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    As dores da fibromialgia: entenda doença e saiba como conviver com ela

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    Algumas pessoas confundem com artrose, outras acham que são apenas dores musculares, mas a fibromialgia é uma doença com grande dimensão que precisa ser tratada o quanto antes. Reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde, em 1992, a fibromialgia atinge cerca de 5 milhões de brasileiros, e é caracterizada por ser recorrente em 80% do sexo feminino, em grande parte por mulheres de 20 a 50 anos.

    Para entender melhor sobre a doença, a revista Cuidados Pela Vida vai tirar suas dúvidas e conhecer a história da paulistana Andréia Cardoso, que convive com a doença há alguns anos e busca uma vida melhor.

     

    Fibromialgia é…

    Uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos.

     

    Quais são as causas da fibromialgia?

    Até o momento, as pesquisas ainda não identificaram a possível causa da doença, mas uma série de fatores podem ser responsáveis. Como a fibromialgia tende a ocorrer em família, possivelmente, existem causas genéticas. Também há a possibilidade de que infecções por vírus e doenças autoimunes possam desenvolver o transtorno. E existe a possibilidade de que os distúrbios de sono, sedentarismo, ansiedade e depressão são influenciadores.

     

    Por que dói? (pode ser um box)

    É comum que o paciente com fibromialgia reclame constantemente de dor. Essa dor contínua se deve a estimulação repetida do nervo que faz com que o cérebro entenda aquilo como uma doença, consequentemente, ocorre um aumento anormal dos níveis de substâncias químicas que sinalizam dor (neurotransmissores). Os receptores de dor do cérebro parecem desenvolver uma espécie de “memória da dor” e tornam-se mais sensíveis.

     

    Qual médico devo procurar?

    Se você ou seu familiar perceber alguns sintomas, está na hora de procurar um profissional. O reumatologista é o especialista indicado para detectar a doença e ajudar no tratamento. O diagnóstico é feito clinicamente (por meio do histórico e de exame físico) e realiza-se através da pressão com os dedos em 18 pontos específicos do corpo. O critério de resposta, em pelo menos 11 desses 18 pontos, é a base para diagnosticar a doença.

     

    E como posso tratar?

    Como a fibromialgia é uma doença incurável, o portador precisa conviver com ela durante toda a vida sentindo-se confortável. Para isso, o tratamento precisa evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde.

    O tratamento pode envolver:

    – Fisioterapia

    –  Exercícios e preparo físico

    – Alívio de estresse (inclui massagem e técnicas de relaxamento)

    – Terapia cognitivo-comportamental (ajuda a lidar com pensamentos negativos, a buscar atividades agradáveis e participar de grupos de apoio)

    Este material conta a colaboração exclusiva do portal Fibromialgia.com.br e da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor

     

    CONVIVENDO COM A FIBROMIALGIA

    Aos 41 anos, Andréia Ferreira Cardoso leva sua vida com diversas limitações decorrente da fibromialgia. Desde que descobriu a doença, em 2014, ela faz um tratamento intenso à base de remédios fortíssimos e acupuntura.

    Durante um passeio, Andréia caiu no chão e sentiu dores no braço esquerdo. Inicialmente, parecia ser apenas uma dor muscular, mas aquela sensação que aumentava a cada dia a fez procurar um médico para descobrir o real motivo. “O neurologista fez vários exames. A dor era tão forte que eu recebia morfina a cada três horas, mas o efeito era mínimo. Chegou um momento em que eu tinha dificuldades para tomar banho e até lavar o cabelo”, conta.

    Andréia foi internada no hospital para exames de rotina. Os médicos identificaram que a fisioterapia não respondia ao tratamento, então sugeriram a busca por um reumatologista. “Ele fez o exame tradicional, que consiste em apertar os 18 pontos no corpo. Eu sentia dores em todos os pontos. Assim, ele detectou a síndrome da fibromialgia, a partir disso, pediu para que eu consultasse um fisiatra e um psiquiatra quando tivesse alta. É muito louco porque o meu cérebro entendeu que o comando estava errado, e como o meu médico brinca, o ‘botão’ quebrou e não produzo mais hormônios bons”.

    Coordenadora de compras de uma empresa em São Paulo, Andréia precisou se afastar da profissão para lidar com seu tratamento. Hoje, está prestes a se aposentar e grande parte do seu tempo é voltado para a casa. Apesar dos cuidados recomendados pelo médico, Andréia sente que as dores não diminuem. “Na maioria dos dias, dói desde o pescoço até o ombro, as costas e o braço esquerdo. Às vezes, ataca o corpo inteiro e preciso tomar calmante. Também sinto um sono interminável, mas sei que isso é corriqueiro na vida de quem tem fibromialgia”.

    Uma saída para aliviar a sensação traumática foi buscar ajuda nas redes sociais. Além do tratamento médico, Andréia participa de grupos virtuais. “É importante conhecer a história de outras pessoas, isso aquece meu coração e me torna mais forte. Também é necessário eu dividir minha vida para que as autoridades saibam da importância da fibromialgia e respeitem a doença”, enfatiza.

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