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    Por que a osteoporose atinge mais mulheres do que homens?

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    Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, os ossos do corpo humano são compostos por um tecido vivo que está em constante processo de renovação ao longo da vida. Este processo é definido pela remoção das áreas envelhecidas dos ossos (reabsorção) e pela consequente formação de novas células ósseas. Desta forma, a área envelhecida pode ser substituída pelas novas células, garantindo a renovação.

    Com o envelhecimento, é natural que este processo sofra um desequilíbrio, onde a remoção das áreas envelhecidas torna-se mais intensa do que a formação de novas células. Como resultado deste desequilíbrio, temos a diminuição progressiva da massa óssea. Nos casos em que esta diminuição ainda é leve, temos uma condição denominada Osteopenia. Já nos casos em que esta diminuição é mais severa, temos uma condição denominada Osteoporose.

    A Osteoporose pode ocorrer em ambos os sexos, porém possui maior incidência nas mulheres, principalmente após a menopausa. Esta diferença entre os gêneros possui relação com o hormônio estrogênio, que sofre considerável queda nas mulheres após a menopausa.

    O estrogênio possui diversas ações sobre o metabolismo ósseo:

    • Induz a apoptose (morte programada) das células responsáveis pela reabsorção óssea, os osteoclastos. Desta forma, os osteoclastos permanecem em funcionamento apenas pelo período necessário, evitando assim a reabsorção óssea excessiva;
    • Estimula a absorção de cálcio pelo intestino;
    • Favorece a dilatação das veias e artérias, aumentando indiretamente a irrigação sanguínea e o aporte de cálcio ao osso e consequentemente contribuindo para a sua mineralização;
    • Estimula a síntese de colágeno tipo I (colágeno presente nos ossos);
    • Inibe fatores estimuladores de osteoclastos ou aumenta fatores inibidores de osteoclastos, quando ligado aos osteoblastos (células responsáveis pela formação do novo osso).

    Desta forma, a queda acentuada dos níveis de estrogênio, que ocorre nas mulheres após a menopausa, induz e acelera a atividade de reabsorção óssea, contribuindo para a perda óssea excessiva e sustentada ao longo do tempo.

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