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Varíola do macaco: saiba tudo sobre a doença

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19 de outubro de 2023

A varíola do macaco é habitualmente encontrada na África Central e Ocidental, onde há selvas tropicais e onde costumam viver os animais que podem ser portadores do vírus. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (ex., esquilos). É uma zoonose viral (transmitida aos seres humanos a partir de animais) causada pelo vírus da varíola do macaco (Monkeypox), que pertence ao gênero Orthopoxvirus, que inclui o vírus varíola (causador da varíola humana).

Como é a transmissão?

Em geral, a varíola do macaco é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa para pessoa pode ocorrer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões cutâneas de uma pessoa infectada, ou com objetos recentemente contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias, mas também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto (o que pode levar à varíola do macaco congênita). Não há evidência de que o vírus da varíola do macaco seja transmitido por via sexual. A transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes pessoas com maior risco de contaminação). A ingestão de carne e outros produtos de origem animal mal cozidas de animais infectados é um possível fator de risco. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.

Tempo de incubação: De 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Quais são os sintomas?

Febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia (aumento de linfonodos), calafrios, exaustão e erupções na pele. Sintomas muito semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

Como é feito o tratamento?

Não há tratamentos específicos contra a infecção pelo vírus da varíola do macaco. Os seus sintomas costumam ter resolução espontânea. É importante cuidar da erupção deixando que seque, ou cobrindo com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Deve-se evitar tocar qualquer lesão na boca ou nos olhos.

Prevenção: Para prevenção de casos recomenda-se para profissionais da saúde o uso de equipamentos de proteção individual como máscaras, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos regularmente. A população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de máscara e higienização das mãos. Em caso suspeito da doença, realizar o isolamento imediato do indivíduo, o rastreamento de contatos e vigilância oportuna dos mesmos. O isolamento só deverá ser encerrado ao desaparecimento completo das lesões.

Varíola humana

Encontra-se erradicada do mundo devido a imunização. Ela é transmitida de pessoa a pessoa, através de gotículas de saliva e aerossóis. Os sintomas mais comuns são: febre alta, mal estar intenso, cefaleia, dores musculares, náuseas e prostração, podendo apresentar dores abdominais intensas e delírio. A doença progride com o aparecimento de lesões na pele (mácula, pápula, vesícula, pústula e formação de crostas) em surto único, de duração média entre 1 e 2 dias, atingindo mais face e membros. Não há tratamento específico para varíola e o último caso foi registrado em 26 de outubro de 1977, na Somália. É considerada a mais séria de todas as doenças infecciosas, matando de 25% a 30% das pessoas infectadas que não estavam imunizadas.

Foi demonstrado que a vacinação contra a varíola ajuda a prevenir ou atenuar a doença pela varíola do macaco, com uma eficácia de 85%. As pessoas vacinadas contra a varíola humana no passado, demonstraram ter alguma proteção contra a varíola do macaco. Entretanto, deve-se levar em conta que a vacinação contra a varíola humana foi encerrada em 1980, depois que esta doença foi declarada erradicada. Existe uma vacina que foi desenvolvida para a varíola do macaco (MVA-BN), também conhecida como Imvamune, Imvanex ou Jynneos, aprovada em 2019, que ainda não está amplamente disponível. A OMS está coordenando com o fabricante para melhorar o acesso a esta vacina. Uma vez que a infecção pela varíola do macaco é incomum, não se recomenda a vacinação universal.

Referências

https://www.paho.org/pt

https://www.gov.br

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_ll.pdf

https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022-DON385

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