risco para o desenvolvimento de alergias respiratórias. Isso porque eles acumulam muitos agentes alérgenos, como poeira e ácaros, com bastante facilidade. Por isso, o ideal é evitar as pelúcias nos locais em que a criança fica por longos períodos – como no berço ou no cercadinho, por exemplo. Higiene nasal Quando já há uma boa quantidade de secreção, o ronco pode causar incômodo e dificuldade para respirar. Por isso, fazer a lavagem nasal com soro é essencial para proporcionar conforto ao bebê. Inclusive, ela também funciona como uma forma de tratamento, como explica Dr. Jaime. “É recomendada a higiene nasal de forma regular. Com isso, você faz uma limpeza das vias aéreas e evita o acúmulo de secreção e, muitas vezes, o ronco do bebê não aparece mais”, reforça o médico. Quando os pais e cuidadores devem procurar ajuda médica? O ideal, conforme o pneumologista recomenda, é observar o bebê além do ronco. “O médico deve ser procurado em casos de sinais de gravidade, como, por exemplo, um desconforto respiratório ou algum quadro associado a febre”. Se o bebê apresentar cansaço, respiração pesada – dilatação das narinas ou afundamento das costelas -, prostração e falta de apetite, o pediatra deve ser consultado o quanto antes!
Sintomas de otite: saiba como identificar esse problema em bebês e crianças
Bebês e crianças sempre são alvo de preocupação quando falamos de doenças infecciosas. Com o sistema imunológico ainda em formação, é natural que os pais se preocupem com as diversas “ites” que surgem com frequência na infância. Um desses problemas é a otite, que, segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), é um dos quadros clínicos mais comuns – principalmente em épocas pré-escolares. É importante para os pais e cuidadores saberem identificar os sintomas de otite em bebê ou na criança pequena, já que esse é um problema de saúde que pode ser muito incômodo e, em alguns casos, até grave. Para te ajudar nisso, a nossa equipe conversou com o otorrinolaringologista Mohamad Saada que esclareceu pontos importantes sobre o que é otite e como lidar com ela. Confira! O que causa otite? Saiba mais sobre essa doença Mohamad explica o que é a otite: “É a inflamação ou infecção que pode atingir a orelha externa (canal do ouvido onde fica a cera e o pavilhão auricular) ou orelha média (cavidade que fica atrás do tímpano)”. Além disso, segundo o médico, a otite média aguda (OMA), quadro mais comum da doença, é causada por vírus e bactérias após quadros gripais ou de rinite e sinusite. Sintomas de otite em bebês e crianças: quando suspeitar da infecção? Na maioria das vezes, os principais sintomas de otite em bebês e crianças, podem ser facilmente percebidos pelos pais. “Incômodo levando a mão na orelha, choro, falta de apetite e desconforto ao retirar uma camiseta, por exemplo, pois mexe na orelha e causa dor, são alguns dos sintomas mais comuns”, explica o otorrino. Outros sinais de alerta destacados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo são febre alta acompanhada de vômito ou diarreia, pois representam indícios de um quadro mais severo. Mohamad Saada esclarece que o diagnóstico é feito pelo médico no próprio consultório, mediante exame físico. “O otorrino ou pediatra examina com o otoscópio e consegue avaliar como está o canal do ouvido e os tímpanos, fazendo assim o diagnóstico de otite média ou externa”, completa o especialista. Como tratar otite em bebê e criança? A terapêutica clínica da otite é feita pelo médico a partir da análise do caso no consultório. “As otites externas são tratadas com gotas locais de antibiótico e anti-inflamatório, e as otites médias necessitam, algumas vezes, do uso de antibiótico e anti-inflamatório oral”, explica Mohamad. Embora utilizar um remédio para otite seja importante, o otorrinolaringologista afirma que os pais ou cuidadores podem auxiliar no tratamento da dor. “Crianças com dor de ouvido sofrem muito, portanto, medidas inicias como compressa morna e o uso de analgésico já ajudam a aliviar o incômodo”. É importante, no entanto, atentar-se para que a temperatura da compressa não queime a pele da criança – que geralmente é mais sensível – e não introduzir nada na orelha. É possível evitar um quadro de otite nas crianças? A otite é uma doença infecciosa, mas algumas atitudes podem dificultar ou até mesmo impedir o seu surgimento. Como as otites médias podem ser causadas por quadros respiratórios, Mohamad destaca alguns cuidados: “adotar medidas para melhorar a imunidade e tratar a rinite e a sinusite são excelentes formas de prevenção. A lavagem nasal também é uma grande aliada nesses casos”, explica. A lavagem nasal, inclusive, vem sendo alvo de polêmica e dividindo opiniões entre pais e cuidadores, já que, supostamente, seria uma causadora da otite. Mas não é bem assim que acontece: feita corretamente, a lavagem não só proporciona alívio e desobstrui as vias respiratórias, como também é capaz de prevenir o acúmulo de secreção nas vias auriculares – maior causador da otite média aguda. Como saber se a otite está melhorando? Se após passar pelo consultório a criança estiver fazendo uso de remédio para otite (antibiótico ou anti-inflamatório), a melhora deve acontecer cerca de 72h a partir do início do tratamento. É possível perceber essa recuperação apenas observando o estado da criança que fica sem febre por muitas horas, não reclama mais de dor e desconforto no ouvido e se torna mais ativa, com disposição para brincar. Entretanto, crianças com otite quase sempre precisam passar por reavaliação com o otorrino ou pediatra que, com auxílio de um otoscópio, consegue ver se ainda há secreção ou se a otite foi realmente curada. Otite não tratada: os prejuízos para crianças e bebês Apesar de ser uma infecção simples de tratar, a otite nos pequeninos não pode ser ignorada jamais: o tratamento deve ser seguido à risca mesmo após a melhora do estado geral da criança, seguindo o ciclo do medicamento prescrito até o fim. A otite mal curada é um risco para a chamada otite de repetição, quando a criança apresenta vários casos do problema em um curto período. Crianças que se expõe bastante à água em atividade como natação, por exemplo, além de idas frequentes à piscina ou à praia, também podem apresentar esse problema de saúde diversas vezes. Os responsáveis devem ficar atentos a cuidados preventivos básicos, como secar bem as orelhas e, se possível, usar protetores auriculares durante o megulho. “Otites recorrentes podem causar danos ao aparelho auditivo, levando a inflamação crônica, inchaço da mucosa dentro da orelha média e até mesmo enrijecimento dos ossículos que conduzem o som até a orelha interna”, explica Mohamad. Se o seu pequeno estiver apresentando dois ou mais casos de otite por ano, é importante consultar um especialista para entender o quadro e melhorar a qualidade de vida da criança.