A hipertensão, também conhecida como pressão alta, é um dos males que mais afetam adultos no mundo. Democrática, não importa se é homem ou mulher, gordo ou magro, uma em cada 4 pessoas é acometida pela doença. O tratamento para pressão alta é baseado em duas estratégias: farmacológica e não-farmacológica. “O tratamento correto da hipertensão arterial leva em conta não só os níveis de pressão arterial, mas também o risco cardiovascular global de um determinado paciente, considerando a presença de fatores de risco, lesão em órgãos-alvo e/ou doença cardiovascular estabelecida”, explica o cardiologista Abel Magalhães.
Como funcionam os medicamentos para hipertensão?
O tratamento farmacológico é aquele que são utilizados remédios para controlar a pressão. Os medicamentos anti-hipertensivos disponíveis para o uso clínico estão divididos em sete categorias principais: diuréticos, bloqueadores adrenérgicos, vasodilatadores diretos, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II e inibidores diretos da renina. “Os efeitos de cada um desses tipos no nosso corpo vai variar. No caso dos diuréticos, há uma redução do volume total de líquidos no corpo. Já nos bloqueadores adrenérgicos, existe uma redução do efeito da adrenalina produzida pelo próprio organismo”, acrescenta Abel.
O fígado pode ser afetado durante o período de uso
Como o nosso fígado é uma “usina de processamento”, esses remédios podem afetar o órgão em algum momento. Entretanto, esse tipo de efeito colateral é incomum e varia de paciente para paciente. “Um dos grupos mais associados a esse efeito é o dos bloqueadores adrenérgicos, principalmente o subtipo de ação central. Um dos exemplos é o medicamento alfa-metildopa. A lesão acontece por necrose das células hepáticas”, completa Dr. Abel. Outros órgãos do corpo também pode ser afetados por esses remédios, mas os danos de todos eles podem ser revertidos com a suspensão do uso.