A depressão é um transtorno psiquiátrico que pode, em muitos casos, despertar após um evento traumático. Contudo, esse não é o único gatilho da doença, que também está relacionada a fatores genéticos e pode despertar até mesmo na ausência de fatores externos.
Vontade de produzir é reduzida drasticamente pelo transtorno
Esse é o caso de Cristiane S., de 38 anos, que mora em Candiota, Rio Grande do Sul. Ela conta que passou a se sentir angustiada e triste, ainda que não tenha passado por nenhuma alteração negativa em sua vida. “Me sentia muito triste, sem vontade de fazer nada. Não havia motivo para isso, mas eu simplesmente só tinha vontade de ficar deitada e chorando”, diz.
Segundo Cristiane, que trabalha como caixa em uma loja, os sintomas não chegaram a impedi-la de trabalhar e fazer suas obrigações diárias, mas a vontade de produzir foi drasticamente reduzida. “Fazia apenas porque tinha que fazer”, afirma. “Era estranho porque tenho marido e filhos maravilhosos, mas mesmo assim não me sentia alegre”.
Suporte familiar e clínico são essenciais para o sucesso do tratamento
O apoio da família foi fundamental para que ela buscasse ajuda, mas nem sempre isso ocorre. Muitos familiares acham que os sintomas não passam de fraqueza e indisposição. “Esse tipo de preconceito apenas contribui para a falta de tratamento e o consequente agravamento do quadro. É importante incentivar a procura de um psicólogo ou psiquiatra”, aconselha a psiquiatra Maria Antônia Simões.
Ao procurar um psiquiatra e ser diagnosticada com depressão, ela iniciou o tratamento com medicamento e terapia. Com o tempo, seu estado emocional mudou bastante. “Agora me sinto bem melhor, meu humor melhorou muito graças ao remédio. Inclusive, hoje ainda dependo dele. Não posso ficar sem tomá-lo para não regredir”, diz Cristiane. “Agradeço muito ao médico que me tratou. Ele sanou todas as minhas dúvidas e sempre me deixou tranquila”.
Foto: Shutterstock