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    Há comportamentos na infância que indicam o desenvolvimento do TOC no futuro?

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    O transtorno obsessivo compulsivo, também conhecido pela sigla TOC, é uma doença psiquiátrica caracterizada por, entre outras coisas, comportamentos repetitivos e pensamentos fixos. São as compulsões e as obsessões que, se não receberem o tratamento adequado, podem reduzir a qualidade de vida de uma pessoa.

    Apesar de filmes, séries e novelas retratarem com maior frequência adultos que sofrem com o transtorno, o número de casos entre as crianças também é considerável. “Em torno de 25% dos casos de TOC ocorrem até os 14 anos. E o sexo masculino tem idade de início mais precoce”, afirma o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt.

    TOC ou comportamento normal da infância?

    Os pais devem ficar de olho em alguns comportamentos dos filhos que podem sinalizar o desenvolvimento do TOC. De acordo com o psiquiatra, a doença costuma começar vagarosamente e depois se desenvolver, o que torna difícil para os pais identificarem e diferenciarem os sintomas.

    Além disso, na infância alguns rituais e obsessões costumam fazer parte do crescimento da criança. Eles devem ser considerados problemas a partir do momento em que se tornarem muito frequentes, trazendo prejuízo para sua saúde e alterando seu relacionamento com a família, amigos e professores. Como exemplo, pode ser citada uma criança que não aceita que mexam no seu quarto e discute raivosamente com quem não segue suas regras.

    Formas de comportamento

    “Uma criança que não aceita se sujar na areia, brincar de massinha por receio de que grude nas mãos, ou que não quer se limpar após fazer cocô por nojo, mesmo sabendo, pode indicar alguma alteração”, explica Reinhardt. Outros comportamentos, ligados à repetição e organização, como brincar sempre com o mesmo brinquedo e gostar dos alimentos separados no prato, podem sinalizar um caso de TOC.

    É sempre importante consultar um especialista para um diagnóstico preciso. Caso seu filho tenha o transtorno, ele contará com a ajuda da psicoterapia e também com medicamentos antidepressivos como formas de tratamento. O papel dos pais é buscar o auxílio médico o quanto antes e participar ativamente e positivamente do tratamento.

    Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt é psiquiatra, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua em Florianópolis. CRM-SC: 10573

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