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    O que fazer para ajudar a adesão ao tratamento da esquizofrenia?

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    A esquizofrenia é uma doença que exige do paciente adesão plena ao tratamento, pois seus sintomas prejudicam significativamente a qualidade de vida e tendem a se intensificar com o passar do tempo, caso não haja controle. Por mais que o paciente saiba dos riscos de não tratar o problema, muitas vezes isso não é o suficiente para que ele aceite se tratar.   

     

    Formas de ajudar o paciente a aderir ao tratamento

     

    Para que o paciente se sinta estimulado a aderir às medidas que compõem o tratamento, pode ser interessante que ele veja alguns resultados positivos de início para se animar. O uso de remédios antipsicóticos (cruciais para o processo) desde o começo pode trazer logo uma melhora dos sintomas, fazendo com que o paciente sinta mais vontade de se engajar no tratamento.

    “Além disso, o apoio da família é muito importante nesse contexto, seja para ajudar na administração das medicações ou datas das consultas e outros atendimentos. Estratégias do governo como a saúde da família também ajudam, uma vez que consistem em um acompanhamento mais próximo dos portadores da doença”, informa a psiquiatra Erika Mendonça.

     

    Dificuldades em aderir ao tratamento da esquizofrenia

     

    Essa ajuda ao paciente é muito importante, pois a adesão normalmente costuma ser difícil. Na fase aguda da doença, por exemplo, quando o paciente apresenta delírios e alucinações, há um comprometimento da crítica e do juízo de realidade. Dessa forma, ele não percebe que precisa de tratamento e precisa que os familiares tomem a iniciativa de levá-lo a um profissional de saúde mental.

    “Mesmo após o controle dos delírios e alucinações, muitas vezes há a persistência de outros sintomas, chamados de negativos, que têm impacto no funcionamento diário do paciente, fazendo-o muitas vezes abandonar o uso das medicações e parar de ir às consultas. Além disso, os prejuízos cognitivos da doença (alterações de memória, linguagem e funções executivas) tornam mais difícil para o paciente se organizar no uso das medicações e nas idas às consultas” , completa Erika.

     

    Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933

     

    Foto: Shutterstock

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