Recentemente o ator Paulo Gustavo faleceu em decorrência de COVID-19, fato que abalou todo o país. Com apenas 42 anos de idade, ele era portador de asma, doença respiratória muitas vezes apontada como fator de risco do novo coronavírus Porém, a comunidade científica mundial vem indicando cada vez mais que a asma não é, necessariamente, um fator determinante para o agravamento dos quadros causados pelo coronavírus. Afinal, a asma representa um risco maior de complicações relacionadas à COVID-19?
Relação entre asma e COVID-19
“Estudos mostram que a asma não é fator de risco para COVID-19, por mais que muitas pessoas acreditem que sim. Portanto, se um paciente com asma morre em função do vírus, isso significa que ele foi infectado pela sua forma grave, não que a asma tenha prejudicado o quadro. Isso é algo que já está bem provado pelo meio médico/científico”, informa o pneumologista José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, a crença de que a asma aumenta a gravidade do quadro de COVID-19 faz com que muitos pacientes asmáticos peçam cartas médicas com autorização para vacinação antecipada, por se considerarem dentro do grupo de risco de quem possui comorbidades comprometedoras. “Mesmo assim, reforço que os estudos internacionais vêm confirmando que a asma não é fator de risco para o novo coronavírus”, afirma o médico. O que aconteceu com o ator Paulo Gustavo, na opinião geral dos pneumologistas, foi uma infecção pela forma grave da doença.
Doenças imunossupressoras são consideradas fatores de risco mais importantes
Para o profissional, as doenças imunossupressoras, como o diabetes, são fatores de risco mais importantes do que a asma para o novo coronavírus. “O uso dos remédios contra as doenças imunossupressoras compromete bastante a imunidade dos pacientes, o que faz com que não haja resistência suficiente para combater infecções como a COVID-19. Sendo assim, essas pessoas precisam mais de vacinação antecipada do que os asmáticos”, conclui o especialista.
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