A sinusite, também chamada pelos médicos de rinossinusite, é um processo inflamatório que atinge a mucosa do nariz e os seios da face. Apesar de ser bastante frequente entre a população, a doença é mais comum durante o inverno, época em que predomina o clima seco e frio, e pode ser pior nas crianças.
Vírus e bactérias podem causar sinusite
A rinossinusite pode ser causada por diversos fatores. “Pode ter causas alérgicas, virais, bacterianas ou fúngicas. Esses fatores provocam uma reação da mucosa nasal, levando a um edema e à obstrução dos orifícios que drenam as secreções naturalmente para dentro do nariz, acumulando essas secreções e gerando infecção local”, afirma a otorrinolaringologista Luísi Rabaioli.
O contato com a poeira e produtos químicos e até mesmo mudanças de tempo podem funcionar como fatores que desencadeiam a sinusite. Outros fatores de risco são alergias, tabagismo, baixa imunidade, mudanças frequentes de pressão atmosférica e alterações anatômicas, como desvio de septo.
Sinusite provoca dor na cabeça e tosse
A rinossinusite pode ser aguda ou crônica, mas os dois tipos têm sintomas semelhantes. A diferença entre eles é a duração das crises. “Os sintomas do quadro agudo costumam durar pelo menos 10 dias e, na forma crônica, as queixas são mais intensas e duradouras, presentes por mais de três meses”, distingue a médica.
Os sintomas da sinusite envolvem, principalmente, obstrução e secreção nasal, tosse e sensação de pressão e peso na cabeça. Segundo a especialista, os pacientes com o problema também podem ter febre, redução do olfato, abafamento da audição, dor no ouvido e no maxilar superior e cansaço.
Tosse da sinusite pode piorar à noite
Nos casos crônicos, a tosse tende a piorar durante a manhã e a noite, mas se agrava principalmente quando o paciente se deita. Estes quadros da infecção são mais incomuns e estão muitas vezes associados a outros problemas de saúde, como rinite, asma e outras doenças alérgicas.
O diagnóstico da sinusite é feito por meio de consulta com um especialista e de exames. “Durante o exame físico, o otorrinolaringologista encontra alterações e evidências para o diagnóstico. O uso de radiografias ou tomografias não deve ser feito de rotina, mas pode ajudar o médico nos casos de recidivas ou complicações”, afirma Luísi.
Diagnóstico precoce aumenta chances de cura da sinusite
Quanto antes o diagnóstico for feito, melhor será para o paciente. “A rinossinusite tem cura! O tratamento quase sempre é clínico e nem sempre antibióticos são necessários. Podemos utilizar sprays nasais e medicações por via oral, nunca esquecendo da lavagem nasal com soro fisiológico”, diz a otorrinolaringologista.
Entre os medicamentos indicados estão corticosteroides e descongestionantes nasais. A sinusite aguda não costuma deixar sequelas, de acordo com a profissional, mas quadros graves ou casos em que o tratamento clínico não é suficiente podem precisar de cirurgia. O procedimento é realizado por dentro do nariz, sem cortes externos, melhorando a passagem do ar pelos seios da face.
Dra. Luísi Rabaioli é otorrinolaringologista, formada em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e atende em Novo Hamburgo (RS). CRM-RS: 36861
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