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Existe antialérgico que não dá sono?

Quem tem alergias, principalmente crônicas, já deve ter se perguntado: existe antialérgico que não dá sono? A boa notícia é que sim. Com o avanço da tecnologia, há diversas opções de medicamentos que não causam sonolência e têm alta eficácia. Neste guia completo, explicamos tudo sobre os antialérgicos que não dão sono e como encontrar as melhores opções, principalmente para problemas comuns, como a rinite e a tosse. Para evitar o sono, procure antialérgicos de segunda geração A ação dos antialérgicos no organismo diminui a conexão das histaminas, substâncias produzidas pelo organismo durante uma reação alérgica. Essas substâncias provocam a dilatação dos vasos sanguíneos, o que causa os sintomas característicos, como coceira, sensação de calor e vermelhidão. Sendo assim, a função do remédio é combater esses efeitos. Os antialérgicos de segunda geração são os mais indicados para quem não quer ter sonolência. Isso porque atuam ativamente nos receptores de histamina, sem afetar o sistema nervoso central. Eles têm uma tecnologia mais atual comparados aos da primeira geração e podem ser encontrados em diversos formatos, como comprimidos, sprays nasais e colírios. A eficácia e recomendação de cada um depende do seu quadro de saúde e sintomas. Como indica um estudo da Universidade Federal de São Paulo, o principal diferencial dos anti-histamínicos de segunda geração, é que eles têm uma menor penetração no sistema nervoso central (SNC), assim, causam menos efeitos sedativos. Portanto, entre as opções de antialérgico que não dão sono, podemos citar a fexofenadina, loratadina, epinastina, ebastina e cetirizina, que também têm um efeito mais rápido no organismo. Antialérgicos que causam sono também possuem efeitos como confusão mental e boca seca Como mencionado, os antialérgicos de primeira geração, também conhecidos como antialérgicos clássicos, são os que mais causam sono. Alguns exemplos dos compostos de antialérgicos de primeira geração que têm efeito sedativo são hidroxizina, clorfeniramina, prometazina e difenidramina. Além disso, como exemplifica uma pesquisa disponibilizada pela Universidade de São Paulo, esses tipos de anti-histamínicos são capazes de interagir com outros remédios, tais como os antidepressivos tricíclicos, os beta-bloqueadores, drogas antiarrítmicas e o tramadol. Os antialérgicos desta categoria podem causar outros efeitos colaterais além do sono, como boca seca, visão embaçada, confusão mental, dificuldade para urinar e tontura. Por isso a importância de pesquisar bem seus remédios e nunca se medicar sem recomendação médica. O tratamento para rinite pode ir além do antialérgico A rinite alérgica é caracterizada por inflamação da mucosa nasal, com sintomas como espirros, coceira no nariz e olhos, congestão nasal e coriza. Para aliviar esses sintomas, os antialérgicos de segunda geração também são opções eficientes. Entretanto, dependendo do quadro de saúde, apenas o anti-histamínico pode não ser suficiente para controlar os incômodos da rinite. Em casos específicos, o médico também pode sugerir outros tipos de tratamento, como corticoides nasais, para reduzir a inflamação da região, além de descongestionantes nasais e até mesmo imunoterapia. A última opção é indicada principalmente para pessoas com casos mais graves, pois consiste em expor, em doses controladas, a pessoa às substâncias que causam a alergia. Desta maneira, é possível “ensinar o corpo” a combater o alérgeno. Ainda, todas essas opções devem ser recomendadas por um médico e é importante evitar a automedicação. Mesmo que os antialérgicos que não causam sono não tenham tantos efeitos colaterais, é importante tomar cuidado com a superdosagem e com a interação com outros remédios. Para tosse, o antialérgico pode ser combinado com outros medicamentos Antes de iniciar qualquer tratamento, é importante procurar um médico para avaliar se o sintoma de tosse é alérgico ou não. Afinal, existem diversas causas, inclusive as não alérgicas. A saber, a tosse só é considerada alérgica quando persiste por mais de três semanas e pode ser causada por fatores externos, como poeira, pólen ou fumaça de cigarro, e internos, entre eles rinite alérgica, asma e sinusite. Para melhorar a tosse causada por alergias, o uso de antialérgicos de primeira geração associados com descongestionantes é uma das melhores opções, segundo uma publicação do Jornal Brasileiro de Pneumologia. Isso porque, são mais úteis no tratamento da tosse aguda do que medicamentos que combatem apenas o sintoma, e não sua causa, como expectorantes e mucolíticos. Além do tratamento com medicamentos, que deve sempre ser indicado por um profissional, outras opções para diminuir a tosse são usar umidificadores, beber bastante água e deixar o ambiente livre de alérgenos comuns, como ácaros e poeira

Ansiedade noturna: sintomas e o que fazer para aliviar

A ansiedade noturna é um transtorno caracterizado por pensamentos ruins e agitação antes de dormir, o que dificulta a qualidade do sono. A ansiedade em si é um transtorno muito comum no Brasil e no mundo, o que torna ainda mais importante falar sobre o assunto e entender suas variações. Até porque, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), há pelo menos 18,6 milhões de brasileiros que sofrem com a ansiedade, o que corresponde a 9,3% da população. Então, conversamos com a psicóloga Amanda Rangel para entender melhor sobre a ansiedade noturna. Separamos neste guia completo quais os sintomas dessa condição e como tratá-la. Por que é comum ter ansiedade na hora de dormir? A ansiedade noturna é caracterizada por preocupações excessivas, pensamentos negativos e medos constantes que surgem ou ficam mais intensos à noite. A psicóloga explica que isso acontece porque, “Durante a noite, o ambiente geralmente fica mais silencioso e escuro, o que pode aumentar a percepção dos próprios pensamentos e emoções”. Assim, sem as distrações do dia a dia, as preocupações e medos reprimidos podem se intensificar. Além disso, a redução natural de estímulos e a mudança no ritmo corporal podem acentuar a sensação de vulnerabilidade. Por exemplo, alguém pode não sentir tanta ansiedade enquanto está no trabalho por estar ocupado, mas ao deitar-se, as preocupações com prazos e compromissos futuros se tornam mais intensas. Ansiedade noturna: sintomas impedem o descanso Os sinais mais comuns de uma crise de ansiedade noturna incluem “Dificuldade em adormecer ou manter o sono, pensamentos acelerados, sensação de inquietação, tensão muscular, respiração ofegante, taquicardia, sudorese e sensação de pânico ou medo iminente”, relata Amanda. Ainda, a ansiedade, além de poder ser causada pela insônia, também pode ser uma consequência da privação do sono, conforme indicada uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo. Isso faria do problema um ciclo vicioso, onde a pessoa fica ansiosa por não conseguir dormir e, por não conseguir descansar, fica com o corpo em estado de alerta. Consequências da ansiedade noturna a longo prazo Apesar de a ansiedade ser uma sensação comum ao ser humano, ela se torna perigosa quando afeta a qualidade de vida de uma pessoa, impedindo-a de dormir, por exemplo. Com o tempo, se não for tratada, pode gerar riscos sérios, que vão da saúde mental à física. Isso porque, a psicóloga explica que a ansiedade à noite “Pode levar à insônia crônica, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade e até o desenvolvimento de transtornos de ansiedade mais graves, ou depressão”. Sem tratamento, a pessoa fica cada vez mais ansiosa em relação à hora de dormir, o que cria um ciclo de estresse e privação de sono. Por exemplo, “um indivíduo pode começar a evitar compromissos matinais por medo de não conseguir dormir adequadamente à noite”, Amanda detalha. Então, se a ansiedade noturna estiver interferindo consistentemente na capacidade de dormir, causando prejuízos no funcionamento diário, ou se estiver associada a outros sintomas de ansiedade ou depressão, é hora de procurar ajuda profissional. O que pode causar ansiedade na hora de dormir? As causas da ansiedade noturna podem ser variadas, incluindo “Fatores genéticos, estresse crônico, traumas, desequilíbrios hormonais, uso de estimulantes (como cafeína ou nicotina), e condições médicas subjacentes, como hipertireoidismo”, explica a psicóloga. Além disso, um estilo de vida desregulado, com a falta de uma rotina de sono ou o uso excessivo de dispositivos eletrônicos à noite, pode contribuir para o problema. Assim, é comum que uma pessoa que trabalha em turnos ou passa muitas horas nas redes sociais à noite possa estar mais propensa a sofrer de ansiedade noturna. Como tratar a ansiedade noturna? Não existe um protocolo exato para tratar a ansiedade noturna, mas algumas práticas ajudam. Até porque, para cuidar de qualquer tipo de ansiedade, é preciso atuar na raiz do problema. Portanto, o primeiro passo é identificar quais são os pensamentos ruins e desesperadores durante a noite e o que os causam. Para isso, o tratamento “Pode envolver Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), uma abordagem que ajuda a pessoa a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que contribuem para a ansiedade”. Em casos específicos, o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos também pode ser indicado, principalmente se os sintomas forem muito intensos ou a pessoa estiver passando por um momento muito desafiador. Nessa situação, o psiquiatra pode receitar a medicação adequada, enquanto o psicólogo ajuda a entender o motivo dos sintomas e a lidar com os sentimentos negativos. Ainda, Amanda indica que técnicas de relaxamento, como meditação, exercícios respiratórios e uma rotina de sono estruturada também são eficazes. Por exemplo, “É possível orientar o paciente a criar um “ritual” para desacelerar antes de dormir, como evitar telas, fazer exercícios leves de respiração e manter um ambiente relaxante no quarto”. Essa última dica, inclusive, é útil se você está buscando entender como evitar uma crise de ansiedade noturna. Criar um ambiente de dormir acolhedor, evitar estímulos, escrever os pensamentos e buscar fontes que tragam sensações de calma são grandes aliados

Sono excessivo mesmo dormindo muito: o que pode ser? Especialista cita problemas

O sono excessivo é um problema que muitas pessoas enfrentam, mesmo após uma noite de descanso aparentemente tranquila. Se você passa por isso, já se perguntou por que isso acontece? Existem diversas razões para esse sintoma persistente, que podem estar relacionadas a distúrbios do sono. Com a ajuda do médico psiquiatra Luiz Sampaio vamos explorar alguns desses distúrbios e mostrar como é possível tratar esse problema com a ajuda de profissionais especializados. Se você tem enfrentado dificuldades para se manter acordado durante o dia, mesmo após uma noite de sono completa, continue lendo para descobrir algumas respostas esclarecedoras. Sentir muito sono mesmo dormindo bem: o que pode ser? Você já acordou depois de uma noite de sono prolongada e ainda se sentiu sonolento ao longo do dia? Isso pode ser um sinal de que algo está errado. O sono excessivo, mesmo dormindo o suficiente, pode ser um indicativo de alguma condição médica subjacente, distúrbios do sono ou fatores psicológicos.  De acordo com o Dr. Luiz Sampaio isso tem total relação com as fases do sono que são classificadas em sono com Movimentos Rápidos de Olhos (REM) e não REM. “As fases sem o Movimento são divididas em três momentos: a fase 1 ou de sono superficial, a fase 2 onde o sono começa a se aprofundar e a fase 3 de sono profundo, e dessa forma seguida pela fase REM. Essa sequência configura 1 ciclo de sono, que dura em média 90 minutos, e costuma se repetir por volta de 5 ciclos à noite”, explicou. O expecialista conta que qualquer situação que afete qualquer uma das fases ou ciclos podem resultar numa condição de sono não reparador o que acarretará uma sensação de cansaço na hora de se levantar ou sonolência durante o dia. Condições médicas específicas que podem levar ao sono excessivo Alguns problemas de saúde podem levar a um sono excessivo, mesmo quando você dorme o suficiente. Por exemplo, a apneia do sono, uma condição em que a pessoa apresenta paradas respiratórias durante o sono, pode resultar em sonolência diurna. Outra condição médica que pode causar sono excessivo é a síndrome da fadiga crônica, caracterizada por uma exaustão persistente que não melhora com descanso. Além disso, distúrbios da tireoide, como o hipotireoidismo, podem causar sonolência excessiva como um dos sintomas. Outra condição que pode levar ao sono excessivo mesmo dormindo muito é a narcolepsia, que é um distúrbio crônico do sono, cuja causa não é bem conhecida. “Essa doença, embora rara, provoca um dormir imediato em qualquer circunstância. Por exemplo, a pessoa pode estar caminhando e de repente dormir. Felizmente é uma doença rara e seu tratamento se dá com psicoestimulantes e antidepressivos”, apontou o médico.  Distúrbios do sono que podem causar sono excessivo mesmo dormindo muito Além da apneia do sono apontada no tópico anterior, existem diversos distúrbios do sono que podem levar ao sono excessivo, mesmo que você durma por um período adequado. A hipersonia idiopática é um exemplo desses distúrbios, em que a pessoa se sente sonolenta durante o dia, mesmo após uma noite de sono prolongada. Luiz Sampaio também conta que existem outros fatores que interferem nas fases do sono, perturbando sua sequência ou interrompendo os ciclos. “O uso abusivo de estimulantes como a cafeína, presente no café, chá mate ou chá verde, ou em refrigerantes à base de guaraná; além do uso de tabaco ou de bebidas alcoólicas, todos afetam as fases e ciclos de sono, bem como o hábito de se alimentar antes de deitar, que ativa o metabolismo e interfere no sono. Outro agente perturbador é o uso constante de celulares, tablets ou mesmo computadores durante o período noturno”, alertou o médico. Após as 18:00 horas, com o anoitecer, nossa secreção de hormônios mudam. O cortisol, que nos deixa ativos, vai tendo sua secreção diminuída, enquanto a melatonina, que promove repouso e adormecer aumenta. A luz azul emitida pelas telas desses aparelhos inibe a secreção de melatonina, causando também insônia ou outros distúrbios do sono. Isso, inclusive, está escrito nos avisos de segurança desses aparelhos, coisa que ninguém lê, infelizmente.  Fatores psicológicos que podem contribuir para a sonolência excessiva Além de questões médicas e distúrbios do sono, fatores psicológicos também podem contribuir para a sonolência excessiva. “Vários pacientes em condições de estresse se queixam de insônia, termo que pode ser atribuído a qualquer alteração na qualidade do sono. O sono também está relacionado ao equilíbrio das funções do sistema nervoso autônomo, o Sistema Simpático e Parassimpático. Numa condição de estresse, seja por qualquer razão, temos uma prevalência do Sistema Simpático e consequentemente a liberação de adrenalina e noradrenalina que “aceleram” o funcionamento do nosso organismo, interferindo assim no ritmo do sono”, ressaltou o psiquiatra. Quais são as consequências para a saúde de ter sono excessivo? Quando uma pessoa apresenta sonolência excessiva, ela pode enfrentar diversos problemas de saúde, tanto físicos quanto psicológicos. A sonolência crônica pode afetar negativamente a qualidade de vida, dificultando as atividades diárias e prejudicando o desempenho no trabalho ou nos estudos. Além disso, essa sonolência excessiva pode levar a problemas de concentração, memória e aprendizado, tornando tarefas simples em desafios esmagadores. De um ponto de vista físico, o sono excessivo também pode aumentar o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Estudos têm mostrado uma relação entre a sonolência diurna excessiva e um maior acúmulo de gordura corporal, além de alterações nos níveis de insulina e glicose no sangue. A privação do sono também pode causar desequilíbrios hormonais, aumentando a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Quando procurar ajuda médica para investigar a sonolência excessiva? Embora um episódio isolado de sono excessivo possa ser causado por fatores temporários, como estresse ou uma má noite de sono, a persistência desse sintoma requer atenção médica. Se você está dormindo quantidades adequadas de horas e ainda experimenta sonolência excessiva durante o dia, é recomendável procurar um profissional de saúde para investigar possíveis causas subjacentes. “O médico, além da história clínica, dos hábitos de vida e de um exame físico poderá pedir exames laboratoriais para descartar por exemplo anemia, hipo ou hipertireoidismo e polissonografia para estudo do ritmo do sono e suas interferências”, finalizou o especialista.

Qual é a importância do sono para a saúde mental?

A importância de dormir bem. A qualidade do sono é essencial para a saúde mental, indo além do descanso físico. Em média, sete a oito horas diárias são necessárias para um repouso reparador. Estudos indicam que a falta de sono adequado pode impactar a resposta imunológica, resultando em uma redução significativa de anticorpos no organismo.  A privação de sono afeta diretamente a saúde mental, manifestando-se em problemas de memória, dificuldades de concentração, irritabilidade, desânimo e tristeza. Apesar disso, garantir uma noite de sono adequada é um desafio comum. O sono insuficiente não é apenas uma questão de bocejos durante o dia, mas tem repercussões significativas na cognição e no estado emocional. Priorizar o sono, adotando práticas saudáveis, é crucial para preservar o equilíbrio mental e promover a qualidade de vida.  Durante o sono, ocorre a consolidação de memórias adquiridas, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e melhorando a atenção, a tomada de decisões e a regulação emocional. Assim, compreender a importância do sono é fundamental não apenas para a vitalidade física, mas também para promover uma vida equilibrada e uma boa saúde mental.    Por que precisamos dormir?    Ao longo do período noturno, nossa jornada pelo sono se desdobra em quatro estágios distintos, repetindo-se em ciclos, cada um caracterizado por suas próprias peculiaridades neurais, durações específicas e funções fundamentais. Em uma noite típica, experimentamos entre quatro e seis desses ciclos de sono, representando um delicado equilíbrio entre o descanso necessário. A importância não reside apenas na quantidade total de horas de sono, mas na necessidade de um alinhamento harmônico das fases do sono para promover uma saúde integral. Cada estágio do sono desempenha um papel essencial na restauração e preservação da saúde física e mental e no aprimoramento cognitivo. Dentro desse sistema, as fases do sono são categorizadas pela sigla REM, derivada do termo em inglês “Rapid Eye Movement” ou movimento rápido dos olhos. Este estágio, juntamente com as outras três fases não-REM (N1, N2 e N3), compõe a estrutura essencial do nosso repouso noturno. Entender a complexidade dessas fases não apenas enriquece nossa compreensão do sono, mas também destaca a importância de um equilíbrio adequado para sustentar uma saúde abrangente e duradoura.  Abaixo temos um detalhamento sobre cada uma das fases do sono e como elas impactam na nossa saúde física e mental:  Estágio Inicial: Sonolência e sono leve – No primeiro estágio, vivenciamos a fase da sonolência, marcando a transição do sono leve para o mais profundo. Neste momento, o corpo começa a desacelerar, preparando-se para o repouso noturno. É uma fase delicada em que a pessoa ainda pode ser facilmente despertada, representando o início do mergulho na esfera do sono. Estágio Intermediário: Redução da Atividade Cardíaca e Relaxamento Muscular – No segundo estágio, ocorre uma diminuição na atividade cardíaca, e os músculos entram em um estado relaxado. Essa etapa é marcada pela desconexão gradual do cérebro com os estímulos do mundo real. Nesse momento, estamos mais distantes da vigília, criando as condições ideais para o prosseguimento da jornada noturna. A duração varia de 10 a 25 minutos na primeira ocorrência e aumenta nos ciclos subsequentes, totalizando aproximadamente metade da noite. Estágio Profundo: Descanso Cerebral e Sono Profundo – O terceiro estágio é caracterizado pelo verdadeiro repouso cerebral, representando o sono profundo. Nessa fase, a atividade cerebral diminui significativamente, proporcionando um descanso mais profundo. Este estágio, em média com duração de 40 minutos por noite, é crucial para a restauração física e mental, sendo um ponto alto na arquitetura do sono. Durante a primeira metade da noite, esse estágio pode durar de 20 a 40 minutos, ocorrendo em períodos mais curtos nos ciclos seguintes. O sono profundo desempenha um papel crucial na secreção do hormônio de crescimento, na criatividade, perspicácia e imunidade. Sono REM: Essencial para Funções Cognitivas – Em adultos, o sono REM emerge aproximadamente 90 minutos após o início do sono e se repete ao longo da noite, alcançando uma duração significativa, especialmente na segunda metade. Durante esse estágio, os olhos executam movimentos rápidos sob as pálpebras, assemelhando-se ao padrão observado quando estamos acordados. As ondas cerebrais assumem uma configuração similar à vigília, enquanto a respiração se torna mais rápida e irregular, e a frequência cardíaca aumenta para níveis próximos ao estado de vigília. Surpreendentemente, apesar dessas atividades mais intensas, os músculos permanecem paradoxalmente paralisados, evitando que nossos corpos expressem fisicamente o que estamos experimentando nos sonhos. O sono REM revela-se fundamental para a manutenção de funções cognitivas cruciais, como a consolidação da memória, o fomento da criatividade e a facilitação do processo de aprendizado.    Qual é a importância do sono para a saúde mental?    A relação entre sono e saúde mental tem sido objeto de investigação constante, proporcionando descobertas valiosas à medida que novos estudos exploram a complexidade desse elo. Quando negligenciamos a qualidade do sono, nosso cotidiano pode transformar-se em um cenário mais tenso, prejudicando a nossa habilidade para enfrentar desafios e nossa capacidade de memória e cognição sofrem impactos notáveis.  O sono, desempenhando um papel crucial na regulação de hormônios como a serotonina e a melatonina, revela-se essencial para a estabilidade emocional. A capacidade do sono de modular esses níveis hormonais influencia diretamente a regulação do humor, destacando sua importância na preservação da saúde mental. Além disso, o sono assume a tarefa de reorganizar e processar as informações acumuladas ao longo do dia. Esse processo não apenas aprimora a retenção dessas informações, mas também facilita o acesso a elas no futuro. Assim, compreendemos que o sono não é meramente um intervalo de descanso, mas sim uma peça fundamental na manutenção da saúde mental, moldando nossa capacidade de lidar com as complexidades da vida e contribuindo para a estabilidade emocional e cognitiva a longo prazo.  O sono desempenha um papel vital na saúde mental, e sua ausência aumenta o risco de problemas emocionais e psicológicos, incluindo ansiedade, depressão e irritabilidade. A privação de sono afeta a concentração, a memória e aumenta o risco de transtornos psicológicos. Além disso, sintomas físicos como dor de cabeça e fadiga também são associados à falta de sono. Priorizar hábitos de sono saudáveis torna-se crucial como medida preventiva para manter o equilíbrio emocional e psicológico.  Abaixo algumas dicas de higiene do sono que pode te ajudar a dormir melhor e aproveitar todos os benefícios de uma boa noite de sono:   Manter uma rotina consistente para dormir e acordar, contribuindo para a regularidade do ciclo do sono; Garantir um ambiente propício ao descanso, com silêncio e temperatura agradável, promovendo condições ideais para um sono reparador; Abster-se de consumir bebidas estimulantes como café, chá preto e refrigerantes durante a noite, evitando interferências no processo de adormecimento; Nos momentos próximos ao horário de dormir, evitar o uso de dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores e televisões, que podem impactar negativamente na qualidade do sono. Evitar cochilos prolongados durante o dia para preservar a consistência do ciclo de sono noturno; Limitar o consumo de bebidas alcoólicas próximo ao horário de dormir, visto que isso pode resultar em uma superficialidade no sono; Optar por uma alimentação leve no final do dia, prevenindo desconforto gástrico que poderia interferir na qualidade do sono.  Seguir essas práticas contribui não apenas para estabelecer uma rotina de sono saudável, mas também para promover um ambiente propício ao descanso, favorecendo a saúde mental e física a longo prazo. 

Acordar muito tarde pode prejudicar a qualidade do sono?

O sono é uma parte importante da qualidade de vida. Dormir bem ajuda a reduzir os níveis de cansaço, de estresse e de ansiedade, fazendo com que o organismo se torne mais produtivo e atento e reduzindo até mesmo o risco de acidentes de trânsito e no trabalho. Muitas pessoas, no entanto, acreditam para que dormir bem é preciso dormir e acordar cedo, quando na verdade, é preciso respeitar as necessidades e o ritmo do próprio corpo. Cada pessoa deve dormir no horário que é mais adequado ao próprio corpo Cada organismo tem um ritmo biológico que influencia o horário mais propício para acordar e dormir e os momentos em que apresenta maior ou menor rendimento nas atividades cotidianas. “Pessoas que têm um ritmo com tendência a dormir e acordar mais tarde costumam ter sono de melhor qualidade quando respeitam esses horários, ao invés de tentarem se adaptar a ritmos que não lhes são naturais”, afirma a psiquiatra e especialista em Medicina do Sono Camilla Pinna. Entretanto, isso não significa que as pessoas que têm esse costume estão livres de preocupações. De acordo com a profissional, o hábito de dormir e acordar tarde pode causar problemas quando as cobranças sociais, como compromissos de trabalho, de estudo ou até mesmo familiares, têm horários mais rígidos e tradicionais. Manter horários regulares para dormir garante boas noites de sono O mais importante para essas pessoas é manter horários regulares para dormir e garantir que o sono seja de boa qualidade, sem ruídos ou luminosidade para atrapalhar. “Quando os horários de dormir e acordar variam muito de uma noite para a outra, os ritmos biológicos ficam desajustados, com alteração da secreção de alguns hormônios, mudanças no humor e no sistema imunológico, entre outros prejuízos à saúde”, alerta a médica. Além disso, dormir e acordar tarde não deverá ser um problema, desde que a quantidade de horas necessárias para repor as energias seja respeitada. A maior parte da população precisa de sete a oito horas diárias de sono. No entanto, há pessoas que se satisfazem com apenas seis horas, como os idosos, enquanto os adolescentes e crianças de até dez anos costumam dormir de nove a dez horas por dia. Dra. Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Medicina do Sono e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8 Foto: Shutterstock

Entenda as Apneias do Sono: Causas, Sintomas e Tratamento

As apneias do sono são distúrbios respiratórios que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, impactando negativamente sua qualidade de vida e saúde geral. Caracterizadas por pausas respiratórias durante o sono, as apneias podem levar a sérias complicações cardiovasculares e neurológicas se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. Neste artigo, vamos explorar o que são as apneias do sono, suas causas, sintomas e opções de tratamento disponíveis. O que são Apneias do Sono?   As apneias do sono referem-se a paradas temporárias na respiração que ocorrem durante o sono devido a obstruções nas vias respiratórias. Existem dois tipos principais de apneias: a apneia obstrutiva do sono (AOS) e a apneia central do sono (ACS).   Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)   A apneia obstrutiva do sono é a forma mais comum e ocorre quando há um colapso total ou parcial das vias aéreas superiores, geralmente causado pelo relaxamento excessivo dos músculos da garganta e da língua durante o sono. Como resultado, a pessoa para de respirar temporariamente, podendo acordar diversas vezes durante a noite para recuperar o fôlego.   Apneia Central do Sono (ACS)   A apneia central do sono é menos comum e ocorre quando o cérebro não envia os sinais adequados aos músculos respiratórios para controlar a respiração. Diferente da AOS, não há esforço respiratório durante as pausas, e o indivíduo pode apresentar dificuldades em retomar a respiração após a pausa. Causas das Apneias do Sono   Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento das apneias do sono:   Obesidade: O acúmulo de gordura na região do pescoço pode estreitar as vias respiratórias, facilitando o colapso durante o sono. Anatomia da garganta: Alguns indivíduos podem ter uma anatomia da garganta que torna as vias aéreas mais suscetíveis a obstruções. Fatores genéticos: Pessoas com histórico familiar de apneia do sono têm maior risco de desenvolver o distúrbio. Consumo de álcool e sedativos: Substâncias depressoras do sistema nervoso central podem relaxar os músculos da garganta, aumentando o risco de obstrução das vias respiratórias. Sintomas das Apneias do Sono   Os sintomas das apneias do sono podem variar em gravidade, mas os mais comuns incluem:   Ronco alto e frequente. Sonolência excessiva durante o dia. Despertar abrupto durante a noite com sensação de sufocamento. Dor de cabeça matinal. Dificuldade de concentração e memória. Irritabilidade e alterações de humor. Tratamento das Apneias do Sono   O tratamento das apneias do sono depende do tipo e gravidade do distúrbio. Algumas opções de tratamento incluem: Mudanças no estilo de vida: Perda de peso, evitar o consumo de álcool e tabaco antes de dormir, dormir de lado e elevar a cabeceira da cama podem ajudar a reduzir os sintomas da apneia do sono, especialmente em casos leves. CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas): O CPAP é uma máscara que fornece um fluxo constante de ar para manter as vias respiratórias abertas durante o sono, evitando as pausas respiratórias. Aparelhos orais: Alguns dispositivos dentários podem ser usados para posicionar a mandíbula e a língua de forma a evitar o colapso das vias aéreas. Cirurgias: Em casos graves e específicos, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados para corrigir anormalidades anatômicas que causem a apneia do sono. Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de apneia do sono, é essencial procurar um profissional de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados. 

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