As causas exatas da endometriose ainda não foram definidas, mas existem teorias que tentam explicar o fenômeno, tais como menstruação retrógrada e imunidade deficiente. Por outro lado, os fatores de risco para a endometriose são bem estabelecidos e, a partir deles, fica um pouco mais fácil pensar em diagnóstico, prevenção e tratamento.
Fatores de risco para a endometriose
“Os principais fatores de risco para a endometriose são: nunca ter engravidado (nuliparidade); familiares próximas com a doença; condição de saúde que não permita expelir o fluxo menstrual, como malformação genital; infecção pélvica anterior; obesidade e sedentarismo; e estresse crônico”, informa a ginecologista Fernanda Torras.
Como ainda não é possível saber precisamente as causas da endometriose, é fundamental que as mulheres se consultem periodicamente, principalmente aquelas que apresentam pelo menos alguns dos fatores de risco para a doença. Com o acompanhamento médico feito desde cedo, fica mais fácil prevenir e tratar o problema precocemente, com maiores chances de sucesso.
Teorias de possíveis causas da endometriose
Dentre as teorias de possíveis causas da endometriose, uma das mais conhecidas é a menstruação retrógrada, em que parte do revestimento do útero (endométrio) flui através das tubas uterinas para o peritônio e é implantada nos órgãos da pelve. O sistema imunológico deficiente é outra possível causa de endometriose, pois deixaria de reconhecer e destruir as células endometriais que se manifestam fora do útero.
“Outra teoria é a da disseminação linfática, a qual consiste nas células do endométrio se espalhando através do corpo na corrente sanguínea ou sistema linfático. Há ainda a teoria celômica, que diz que as cavidades pélvicas surgem de células embrionárias comuns ao endométrio, e algumas dessas células poderiam se transformar em tecido endometrial”, completa Fernanda.
Dra. Fernanda Torras é graduada em medicina com residência médica em ginecologia obstetrícia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Possui pós-graduação em mastologia e oncoplastia mamária também pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. CRM: 130.332 – Site oficial
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