Você já ouviu falar em diabetes gestacional? Trata-se de uma intolerância à glicose detectada pela primeira vez durante a gestação. Segundo a endocrinologista Daniele Zaninelli, o diagnóstico é feito por meio da realização de um exame chamado de curva glicêmica, entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
As complicações do diabetes gestacional
No Brasil, cerca de 7% das gestantes sofrem com o problema. É preciso ficar atento ao diabetes gestacional, pois tanto a mãe quanto o bebê podem sofrer as consequências da falta de controle sobre a doença. “Os riscos durante a gestação envolvem o aumento da pressão arterial e o maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida”, afirma Dra. Daniele.
Já para o bebê, o crescimento excessivo na barriga da mãe e maiores chances de problemas após o nascimento, como hipoglicemia, distocia de ombro e até mesmo a morte são alguns dos riscos da doença. Quando crescem, aumenta a possibilidade dos filhos apresentarem diabetes e obesidade.
O tratamento deve ser iniciado rapidamente
O problema não pode ser detectado previamente por meio de exames. Qualquer alteração glicêmica diagnosticada na gestação indica que o diabetes gestacional já está instalado. “Podemos apenas diagnosticar o problema, o que é muito importante, visto que o diagnóstico precoce reduz o risco de complicações materno-fetais”, informa a endocrinologista.
Algumas mulheres são mais suscetíveis ao desenvolvimento do diabetes gestacional. Gestantes com mais de 25 anos, com baixa estatura, sobrepeso ou ganho excessivo na gestação, com histórico familiar da doença e com a síndrome dos ovários policísticos devem ficar atentas. É recomendado manter uma alimentação equilibrada, perder quilos extras e praticar atividades físicas antes e durante a gestação.
Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista, formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876