Pessoas que sofrem com noites de sono ruim, ou seja, que apresentam problemas para ter um sono restaurador, encaram consequências físicas e mentais negativas em níveis variados. O sono adequado produz substâncias e hormônios importantes no cérebro que impactam positivamente no bom funcionamento do organismo de forma geral, o que justifica a importância de conseguir dormir bem.
“O sono não reparador traz prejuízos para a homeostase do corpo, ou seja, para o equilíbrio do mesmo. Sendo assim, a limpeza que o bom sono realiza no cérebro não ocorre. Podemos destacar neste contexto a diminuição do hormônio GH, responsável pela massa muscular – atualmente sendo um indicador importante de envelhecimento”, informa a pneumologista e especialista em Medicina do Sono Renata Ferlin Arbex.
Prejuízos ao organismo provocados pelo sono ruim
Sendo assim, essa alteração de química cerebral gera diversas alterações, como por exemplo no humor, na memória e na produtividade. Além disso, aumenta as chances de riscos de acidentes de trabalho, automobilísticos e da manifestação de demências; piora a imunidade, disposição e qualidade de vida no geral; provoca dores crônicas, dentre outras coisas.
“No caso específico da Síndrome de Apneia do Sono, está bem documentado na literatura que os quadros mais graves (IAH maior de 30) se relacionam ainda com outros prejuízos à saúde, como aumento de alteração da pressão arterial, glicemia e arritmias. Este transtorno é considerado um fator independente para doenças cardiovasculares”, afirma a médica.
Tratamento e controle para conseguir um sono restaurador
O primeiro passo para garantir o tratamento e controle dos problemas ligados ao sono é detectar qual o distúrbio de envolvido e sua gravidade. Em seguida, deve-se individualizar o tratamento para o paciente. Este tratamento, inclusive, pode ser feito com o auxílio de medicamentos, quando outras medidas antes utilizadas não cumpriram totalmente seu dever.
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