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    O que fazer para minimizar o risco de transmissão do herpes para alguém?

    Pele e Beleza
    Problemas de Pele

    Por Dr. Jorge Senise

    20 de abril de 2016

    A Sociedade Brasileira de Dermatologia calcula que mais de 90% da população do país tem um dos tipos do vírus do herpes circulando no corpo. Nem todo mundo vai desenvolver a doença ao longo da vida, mas, com um número tão expressivo de pessoas infectadas, é bom saber se cuidar, tanto para reduzir os riscos de contágio, quanto para proteger aqueles que convivem com você, caso seja portador do vírus.

    Contágio da Herpes acontece através do contato

    O herpes é um vírus que pode ficar escondido no organismo a vida toda e só incomoda mesmo quando se manifesta na forma de lesões, geralmente nos lábios ou nas genitais. “São bolhas que se reúnem em cachos, incomodando bastante pela ardência, vermelhidão e coceira”, explica o infectologista Jorge Senise. Além do desconforto, é também nessa fase da lesão ativa que a doença vira contagiosa, porque só o contato com essas feridas transmite a doença. “Dentro dessas bolhinhas há uma grande quantidade do vírus e, quando uma delas explode, o contágio acontece pelo toque”, diz.

    A saída é evitar o contato direto da área com outras pessoas no período em que as lesões estão manifestas. “Enquanto estiver com a lesão, o aconselhado é não beijar, para o herpes oral, e não ter relações sexuais, no caso do herpes genital”, orienta o infectologista. Senise também faz questão de lembrar que o sexo oral feito por quem está com lesões de herpes na boca também transmite a doença para os órgãos genitais do parceiro, sendo mais uma ação a ser evitada.

    Vale lembrar que, quando as erupções não estão manifestas na pele, o portador de herpes é apto para viver normalmente sem nenhum risco de transmissão para seus parceiros. O único cuidado é estar sempre atento ao menor incômodo na área genital, principalmente no caso das mulheres, que não tem a visualização do órgão genital tão clara quanto os homens.

    Controlar a frequência das lesões é uma medida que ajuda a evitar o contágio

    A frequência dessas lesões varia de pessoa para pessoa: elas podem acontecer uma vez por ano, a cada seis meses ou até uma vez por mês nos casos mais graves. “As lesões aparecem em quem tem infecção com febre, se expõe muito ao sol ou está vivendo um momento de muito estresse”, completa Senise.

    Quanto mais frequentes os episódios, mais tempo a pessoa fica passível de transmitir o vírus, mas existem soluções para contornar isso. A medicação para herpes costuma ser tomada quando a lesão está aparente, com a intenção de diminuir o tempo de crise, que tende a ser de 7 a 9 dias. Nos casos em que as feridas aparecem muitas vezes ao ano, os médicos costumam orientar uma dosagem baixa do remédio para ser tomada continuamente por alguns meses. “Essa medida preventiva vai impedir que as lesões apareçam nesse período porque, às vezes, só o medo daquilo voltar todo mês já estressa a pessoa e desencadeia o quadro”, conta o especialista.

    Dá para pegar herpes em banheiro público ou compartilhando toalha?

    Quando se trata da transmissão de doenças, sempre surgem alguns mitos que precisam ser esclarecidos. Um deles é o medo de pegar o vírus do herpes por objetos compartilhados, algo que Senise diz que até pode acontecer, mas que é raro. “É preciso que a pessoa tenha passado a toalha na boca ou nas genitais, uma dessas bolhas tenha estourado e depois a outra pessoa também utilize-a nos mesmos locais”, explica o médico. Isso se previne facilmente não compartilhando esses objetos de contato quando se está com lesões manifestas. Quanto aos relatos de contágio da doença pelo uso de banheiros públicos, o infectologista esclarece: “Geralmente não é assim que se pega, é preciso ter um contato mais íntimo”, diz.

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