O H. pylori é uma bactéria que consegue sobreviver no estômago e que, quando se reproduz de maneira excessiva, causa uma infecção que pode danificar a parede desse órgão. Entre os principais sintomas estão úlceras, dores, vômitos e fezes com sangue. Essas úlceras podem levar ao desenvolvimento de câncer de estômago, mas somente em alguns pacientes.
Pequena parcela dos infectados tem câncer de estômago
“Apesar da alta frequência de infecção por Helicobacter pylori na população, somente uma minoria dos indivíduos infectados desenvolverá câncer no estômago. O risco é de cerca de 1% dos infectados”, afirma a gastroenterologista Amanda Medeiros. 
As chances de ter câncer aumentam se o paciente tiver outros fatores de risco da doença. Como exemplos, a médica cita o histórico familiar de câncer gástrico, ter sangue do tipo A, ter mais de 50 anos de idade, ser do sexo masculino e ser negro.
Algumas doenças também são consideradas fatores de risco e, somadas à infecção do H. pylori, aumentam os riscos de câncer de estômago, como tabagismo, obesidade, linfoma gástrico, gastrite atrófica autoimune, gastrite hipertrófica e infecção causada pelo vírus Epstein-Barr.
Alimentação pode dar combustível ao H. pylori
Amanda explica ainda que a alimentação também contribui para que um paciente com infecção de H. pylori tenha câncer: “Pessoas com dieta rica em alimentos defumados e em conserva têm um risco aumentado, devido à presença de nitrato e nitrito nesses tipos de alimentos, que podem ser convertidos por bactérias, como o H. pylori, em compostos que causam câncer de estômago”.
Por outro lado, segundo a gastroenterologista, comer frutas e verduras frescas parece diminuir o risco da doença. Vale lembrar também da importância de fazer o tratamento contra a infecção da bactéria, evitando os sintomas e os danos que levam ao câncer. A abordagem mais indicada é o uso de antibióticos prescritos por um profissional.
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