Se uma dor no peito já causa surpresa e medo em pessoas normais, imagine em atletas, que possuem uma vida regrada e dependem integralmente do desempenho de seus corpos no dia a dia? Parece paradoxal, mas uma grande quantidade de esportistas vem, ao longo dos anos, apresentando problemas cardíacos que podem causar inclusive infartos súbitos durante a prática de esportes.
Afinal, sentir dores durante esse tipo de esforço é normal?
O cardiologista Roberto Felipe Correia afirma que não é normal, mas garante que nem toda dor no peito é sinal de infarto. “Muitos jovens têm apresentado essas dores no peito durante algum exercício físico. Geralmente o que acontece nesses casos é uma arritmia cardíaca, ou seja, alguma alteração no ritmo das batidas do coração”, explica. “Logicamente, a primeira atitude a ser tomada é a de parar imediatamente com a atividade e procurar repouso. Em seguida, caso a dor se agrave, deve-se procurar um atendimento de emergência e o devido acompanhamento médico”.
O especialista alerta também para a importância de deixar o ego de lado e procurar repouso imediatamente. “O grande problema é que atleta sempre tenta continuar um pouco para ver até onde consegue prosseguir. Isso é errado, porque os sintomas aumentam gradativamente”, enfatiza o cardiologista.
A respiração também pode influenciar nas dores do peito?
Quem nunca sentiu uma dorzinha no peito quando a respiração parece ter acontecido de “forma errada”? É algo relativamente comum, que geralmente não representa nada de mais, mas é preciso atenção se for algo muito recorrente, pois essa dor pode ser sintoma de algum problema mais sério.
Na respiração, principalmente durante a prática de atividades físicas, é essencial buscar ao máximo o uso da musculatura do diafragma, ou seja, movimentando o abdômen e não o tórax. A respiração ideal deve ser mais lenta e profunda, com pausas inspiratórias e expiratórias naturais.
É importante também buscar o tratamento para rinites, alergias e outros problemas que obstruam as vias nasais, já que a respiração pela boca pode trazer algumas complicações. Como o nariz tem mecanismos para filtrar, aquecer e umidificar o ar, a respiração bucal acaba enviando um ar mais carregado de impurezas, o que pode prejudicar quadros de asma e bronquite, além de favores infecções no trato respiratório.
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