É muito comum recorrer aos medicamentos analgésicos para eliminar diversos tipos de dores pelo corpo, como musculares ou dores de cabeça. Estes sintomas tão desconfortáveis podem atrapalhar um dia de trabalho e de estudos e prejudicar o desempenho nas atividades diárias. Mas, na hora de utilizar um analgésico, qual tipo você escolhe?
Analgésicos opiáceos atuam no cérebro
Segundo o neurologista Daniel Silva de Azevedo, existem dois tipos clássicos de medicamentos analgésicos, os opiáceos e os não opiáceos, também chamados de narcóticos e não narcóticos, respectivamente. “Os analgésicos não opiáceos, de maneira geral, agem inibindo a produção de substâncias específicas, diminuindo a provocação da resposta dolorosa”, explica o especialista.
Por outro lado, os analgésicos opiáceos atuam diretamente no sistema nervoso central, reduzindo a percepção da sinalização de dor. São substâncias mais fortes e diminuem a atividade cerebral, provocando sono no paciente. O nome opiáceo vem de ópio, produto extraído de plantas encontradas na natureza e que tem ação semelhante.
Quando os analgésicos podem ser utilizados
Tudo começa com a sensação da dor: “Quando há uma injúria tecidual, como uma lesão muscular, as células locais liberam substâncias que estimulam terminações nervosas específicas que sinalizam a resposta de dor ao nosso cérebro”, afirma o médico. Para as dores leves, geralmente, os não opiáceos são os mais indicados, enquanto os opiáceos são recomendados para dores intensas e podem ser utilizados em conjunto com anestésicos.
Os analgésicos, no entanto, devem ser utilizados para aliviar dores esporádicas e não devem ser consumidos indiscriminadamente. “A necessidade de uso frequente de analgésico para aliviar dores de cabeça é um sinal de que um neurologista deve ser procurado”, alerta Azevedo. As dores podem ser sintoma de um problema de saúde mais grave e que precisa de tratamento específico.
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