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Dra. Mônica Melo

Psiquiatria

Biografia

Dra. Mônica Melo é graduada em Medicina pela Universidade Católica de Brasília (UCB), fez residência médica em Psiquiatria pelo Hospital São Vicente de Paulo, fez cursos de Terapia Cognitiva-Comportamental, Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho e Saúde Mental no Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP) e curso de capacitação em Medicina do Sono pelo Instituto do Sono. É professora colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) e médica perita em Brasília (DF).

Artigos

Como a ansiedade pode prejudicar a relação com amigos?

A ansiedade é normal, todas as pessoas sentem ao longo da vida, seja antes de fazer uma prova, antes de encontrar uma pessoa querida ou de falar em público. No entanto, em alguns casos, a ansiedade pode tomar proporções exageradas e acabar atrapalhando a rotina e até prejudicando amizades. Ansiedade pode fazer amigos se afastarem “A ansiedade pode prejudicar a relação com os amigos. A ansiedade tende a deixar a pessoa mais irritada e socialmente reclusa, passando a evitar qualquer situação que possa vir a agravar seu estado ansioso, como dirigir, viajar, frequentar lugares fechados e com multidões”, afirma a psiquiatra Mônica Melo. Em um mundo cada vez mais conectado à internet, a ansiedade também pode fazer com que uma pessoa comece a cobrar seus amigos por respostas quase imediatas e a ficar sempre no celular, checando as publicações de conhecidos e esperando por mensagens, o que também pode estremecer a relação de amizade. Pode ser difícil perceber que você está passando por essa situação, mas existem alguns sinais e sintomas que podem indicar um problema, como a desatenção. “O indivíduo pode ter queixas físicas, como dor no peito, palpitação, formigamento e sintomas gastrointestinais, mesmo que tenham sido excluídas causas clínicas para tais sintomas”, diz a psiquiatra Paula Alves. Procurar ajuda é fundamental para superar a ansiedade exagerada Caso você perceba mudanças persistentes no seu padrão de comportamento e isto esteja prejudicando os diversos âmbitos de sua vida, é importante conversar com os amigos e familiares próximos e explicar a situação. Já se for um amigo que está demonstrando sinais de ansiedade, chame-o para uma conversa. “Muitas pessoas ainda se mostram muito resistentes em procurar ajuda profissional e entram num processo de negação do adoecimento. Uma forma de facilitar essa aceitação é ir tentando pontuar assertivamente tais mudanças, deixar-se à disposição para ajudá-lo no que você puder ajudar e utilizar-se de livros, filmes ou depoimentos que abordam o assunto”, aconselha Mônica. Foto: Shutterstock

Qual a diferença entre transtorno obsessivo compulsivo e mania?

Você já conheceu alguma pessoa que tem o hábito de checar mais de uma vez se o fogão está desligado antes de sair de casa? Algum amigo que sempre anda com o álcool gel na bolsa porque tem mania de estar com as mãos sempre limpas e medo de se contaminar? Para muitos pode parecer besteira ou frescura, mas se essas situações se tornam excessivas e vêm acompanhadas de outras compulsões, é possível que ele esteja sofrendo de transtorno obsessivo compulsivo (TOC). A psiquiatra Mônica Melo, explica que é fácil diferenciar uma simples mania do TOC: “Quando as obsessões e compulsões consomem um tempo significativo do dia do indivíduo, geram sofrimento nele e em seus familiares e também comprometem a sua vida social, ocupacional, acadêmica e seu funcionamento de forma geral, significa que o paciente sofre de TOC”. Fique atento aos sintomas do transtorno obsessivo compulsivo Antes de ficar na dúvida se você ou algum familiar/amigo tem transtorno obsessivo compulsivo, a especialista criou uma lista com os principais sintomas de quem está sofrendo da doença. Confira abaixo: Obsessões de contaminação associadas a compulsões de lavagem; Dúvidas excessivas seguidas de verificações; Obsessões e compulsões envolvendo ordem/simetria ou exatidão; Pensamentos de conteúdo inaceitável (violência, sexuais ou blasfemos); Compulsão por armazenar objetos sem utilidade e dificuldade em descartá-los (colecionismo). Vale ressaltar que o TOC se apresenta de formas muito diferentes, ou seja, se algum dia você já passou por algum desses sintomas isoladamente, isso não significa que seja transtorno obsessivo compulsivo. Na dúvida, o melhor a se fazer é procurar um médico psiquiatra. Situações comuns de que tem transtorno obsessivo compulsivo Checar se o fogão está desligado muitas vezes fazendo disso um ritual; Ter medo de tocar em maçanetas ou outros objetos sujos por receio de contaminação; Pensamentos repetitivos evitando tocar em facas ou objetos cortantes com medo de agredir alguém; Verificar se a porta está fechada diversas vezes antes de dormir; Checar se os objetos estão sempre no mesmo lugar; Outras compulsões e verificações atípicas; Quais os tratamentos eficazes para o TOC? Segundo Dra. Mônica, o tratamento para o TOC pode ser medicamentoso, psicoterápico ou cirúrgico nos casos mais graves. “Normalmente, o tratamento é realizado com a associação de remédios ISRS (inibidor seletivo de recaptação de serotonina) e a terapia cognitiva comportamental. Em situações mais graves, procedimentos cirúrgicos, como neurocirurgia funcional e estimulação cerebral profunda, são necessários”, pontua. A família também tem um papel importante durante o tratamento. “A família deve ajudar o paciente encorajando-o a enfrentar situações que costuma evitar”, conclui a psiquiatra. “É importante sempre alertá-lo quando as verificações e os rituais estiverem em excesso. Além disso, é bom participar conjuntamente dos grupos terapêuticos e ajudar com as medicações”. Dra. Mônica Melo é psiquiatra e terapeuta cognitiva-comportamental. CRM-DF: 16685  

O que é TOC? Um psiquiatra explica as características da doença

Encontrar pessoas que sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo é mais comum do que se imagina. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2020 a disfunção mental estará no ranking das 10 doenças que mais comprometem a vida de um indivíduo. “O TOC é um transtorno psiquiátrico que tem como principais características as obsessões e compulsões”, explica a psiquiatra Monica Melo, afirmando que não existe uma causa única para o problema. “Temos diversos fatores de risco, como predisposição genética, alterações funcionais e da neuroquímica cerebral, além de abuso físico e/ou sexual na infância e outros eventos estressantes que podem contribuir para o seu aparecimento”, acrescenta.   Como funciona o Transtorno Obsessivo Compulsivo? De acordo com a especialista, as obsessões e compulsões agem de forma conjunta em um paciente que apresenta o Transtorno Obsessivo Compulsivo, mas existem diferenças entre as duas. As obsessões são ideias, pensamentos, imagens recorrentes e persistentes ou impulsos que invadem a consciência de forma totalmente intrusiva e indesejada, resultando em muita ansiedade e desconforto. “Compulsões são atos físicos ou mentais repetitivos que um indivíduo se sente obrigado a executar em resposta às obsessões ou de acordo com regras rígidas. Ele realiza tais atos na intenção de reduzir a ansiedade gerada pelas obsessões”, afirma a médica.   Quais os principais sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo? Para identificar a diferença entre o Transtorno Obsessivo Compulsivo e uma simples mania é preciso observar o quanto essas obsessões e compulsões tomam o tempo do indivíduo. Quando atrapalham sua rotina de forma geral, é necessário procurar a ajuda de um médico psiquiatra para o diagnóstico correto. Alguns sintomas, no entanto, se destacam no diagnóstico da doença, como obsessões relacionadas a contaminações associadas a compulsões de lavagem; dúvidas excessivas seguidas de verificações; pensamentos de conteúdo inaceitável, sejam violentos, sexuais ou blasfemos; obsessões e compulsões relacionadas a ordem, simetria ou exatidão; e compulsão por armazenar objetos sem utilidade, com dificuldade de descartá-los.   A ajuda da família é fundamental no tratamento do paciente com TOC O tratamento para o TOC pode ser feito de três formas: medicamentoso, psicoterápico ou cirúrgico. “Só são necessárias cirurgias, como neurocirurgia funcional e estimulação cerebral profunda em casos de pacientes mais graves”,  pontua a psiquiatra. Dra. Mônica explica que a família tem papel fundamental durante o tratamento de um paciente com TOC. “Os familiares podem sempre ajudar o paciente encorajando-o a enfrentar situações que costuma evitar. É importante também alertá-lo quando as verificações e os rituais estiverem em excesso, além de participar de grupos terapêuticos junto com o invíduo”, finaliza.

Qual a diferença entre síndrome de Asperger e autismo?

A síndrome de Asperger foi considerada durante muitos anos como um transtorno específico que se caracterizava por provocar dificuldades na comunicação e na relação de um paciente com outras pessoas. No entanto, esta situação mudou em 2013 e, agora, a síndrome se encontra dentro do transtorno do espectro do autismo. Síndrome de Asperger faz parte do transtorno do espectro autista “Nos Estados Unidos, após o lançamento do DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria), a síndrome passou a ser conhecida como parte do transtorno do espectro autista e não como síndrome de Asperger”, explica a psiquiatra Mônica Melo. A síndrome é uma forma mais branda do autismo. É um distúrbio do desenvolvimento que causa dificuldades ao longo da vida com a socialização, a comunicação e o comportamento. Os pacientes, por exemplo, costumam evitar olhar no olho da pessoa com que está conversando e levam expressões e frases ao pé da letra. Comportamentos repetitivos são característicos da síndrome de Asperger Além disso, o paciente tem um padrão restritivo de atividades e interesses, típicos do autismo clássico. Ele acaba se interessando e se aprofundando tanto em um assunto que acaba sendo considerado muito inteligente. No entanto, ao contrário de quem sofre do autismo clássico, quem tem Asperger não apresenta comprometimento cognitivo. De acordo com a especialista, o transtorno do espectro autista, do qual a síndrome faz parte, não tem cura, mas pode ser tratado: “O tratamento é baseado na reabilitação global do paciente com intervenções de vários profissionais e a inclusão em um programa pedagógico de educação especial para ajudar a criança a alcançar seu potencial total”. Entre os profissionais aptos estão psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos. Foto: Shutterstock

TOC tem cura? Entenda sobre as diferentes fases do transtorno

Pessoas que sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo podem até duvidar da eficácia do tratamento, já que a doença gera uma sensação de descontrole mental e atrapalha a rotina dos pacientes. O diagnóstico do TOC deve ser feito por um médico psiquiatra e o tratamento pode realizado por meio de medicamentos, psicoterapia ou cirurgia, este último sendo indicado para pacientes mais graves. O que é, de fato, o Transtorno Obsessivo Compulsivo? A principal característica do TOC é a presença de obsessões e compulsões. De acordo com a psiquiatra Monica Melo, as obsessões são pensamentos, ideias, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que invadem a consciência de forma intrusiva e indesejada, causando muita ansiedade e desconforto. “Já as compulsões são atos físicos e mentais repetitivos que um indivíduo se sente obrigado a executar em resposta às obsessões ou de acordo com regras rígidas. Ele realiza tais atos na intenção de reduzir a ansiedade gerada pelas obsessões”, esclarece a psiquiatra. O que causa o TOC? O Transtorno Obsessivo Compulsivo não tem uma causa única e, sim, diversos fatores de risco. “Predisposição genética, alterações funcionais e da neuroquímica cerebral, abuso físico e sexual na infância e outros eventos estressantes podem contribuir para o seu aparecimento”, afirma a Dra. Mônica. Para diferenciar o TOC de uma simples mania é preciso ficar atento o quanto as obsessões e compulsões consomem o tempo do indivíduo. “O transtorno é apontado quando se torna algo recorrente, gerando sofrimento na pessoa e em seus familiares, além de comprometer sua vida social, ocupacional, acadêmica e funcionamento de forma geral”, acrescenta. Como é o tratamento? A doença tem cura? Como o transtorno tem muitas causas, é difícil garantir que todos os gatilhos da doença podem ser curados. No entanto, com tratamento e ajuda da família, os principais sintomas podem ser controlados. “O TOC tem controle, mas, infelizmente, tem possibilidade de recaída, especialmente se não for devidamente tratado”, explica a especialista. O tratamento tem duas frentes principais: medicamentos e terapia para que o paciente possa resolver a ansiedade que gera a compulsão. A cirurgia é uma terceira via, mas só é necessária em alguns casos. “Só são necessárias cirurgias, como neurocirurgia funcional e estimulação cerebral profunda em casos de pacientes mais graves”, completa Mônica.

Qual a diferença entre transtorno de ansiedade generalizada e ansiedade social?

Os transtornos de ansiedade compreendem um grupo de distúrbios psiquiátricos ligados a uma exacerbação da sensação de ansiedade. É o caso do transtorno de ansiedade generalizada e da ansiedade social. Apesar de ambos serem transtornos crônicos e disfuncionais, com grandes riscos à qualidade de vida dos pacientes se não forem tratados, existem diferenças significativas entre eles. Transtorno de ansiedade generalizada é marcado por excesso de preocupação no dia a dia “O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por preocupações excessivas com situações do dia a dia, como trabalho, família e dinheiro, superestimação dos riscos e sentimento de incapacidade de lidar com qualquer coisa de maneira eficaz”, afirma a psiquiatra Mônica Melo. Questões simples, como ter que ir ao banco, se tornam um verdadeiro pesadelo para um paciente com a doença. Além da dificuldade de controlar as preocupações, o portador de transtorno de ansiedade generalizada, frequentemente apresenta irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e alguns sintomas físicos, como fadiga, dores no corpo, tensão muscular, tontura, boca seca, náusea, diarreia, desejo frequente de urinar, mãos úmidas e frias e sudorese. Ansiedade social pode provocar o isolamento do paciente Já a ansiedade social, chamada também pela sigla TAS, é caracterizada pela presença do medo de situações sociais embaraçosas, de ser julgado e humilhado. “O portador costuma desenvolver estratégias para evitar tais situações ou tentar suportá-las, podendo apresentar rubor facial, tremor das mãos e da voz, tiques nervosos, ‘branco’ quando está falando, náusea, urgência em urinar, sudorese e taquicardia”, explica a especialista. O medo excessivo de ser avaliado negativamente por outros, pode levar o indivíduo com ansiedade social a ter menos relacionamentos amorosos e menos sucesso na carreira, além de aumentar as chances de depressão e tentativas de suicídio. Já no quadro de TAG, as preocupações levam o paciente a beber, fumar e comer mais, adiar atividades ligadas ao trabalho e aos amigos e reduzir sua vida social. Em termos de tratamento, os dois transtornos apresentam várias semelhanças e devem ser abordados com medicações e outras medidas, como psicoterapia. A terapia cognitiva comportamental é uma abordagem com excelentes resultados e utiliza técnicas de relaxamento e psicoeducação. Mudanças de hábitos, como a higiene do sono e a prática de atividades físicas, também costumam ser úteis. Foto: Shutterstock

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