Pessoas que sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo podem até duvidar da eficácia do tratamento, já que a doença gera uma sensação de descontrole mental e atrapalha a rotina dos pacientes.
O diagnóstico do TOC deve ser feito por um médico psiquiatra e o tratamento pode realizado por meio de medicamentos, psicoterapia ou cirurgia, este último sendo indicado para pacientes mais graves.
O que é, de fato, o Transtorno Obsessivo Compulsivo?
A principal característica do TOC é a presença de obsessões e compulsões. De acordo com a psiquiatra Monica Melo, as obsessões são pensamentos, ideias, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que invadem a consciência de forma intrusiva e indesejada, causando muita ansiedade e desconforto. “Já as compulsões são atos físicos e mentais repetitivos que um indivíduo se sente obrigado a executar em resposta às obsessões ou de acordo com regras rígidas. Ele realiza tais atos na intenção de reduzir a ansiedade gerada pelas obsessões”, esclarece a psiquiatra.
O que causa o TOC?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo não tem uma causa única e, sim, diversos fatores de risco. “Predisposição genética, alterações funcionais e da neuroquímica cerebral, abuso físico e sexual na infância e outros eventos estressantes podem contribuir para o seu aparecimento”, afirma a Dra. Mônica.
Para diferenciar o TOC de uma simples mania é preciso ficar atento o quanto as obsessões e compulsões consomem o tempo do indivíduo. “O transtorno é apontado quando se torna algo recorrente, gerando sofrimento na pessoa e em seus familiares, além de comprometer sua vida social, ocupacional, acadêmica e funcionamento de forma geral”, acrescenta.
Como é o tratamento? A doença tem cura?
Como o transtorno tem muitas causas, é difícil garantir que todos os gatilhos da doença podem ser curados. No entanto, com tratamento e ajuda da família, os principais sintomas podem ser controlados. “O TOC tem controle, mas, infelizmente, tem possibilidade de recaída, especialmente se não for devidamente tratado”, explica a especialista.
O tratamento tem duas frentes principais: medicamentos e terapia para que o paciente possa resolver a ansiedade que gera a compulsão. A cirurgia é uma terceira via, mas só é necessária em alguns casos. “Só são necessárias cirurgias, como neurocirurgia funcional e estimulação cerebral profunda em casos de pacientes mais graves”, completa Mônica.