Vetores são organismos que podem transmitir doenças infecciosas entre os seres humanos ou de animais para humanos. Muitos desses vetores são insetos infectados com microorganismos que causam doenças, posteriormente transmitidas para um novo hospedeiro. Os mosquitos estão entre os principais vetores, especialmente em termos de riscos para os humanos.
“No Brasil, atualmente, nos preocupamos com as seguintes patologias transmitidas por mosquitos: Zika, dengue, febre Chikungunya, malária, febre amarela silvestre, leishmaniose tegumentar e visceral”, afirma o infectologista e especialista em Medicina Tropical Cassius Clay. Durante o verão, essas doenças se tornam notícia quase diariamente, já que o calor e a umidade típicos da estação aumentam a incidência de mosquitos.
Mosquito Aedes aegypti é vetor de três doenças diferentes
Dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, e os sintomas são bem parecidos, com pequenas diferenças, que servem mais para orientar o diagnóstico médico do que para, necessariamente, informar o paciente. Pessoas com dengue podem apresentar febre alta, que aparece rapidamente, dor na cabeça, atrás dos olhos e no corpo, além de fraqueza e náuseas.
Quem sofre com zika pode ter febre baixa, manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados e dores articulares leves. Já a febre chikungunya é caracterizada pela febre alta, dores muito fortes nas articulações, principalmente em torno dos pés e das mãos, dores musculares, dor de cabeça e manchas avermelhadas na pele. Caso apresente algum desses sintomas, procure imediatamente um médico e, em hipótese alguma, tente a automedicação.
Como diminuir o risco de contrair dengue ou Zika?
Com alguns cuidados, segundo o médico, é possível minimizar a transmissão dessas doenças transmitidas por mosquitos. “Deve-se reduzir o número de mosquitos por meio da eliminação de criadouros sempre que possível ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas ou capas, impedindo o acesso das fêmeas grávidas”, afirma o profissional.
A proteção individual com uso de repelentes funciona como forma complementar de prevenção. “A utilização de roupas que minimizem a exposição da pele, proporcionando alguma proteção contra podem ajudar, principalmente durante o dia, período em que são mais ativos”, diz Clay. Ações realizadas por programas locais de controle reduzem o número de mosquitos em uma comunidade e interferem na probabilidade de um ser humano que está com o vírus no sangue servir como fonte de infecção para outros mosquitos.
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