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Terapia cognitivo-comportamental ajuda em quadros de saúde mental?

Cuidados e Bem-estar

14 de novembro de 2023

Boa parte das doenças psiquiátricas são tratadas com medicamentos, que auxiliam a diminuir os sintomas e a promover melhorias na qualidade de vida dos pacientes. Mas, além das medicações propostas por seu médico, as terapias, em especial a terapia cognitivo-comportamental, também costumam ser muito úteis e podem te ajudar a controlar diversos transtornos mentais.

Casos com pouca eficácia da medicação podem recorrer à terapia


Também conhecida como TCC, este tipo de
terapia pode ser muito útil quando as doenças psiquiátricas, como esquizofrenia, transtornos alimentares e de ansiedade, resistirem aos efeitos da medicação. Ela tem demonstrado resultados positivos em boa parte dos casos.
A Psiquiatria defende que a maneira como você pensa gera sentimentos que, por sua vez, produz um comportamento. O que a terapia cognitivo-comportamental faz é te ajudar a interpretar seus pensamentos de um jeito diferente, de uma forma mais positiva, impactando seus sentimentos e formas de comportamento.
“A terapia cognitivo-comportamental auxilia o paciente psicótico por meio de uma abordagem às ideias delirantes de forma diferente das técnicas tradicionais de psicoterapia, utilizando áreas intactas do psiquismo do paciente para encontrar novas alternativas para sua crença delirante”, diz o psiquiatra Alexandre Proença sobre os casos de esquizofrenia.

Terapia deve ser associada junto à medicação nos casos de esquizofrenia


A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar ainda a diminuir o estresse e o consumo de álcool e outras drogas que
facilitam recaídas, mas não deve ser vista como única forma de tratamento. “Nesta doença, a terapia serve como adjuvante, ou seja, aumenta a efetividade da medicação, diminui as recaídas e a severidade do quadro. O tratamento é determinado pelo quadro clínico do paciente”, explica o especialista.
Em alguns casos, de acordo com Dr. Proença, a terapia pode ser estendida por toda a vida: “Ao longo da doença, o tratamento pode mudar em momentos de reagudização ou de pouca resposta ao tratamento utilizado”. Já nos pacientes com remissão completa dos sintomas, é possível tentar uma terapia mais conservadora.
Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br
Foto: Shutterstock

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saúde mental
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